História (1º Ano A,B,C,D)
Atividade II
do 2º bimestre (Prof. Francisco).
Habilidade (História): Identificar os instrumentos
para ordenar os eventos históricos, relacionando-os a fatores econômicos,
políticos e culturais.
Habilidade (Português): MP02 - Identificar ideias chave
em um texto (verbetes de dicionário ou de enciclopédia, notícia, poema, foto).
Habilidade (Matemática): MAT99 - Identificar situações
que envolvem proporcionalidade direta, inversa e não proporcionalidade.
Da Época
Clássica ao Período Helenístico.
Diferenças
profundas afastavam as duas principais cidades-Estado da Grécia Antiga. Esparta
se destacava pelo espírito guerreiro e por ser uma sociedade rigidamente
estratificada. Em Atenas, ao contrário, desenvolveu-se uma sociedade mais
tolerante, marcada pela participação dos cidadãos nos negócios públicos.
Esparta
e Atenas, cada uma em seu momento, conquistaram a hegemonia no mundo grego. A
rivalidade entre elas, e mesmo entre outras cidades da Grécia antiga, as
levaria ao mútuo enfraquecimento e conseqüente declínio diante das investidas
expansionistas de outros povos.
Assim,
depois de se unirem e vencerem o poderoso Império Persa, Esparta, Atenas e as
demais cidades gregas envolveram-se em diversos conflitos e acabaram
incorporadas ao Império da Macedônia.
Assimilada
pelos macedônios, a cultura grega se espalharia por várias regiões do mundo
antigo, ao mesmo tempo em que sofreria influências de outros povos. Dessa
mescla de valores surgiria o helenismo.
A Força de Esparta
Encravada
no Peloponeso, Esparta foi erguida pelos dórios, no século IX a.C., numa região
chamada Lacônia. Ali, a dominação dória sobre os povos conquistados deu origem
a uma rígida organização social, econômica e política.
Um
conjunto de leis, atribuídas a um lendário legislador chamado Licurgo, garantia
o poder a um pequeno grupo de descendentes dos invasores dórios. A sociedade
espartana dividia-se em três estratos sociais: os esparciatas, os periecos e os
hilotas.
Os
esparciatas eram descendentes dos conquistadores dórios e constituíam um grupo
relativamente pequeno. Tinham a posse das terras mais férteis e reservavam para
si as funções de governantes. Dedicava todo o tempo aos exercícios e atividades
guerreiras, fazendo de Esparta um acampamento militar.
Os
periecos eram descendentes dos aqueus e constituíam um grupo social quatro
vezes maior que o dos esparciatas. Embora fossem livres, não tinham direitos
políticos. Para manter a posse de terras, tinham de pagar impostos;
dedicavam-se ao comércio e ao artesanato.
Os
hilotas descendiam dos messênios, povo dominado pelos dórios. Eram escravos e
pertenciam à cidade de Esparta. Obrigados a trabalhar a terra, tinham de
entregar grande parte da produção à família esparciata, que controlava a
propriedade rural. Viviam em condições miseráveis e estavam expostos a todo
tipo de violência.
O Estado espartano
O governo
da cidade de Esparta era exercido por dois reis (diarquia), que cumpriam
funções militares e religiosas. Seus poderes eram limitados pela Gerúsia, pela Apela e pelos éforos.
A Gerúsia
exercia o poder supremo e elaborava as leis. Eram composta pelos dois reis e
mais 28 esparciatas, com idade superior a 60 anos, chamados gerontes. Os
gerontes tinham função vitalícia e eram escolhidos pela Apela, uma espécie de
assembléia integrada pelos esparciatas com mais de 30 anos. Esses cidadãos
votavam na assembléia sem poder fazer uso da palavra, que era reservada
unicamente aos gerontes.
Os éforos,
em número de cinco, eram escolhidos pela Gerúsia e aprovados pela Apela. Tinham
mandato de um ano e deviam, entre outras funções, fiscalizar os reis, cuidar da
educação das crianças e aplicar a justiça.
Uma sociedade guerreira
Os
esparciatas deviam seguir uma disciplina extremamente rígida. Desde muito cedo,
os meninos eram submetidos à educação oferecida pelo Estado. Quase todo o tempo
devia ser dedicado aos exercícios físicos e aos preparativos para a guerra.
Entre os 12
e os 30 anos, os jovens deviam dormir em alojamentos coletivos, com
companheiros da mesma faixa etária. Depois dessa idade, podiam casar-se e
participar das decisões da assembléia.
O
esparciata estava dispensado do serviço das armas após completar 60 anos.
Podia, contudo, ser eleito para tomar parte na Gerúsia.
O principal
dever das mulheres era dar à luz filhos vigorosos. Embora fossem obrigadas a
praticar ginástica, tinham bastante liberdade. Em virtude da prolongada
ausência a que estavam sujeitos os homens, cabia às mulheres a administração
dos interesses da casa. A elas, e não aos homens, era concebido o direito de
praticar o comércio.
Atenas, berço da democracia
Atenas foi fundada na Ática,
península do mar Egeu, pelos jônios, que ali se estabeleceram de forma pacífica,
ao lado de eólios e aqueus, antigos habitantes da região.
No
início, o poder político estava sob o controle dos eupátridas, donos das terras
mais produtivas.
Na
cidade, um soberano, chamado basileus, comandava a guerra, a justiça e a
religião. Uma espécie de conselho, o Areópago, limitada seu poder. Com o tempo,
os basileus perderam a supremacia e se transformaram em simples membros de um
órgão denominado Arcontado.
A
partir do século VIII a.C., essa organização política sofreu profundas mudanças.
Após a expansão territorial, ocorrida durante a Segunda Diáspora, os portos
naturais e a privilegiada posição geográfica de Atenas favoreceram o
intercâmbio comercial com as novas colônias.
Como
consequência imediata da diversificação das atividades econômicas, houve uma
considerável mudança no quadro social. Assim, comerciantes e artesãos
enriquecidos passaram a pressionar a aristocracia por maior participação no
poder. Ao mesmo tempo, a população mais pobre protestava cada vez mais contra
as desigualdades sociais.
Diante
da enorme pressão, os eupátridas viram-se obrigados a fazer concessões. Com o
objetivo de conciliar os conflitos, passaram a escolher legisladores entre os
integrantes da aristocracia, homens especialmente indicados para elaborar leis.
Dois
desses legisladores foram Drácon e Solón.
Drácon
tornou-se legislador em 621 a.C. e foi responsável pela introdução do registro
por escrito das leis em Atenas (até então elas eram orais). A cidade passou a
ser governada com base em uma legislação e não mais conforme os costumes. A
mudança enfraqueceu o poder dos eupátridas, mas não resolveu os problemas
sociais, e os conflitos continuaram.
Em
594 a.C., Sólon deu início a reformas mais profundas. Perdoou as dívidas e as
hipotecas que pesavam sobre os pequenos agricultores, e aboliu a escravidão por
motivo de dívidas. Criou a Bulé, um
conselho formado de quatrocentos membros, responsável pelas funções
administrativas e pela preparação das leis. Tais leis tinham de ser submetidas
à apreciação da Eclésia, ou Assembléia, formada por indivíduos livres do sexo
masculino. Além de votar as propostas de leis, a Eclésia deliberava sobre
assuntos de interesse geral.
No
âmbito político, Sólon limitou o poder da aristocracia e ampliou o número de
participantes na vida pública da cidade. Sua reforma representou um passo
decisivo para o desenvolvimento da democracia, consolidada posteriormente na
legislação de Clístenes.
Os
conflitos sociais entre aristocratas, comerciantes, artesãos e pequenos
proprietários de terras, entretanto, não acabaram. Depois do governo de Sólon,
a cidade foi palco de grandes agitações sociais.
Em
meio a essas agitações, surgiu um novo tipo de líder político, o demagogo, que
mobilizava a massa popular em oposição aos aristocratas. Ao chegarem ao poder,
esses líderes governavam de forma ditatorial, adotando medidas de apelo
popular. Foram chamados de tiranos pelos gregos. O mais conhecido deles foi
Psístrato, que, com alguns intervalos, exerceu o poder entre 560 e 527 a.C.
Clístenes e a democracia ateniense
Em
507 a.C., Clístenes assumiu o comando de Atenas e realizou um vasto programa de
reformas, no qual estendeu os direitos de participação política a todos os homens
livres nascidos em Atenas: os cidadãos. Desse modo, consolidava-se a democracia
ateniense.
A
participação política, contudo, era restrita a 10 % dos habitantes da cidade.
Ficavam excluídos da vida pública, entre outros, estrangeiros residentes em Atenas
(os chamados metecos), escravos e mulheres, ou seja, a maior parte da
população.
Apesar
desses limites, a democracia ateniense foi a forma de governo que, no mundo
antigo, mais direitos políticos estendeu ao indivíduo.
Com
as reformas de Clístenes, as funções administrativas ficavam a cargo da Bulé,
cujo número de conselheiros aumentou para quinhentos. Seus integrantes eram
sorteados entre os cidadãos. Clístenes fortaleceu ainda a Eclésia, que passou a
se reunir uma vez por mês para discutir e votar leis, além de outros temas de
interesse geral dos cidadãos. Os assuntos militares ficavam sob a
responsabilidade dos estrategos.
Atribui-se
a Clístenes ainda a instituição do ostracismo,
que consistia na suspensão dos direitos políticos e o exílio por dez anos dos
cidadãos considerados perigosos para o Estado.
Atividade de
Fixação.
1)- Comente a democracia ateniense, destacando a
exclusão da mulher, dos metecos e dos escravos.
Leia, atentamente, o trecho a seguir e responda ao que
se pede: “Para o filósofo grego Platão,
nenhuma das formas de governo existentes em sua época era a ideal. Ao analisar
um determinado regime político, ele observou que neste caso, o poder estava
concentrado nas mãos dos cidadãos que deliberavam diretamente sobre os assuntos
da cidade, embora em seu entender, muitos fossem moralmente indignos e sem
qualificação para tal”.
Adaptado
de Finley, M. “Os gregos antigos”. Lisboa:Edições 70, 1986.p.87.
2)-
Identifique o regime político que está sendo criticado por Platão.
3)- Cite e
analise duas das principais características desse regime na Grécia Antiga.
4)- As
agitações sociais e políticas vivenciadas pelos atenienses no século VI a.C.
colocaram em evidência certos legisladores e também tiranos como Psístrato.
Nesse contexto, indique duas contribuições do legislador Sólon para atenuar
aqueles conflitos.
5)- Nos anos
de apogeu de Atenas, apenas 10% dos habitantes da cidade tinham direito de
voto. Qual é esse percentual hoje no Brasil? Quais são as razões dessa
diferença?
TECNOLOGIA – 1º B
Prof. Francisco Andrade
Cultura maker
O movimento Cultura Maker é uma evolução do “Do it
yourself” ou, em bom português, do “Faça você mesmo”. O conceito principal é
que qualquer pessoa, dotada das ferramentas certas e do devido conhecimento,
pode criar as suas próprias soluções para problemas do cotidiano. É bem
verdade que essa (nem tão) nova tendência tem se popularizado e assumido um
status mais profissional nos dias de hoje. O que tem impulsionado o movimento é
o surgimento de novas tecnologias, como as impressoras 3D, máquinas de
corte à laser, kits de robótica e o próprio acesso massivo à internet de banda
larga. Em uma analogia bem simples, é como se as chamadas gambiarras, que todo
brasileiro está acostumado a fazer, ganhassem sofisticação e requinte. O
conceito tem a ver também com o que se chama de Nova Revolução Industrial,
sobre a qual vamos falar agora.
A
Nova Revolução Industrial
Algumas pessoas vão ainda mais longe à definição do
conceito. É o caso do escritor Chris Anderson,
autor do livro “Makers: a nova revolução industrial”. Segundo ele, o movimento
tem capacidade de ser radical a tal ponto, que, daqui a alguns anos, qualquer
pessoa com um pouco de conhecimento técnico e com as ferramentas certas
vai conseguir produzir os seus próprios produtos. Se Anderson está certo
ou não, só o tempo vai dizer. Mas, a realidade mostra que a lógica de mercado
já mudou um pouco a partir desse fenômeno, conforme veremos mais à frente.
Para
que serve a Cultura Maker?
Talvez o principal papel do movimento Maker
seja difundir o aprendizado pela prática. Não que a teoria não tenha
valor, é claro. Contudo, por meio do “faça você mesmo”, mais pessoas têm acesso
à confecção de produtos.
É algo que antes era restrito às indústrias de massa
e, atualmente, está mais democratizado.
O conhecimento circula mais e todos têm a
oportunidade de desenvolver ideias inovadoras e compartilhá-las com o mundo. Para Dale Dougherty, criador da revista MAKE, primeira publicação
especializada do movimento, a Cultura Maker tem como um dos seus principais
objetivos provocar o potencial criativo das pessoas, fazendo com que elas
raciocinem e ajam de maneira pouco convencional. É o famoso “pensar fora da
caixa”.
Como
a Cultura Maker está mudando a rotina das pessoas?
Ninguém precisa ser mais um grande especialista em
determinada área para ser um maker. Existem milhões de tutoriais no
YouTube que mostram o passo a passo de um determinado processo e você pode
reproduzir artesanalmente em casa. Os vídeos da internet nada mais são do que
uma evolução dos manuais de instruções, com uma roupagem muito mais atraente e
didática. Mas mais do que isso, a Cultura Maker mudou a própria lógica do
consumo. As empresas, hoje em dia, estão muito mais preocupadas em atender às
necessidades de seus clientes.
Desse modo, as organizações têm convidado os próprios
consumidores para participar da rotina produtiva e dar opiniões sobre
os serviços e as mercadorias lançadas. Isso acontece porque
elas não possuem mais o monopólio da produção. Qualquer negócio inovador ou solução individual criativa pode
surgir como uma concorrente e abocanhar uma fatia do mercado.
O consumidor, como nunca antes, é quem dita as regras
nessa nova ordem mundial de oferta e procura.
E você, de forma independente e mesmo sem os melhores
recursos, já pensou em lançar o protótipo de um produto com fins
comerciais? Agora é um bom momento para avaliar essa possibilidade.
O
que é Educação Maker?
O movimento Maker já migrou para diversos setores da
sociedade e um deles, talvez o principal, seja o ramo educacional.
A Educação Maker nada mais é do que a aplicação dos conceitos do “faça você
mesmo” em salas de aula do ensino infantil, fundamental e médio. Por meio
de atividades práticas, os alunos desenvolvem a criatividade, a proatividade,
além de outras habilidades importantes para o currículo escolar.
As feiras de ciências, que muito aparecem em
desenhos e filmes americanos de temática jovem, são um exemplo de atividade
nesse sentido. Dessa forma, os estudantes conseguem ter experiências mais
próximas de suas realidades. Essa dinâmica faz com que o aprendizado seja
refletido em conhecimento para que eles possam, de fato, aplicar em suas
vidas.
Para tornar essa experiência ainda mais rica, uma
proposta de exercício interessante é pensar em soluções que tenham algum tipo
de impacto social. E ainda que contribuam para a resolução de problemas corriqueiros ao universo em que os alunos
estejam inseridos.
Atividade de Fixação
1)- O que você
entendeu sobre a cultura maker?
2)- A cultura
maker está pautada na ideia de inovação, mas inovar a partir de quê?
3)- Em sua opinião, a educação maker pode ajudar os
alunos na criatividade e na resolução de problemas cotidianos?
4)- De que modo as empresas estão tentando conquistar
os makers?
5)- O movimento maker busca trabalhar com os alunos a
proatividade, desenvolvimento da criatividade, entre outras habilidades. Como
isso poderia ser trabalhado no Romeu Montoro?
GEOGRAFIA - 2º BIMESTRE
ATIVIDADE II
1º A, B, C, D
PROFESSOR: CÁSSIO
Habilidade/Competências
Identificar ideias-chave em um texto
Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros
Analisar as desigualdades relativas ao conhecimento técnico e tecnológico produzido pelas diversas sociedades em diferentes circunstâncias espaço-temporais
Definir e descrever os órgãos multilaterais e seu
papel na ordenação das relações conflituosas, como o comércio
Reconhecer e descrever a importância do papel das
corporações transnacionais na ordem econômica mundial contemporânea e sua
estruturação em redes geográficas
Economia Global
A
economia global sustenta-se a partir de uma grande rede composta por fluxos e
pontos diferentes, integrando os mercados em escala mundial.
A economia global é o termo
empregado em referência aos fluxos econômicos que se difundiram espacialmente
por todo o mundo em razão do processo de globalização ou
mundialização do capitalismo. Sua forma mais completa e acabada constituiu-se
ao final do século XX, mais precisamente após a Guerra Fria, quando o sistema
capitalista e todas as suas formas de produção difundiram-se em todas as partes
do globo terrestre.
Em
linhas gerais, a globalização
econômica estrutura-se por meio de uma rede que envolve fixos e
fluxos, ou seja, uma série de ligações entre os diferentes pontos por onde
circulam mercadorias, capitais, investimentos e até empregos. Os principais
centros desse sistema são as chamadas cidades globais, que abrigam as bolsas de
valores, além de sedes de empresas e instituições de cunho internacional.
A expansão da economia global fica
evidente quando analisamos o aumento do número de importações realizadas em
todo o mundo, ou seja, o quanto as mercadorias foram comercializadas entre
diferentes países. Em 1950, o número de importações era de 64 bilhões de
dólares; em 1980, esse valor saltou para mais de 2,5 trilhões; em 2010, esse
número já havia alcançado a marca de 15,3 trilhões de dólares, segundo dados da
Organização Mundial do Comércio (OMC).
Diante
disso, fica a grande questão: por que apenas nas últimas décadas a economia
global conseguiu avançar dessa forma?
A
grande razão para o elevado crescimento dos números do comércio internacional
nos últimos tempos está nos avanços alcançados pelos sistemas de transporte e
comunicação, que agora apresentam uma conectividade em nível global, permitindo
a rápida difusão de informações e também de mercadorias e capital. Atualmente,
com apenas alguns cliques, empresas e bancos fazem transações milionárias com
dinheiro que se apresenta somente na forma de bits de computador. A era da informação, tal qual é chamada
atualmente, permite o rápido deslocamento de qualquer coisa no espaço
geográfico em um rápido período de tempo. Aliás, não existem mais impeditivos
em termos instrumentais para a total integração comercial de todas as
economias. Afinal, já existe tecnologia suficiente para permitir a rápida
comercialização entre quaisquer países, embora muitos deles não disponham de
recursos e infraestruturas necessárias para o escoamento de produtos, além de
importações em grandes quantidades. O principal entrave, atualmente, para o
prosseguimento da expansão da economia global é o grande protecionismo
comercial existente em alguns países, principalmente os desenvolvidos, que
muitas vezes priorizam seus mercados internos em detrimento das importações por
intermédio das chamadas barreiras
alfandegárias.
De
toda forma, a economia global encontra-se
mais do que consolidada. Quem exerce papel preponderante nesse cenário não são
os governos ou os Estados Nacionais, mas sim as empresas privadas, sobretudo
as multinacionais, também
chamadas de transnacionais ou empresas globais. Elas, muitas vezes,
dispersam seus processos produtivos em várias partes do mundo em busca de fácil
acesso a matérias-primas, incentivos fiscais e mão de obra barata. Além disso,
muitas dessas empresas dominam o mercado consumidor em várias partes do mundo,
consolidando fusões entre si (trustes)
e unindo-se em um grupo de empresas de administração comum (holdings).
Globalização
e economia mundial
Análise
econômica no contexto global
Devido
aos avanços tecnológicos, negociação entre os países, exportação e importação,
relações entre pessoas de diversas nacionalidades, compartilhamento de assuntos
relacionados à política, cultura, hábitos e crenças, o mundo encontra-se cada
vez mais globalizado e a economia mundial concentrada.
O
presente material faz uma abordagem resumida sobre o tema, trazendo consigo
conceituação dos termos, esclarecimento da importância da globalização e
economia mundial e as vantagens e desvantagens que as mesmas apresentam.
GLOBALIZAÇÃO
E ECONOMIA MUNDIAL
O
impacto da globalização já se sente há algum tempo; algumas organizações
percebendo a sua importância aplicaram-na na intenção de expandir seus negócios
e alavancar resultados. Alves (2018) conceitua o termo como a maneira como os
países se inter-relacionam, facilitando o acesso internacional por meio da
tecnologia. Anhanguera Educacional (2017) define globalização como processo de
integração econômica, política, social e cultural entre os países do mundo,
também denominado de aldeia global.
A
economia mundial relaciona-se diretamente com a globalização, os dois recursos
trabalham as fermentas econômicas do globo, fazendo com que as causas mundiais
estejam cada vez mais interligadas.
Para
Oliveira (2011), muitos fatores pelos quais nos deparamos na economia mundial
nos tempos de hoje, esta relacionados à globalização. Por se tratar de um
fenômeno capitalista e complexo. É o resultado da evolução e revolução
tecnológica, da eficiência dos mecanismos de informação, de transportes e do
surgimento de instituições supranacionais que lhe dão suporte, como a OMC
(Organização Mundial do Comércio). Caracteriza-se pela liberdade de circulação
de mercadorias, capitais e serviços entre os países. Oliveira (2011) afirma
ainda que, os grandes beneficiários da globalização são os países que compõem o
BRICs, países estes considerados emergentes, com grandes economias geradas
pelas exportações, e de mercado interno e cada vez mais ocupando presença
mundial. O mercado encontra-se mais do que nunca controlado pelas gigantes
corporações multinacionais, que espalham seus investimentos nos 5 continentes,
e o Estado se transforma em um instrumento de expressão.
“A
globalização definiu para o mundo uma nova organização do espaço geográfico,
impactando todas as regiões do mundo, ampliando diferenças entre os países
desenvolvidos e dos a caminho do desenvolvimento, levando em consideração
aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gera expansão do
capitalismo, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu
empreendimento até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados
distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital
financeiro, pois, a comunicação na era da globalização permite tal expansão,
porém, a consequência é o aumento da competitividade.” (OLIVEIRA, p.1. 2011).
De
acordo com Oliveira (2011), manifestos surgem no mundo todo, com relação as
consequências negativas que a globalização traz para os países, das quais os
atingem incluindo os desenvolvidos. Esses movimentos partem de um princípio de
que, as multinacionais conquistaram tanto poder que estão moldando o mundo
segundo seus interesses econômicos.
Apesar
de serem fenômenos muito importantes para os países, a globalização e a
economia mundial acarretam consigo desvantagens. Essas dificuldades afetam os
países na qual optam por esse regime, principalmente, aqueles que encontram-se
na situação de subdesenvolvidos.
VANTAGENS
E DESVANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO
Segundo
Pena (2018), existem, dessa forma, muitos daqueles que admiram e consideram
importante o fenômeno de mundialização das sociedades, havendo, por outro lado,
aqueles críticos que a consideram prejudicial. Fala-se, portanto, da existência
de vantagens e desvantagens da Globalização, embora a definição do que seria
cada um desses “lados” dependa de quem promove a sua análise, de acordo com
Pena (2018):
-
Entre as vantagens da Globalização, a primeira e mais óbvia de todas a serem
citadas é a diminuição das distâncias e do tempo, assinalando um fenômeno que
David Harvey chamou de “compressão espaço-tempo”. Isso ocorreu graças aos
avanços tecnológicos no campo da comunicação e dos meios de transporte, cada
vez mais rápidos e eficientes, fruto principalmente da Revolução
Técnico-Científica-Informacional. Tal configuração permitiu a difusão de
notícias e conhecimentos de forma mais rápida, transpondo barreiras físicas e
políticas em todo o mundo;
-
Outro aspecto que pode ser considerado positivo da Globalização é a redução do
preço médio dos produtos, embora essa não seja uma característica constante.
Através da maior integração política mundial, entre outros elementos (como a
formação dos Blocos Econômicos), muitos produtos tornaram-se mais baratos e
também mais abundantes, sendo largamente difundidos em todo o planeta. Em
muitos casos, produtos industrializados têm seus processos produtivos
descentralizados em várias partes do mundo, o que contribui para a diminuição
dos custos;
-
Os avanços no campo científico e do conhecimento também são notórios. Hoje, por
exemplo, se há uma nova descoberta no campo da medicina realizada em algum
país, o restante do mundo passar a ter conhecimento dessa novidade quase que em
tempo real. Informações diversas sobre dados econômicos, políticos e sociais
também se dispersam rapidamente, contribuindo para o avanço de muitas áreas do
saber. Não por acaso, o sociólogo espanhol Manuel Castells afirma que estamos
vivendo na “sociedade do conhecimento”;
-
No campo financeiro, a Globalização também apresenta aquilo que podemos
considerar como vantagens. Destacam-se, nesse ínterim, os investimentos mais
facilitados e que podem difundir-se por todo o globo; a maior disponibilidade
de meios para gerir empresas e governos; a possibilidade de maiores e mais
amplos tipos de financiamentos de dívidas fiscais; a integração do sistema
bancário mundial, entre outros aspectos.
As
desvantagens da globalização são (PENA, 2018):
Entre
as desvantagens da Globalização, é preciso lembrar que, muitas delas, são
creditadas não tão somente a esse processo em si, mas também e principalmente
ao sistema capitalista, ao qual a Globalização está intrinsecamente ligada. Na
verdade, para o mundo, ela é apenas a mundialização do sistema capitalista e a
difusão de valores dominantes para toda a sociedade global, concepção que
fundamenta boa parte das críticas promovidas.
-
A primeira grande desvantagem do processo de Globalização, na visão de seus
críticos, é a forma desigual com que ela se expande, beneficiando, quase
sempre, as localidades economicamente mais desenvolvidas e chegando “atrasada”
ou de forma “incompleta” a outras regiões, tornando-as dependentes
economicamente;
-
Outra desvantagem, também referente à desigualdade, está no ritmo e no
direcionamento dos fluxos de informações. Algumas regiões, principalmente
aquelas pertencentes a países desenvolvidos, conseguem expandir mais facilmente
seus valores e suas informações, algo que não ocorre com regiões mais
periferizadas. Assim, por exemplo, as culturas francesa, americana ou inglesa
são facilmente reconhecidas em todo o planeta, já outras culturas são
marginalizadas ou até relegadas ao ostracismo, porque seus locais de origem não
conseguem transmiti-las pelos meios de expansão da globalização;
-
No campo econômico, novamente a questão da desigualdade emerge como cerne das
críticas direcionadas à globalização. A expansão das empresas multinacionais –
apesar de conseguir diminuir os preços – é um duro golpe à livre concorrência,
haja vista que poucas instituições passam a controlar boa parte do mercado
mundial. Além disso, o deslocamento das fábricas permite a aquisição de
matérias-primas mais baratas e o emprego de mão de obra mais em conta,
reduzindo os salários e contribuindo para a desregulamentação progressiva das
leis trabalhistas;
-
A Globalização também apresenta desvantagens no campo financeiro,
principalmente na forma com que ela consegue disseminar, rapidamente, crises
econômicas especulativas. A crise imobiliária dos Estados Unidos de 2008, por
exemplo, foi rapidamente sentida na Europa e, por extensão, em várias outras
partes do mundo, provocando um colapso total dos sistemas de especulação em
todo o planeta, ampliando taxas de desemprego e de dívidas públicas;
-
Por fim, cita-se também como desvantagem da Globalização a questão ambiental,
pois o ritmo consumista cada vez mais intensificado que se estabeleceu no mundo
contribuiu para uma maior exploração dos recursos naturais, além de uma
progressiva aceleração do processo de poluição do ar, das águas e dos meios
produtivos, como o solo. O aquecimento global ou a devastação das florestas são
argumentações constantes quanto a esse fator.
1.
Após a leitura dos textos acima, você deverá elaborar um relatório sobre o tema
exposto, e suas principais características.
2.
Elabore uma tabela, onde deverá conter as seguintes informações:
Pontos
desfavoráveis da Globalização
------ Pontos favoráveis da
Globalização
3.
Com a leitura do texto acima, podemos dizer que os aspectos da globalização
estão presentes na condição econômica humana, e suas regras são direcionadas de
acordo com as regras expostas por uma parte da população? Como você consegue
compreender as regras impostas pela economia global e suas características
econômicas.
4.
Leia atentamente as frases abaixo, e escolha aquela que mostre o mais próximo
de sua realidade. Não se esqueça de justificar a sua resposta.
“A
globalização mata a noção de solidariedade, devolve o homem à condição
primitiva do cada um por si e, como se voltássemos a ser animais da selva,
reduz as noções de moralidade pública e particular a um quase nada.”
“A
globalização é o novo nome do imperialismo, e o gosto médio é uma peste, é
muito pior do que o mau gosto.”
“Antigamente
as grandes nações mandavam seus exércitos conquistar territórios e o nome disto
era colonização. Hoje as grandes nações mandam suas multinacionais conquistar
mercados e o nome disto é globalização.”
“Vendo
com olhar mais critico, a globalização não é ao todo tão ruim. Mas acho que ela
deveria promover a integração entre as nações, difundindo amor, liberdade e
paz.”
“A
mentira está no controle da globalização que tenta unificar o mercado
financeiro, prometendo progressos e investimentos, porém homens já vivem
escravizados em nome do capitalismo.”
ATIVIDADE DE FILOSOFIA – 2º BIMESTRE
1ª SÉRIE A, B, C, D
PROFESSORES:
EDUARDO SANTOS E MARIA JOSÉ
“É necessário sair da ilha para ver a ilha.
Não
nos vemos se não saímos de nós.”
(José Saramago)
v
CONTEÚDO
v COMPETÊNCIA – HABILIDADE DO CURRICULO OFICIAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO:
·
Refletir sobre a
importância do conceito de alteridade para análise de diferentes culturas;
v
COMPETÊNCIA-
HABILIDADE DA BNCC:
·
10. Agir pessoal e
coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários
A FILOSOFIA E OUTRAS FORMAS DE
CONHECIMENTO: MITO, CULTURA, RELIGIÃO, ARTE E CIÊNCIA.
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
Prometeu
era um dos titãs, uma raça gigantesca que habitou a terra antes do homem. Seu
nome significa ‘premeditação’. Ou seja, a capacidade de pensar antecipando a
ação. Epimeteu, irmão de Prometeu, é aquele que age antes de pensar. Dessa
forma, enquanto um calcula e busca prever e domar o futuro, o outro vive o
momento de forma a desfrutar tudo o que ele pode oferecer de melhor.
Os
irmãos dividiram a tarefa de forma que Epimeteu encarregou-se da obra e
Prometeu de examiná-la, depois de pronta. Assim, Epimeteu recebeu os dons que
deveriam ser distribuídos e tratou de atribuir a cada animal dons variados,
como audácia, força, rapidez, esperteza, asas, garras, pelagem colorida e
abundante, entre outros. A distribuição deveria contemplar todos os mortais,
aplicando sempre critérios de compensação, de forma a garantir um certo
equilíbrio, evitando que alguma espécie viesse a desaparecer por falta de
recursos.
No
processo de distribuição, Epimeteu esqueceu uma espécie e, preocupado, procurou
o irmão, Prometeu, para que esse resolvesse o problema. Prometeu verificou que
somente os humanos se encontravam nus e sem armas e, assim, não poderiam
emergir da terra primordial para a luz.
Prometeu,
com a ajuda de Athena, subiu ao céu e acendeu sua tocha no carro do sol,
trazendo o fogo para os humanos. Prometeu entregou o fogo aos homens, assim
como a técnica para fazê-lo. O fogo forneceu calor, que permitiu resistência às
intempéries do clima e a fabricação de armas, que, por sua vez, capacitaram os
humanos a subjugar os animais. Com o auxílio do fogo, construíram ferramentas, cultivaram
a terra, criaram moedas, que, consequentemente, possibilitou negociar produtos
e fazer comércio.
Fonte:
Old Religion. Texto adaptado. Mito de Pormeteu e Epitemeu. 2016.
Disponíviel
em: <https://www.oldreligion.com.br/Ledas-e-Mitos/Mito-de-Prometeu-e-Epimeteu>.
Acesso
em: 13 maio 2019.
Reflita: O
mito traz uma explicação sobre como o homem se sobressaiu aos demais animais. O
fogo, como elemento da natureza, tem suas próprias leis e ocorre de forma pouco
previsível. Dessa forma, em estado natural, sem o domínio do ser humano, o fogo
não pode promover, por exemplo, a fabricação de armas. Mas o conhecimento para
acender e apagar, ou aumentar e diminuir as chamas, possibilitou o domínio da
produção de artefatos, e também ampliou a possibilidade de gerar outros
conhecimentos.
1.
Agora, pense, imagine e responda,
tendo como referência o mito de Prometeu e Epimeteu: ao trazer o conhecimento
do fogo para os homens, Prometeu teria alterado a natureza humana? Justifique a
sua resposta.
2.
Observe a imagem, e a seguir, responda à questão:
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Peter_Paul_Rubens_032.jpg
A
imagem retrata o suplício de Prometeu, um titã defensor da humanidade,
conhecido por sua astúcia e inteligência. Na imagem, ele está sendo castigado
por haver roubado o fogo de Zeus e dado aos homens. Esta é uma explicação de
como a humanidade encontrou e passou a utilizar o fogo. Como é chamada esta
forma de explicar a realidade e qual a sua principal característica?
Todas as culturas
trazem narrativas de criação, as quais procuram explicar a dimensão do homem
como um ser ao mesmo tempo da natureza e da cultura. A partir da orientação de
seu (sua) professor (a), pesquise diferentes narrativas de criação.
As narrativas míticas trazem os fundamentos das religiões, dos saberes e da própria História; revelam o princípio, o germe da tradição e, dessa forma, a mantém. A tradição é mantida pelos mitos, além de repetir e atualizar a ação dos precursores. Dessa forma, o mito conta a história primeira que ensina aos homens como devem fazer para viver neste mundo de acordo com os saberes de fundação (Eliade, 1972, p. 13). A narrativa mítica busca revelar as origens de ações humanas ou da natureza, o que possibilita entender o sentido de certas práticas.
Em
geral, os mitos são transmitidos de geração a geração, e as suas narrativas de
origem
favorecem a coesão simbólica. A identidade étnica é
reforçada à medida em que os indivíduos
compartilham as narrativas de criação e as práticas
decorrentes destas.
Assim,
as narrativas míticas contribuem com elementos fundamentais para a constituição
da cultura e esta, por sua vez, é constituída por elementos que se relacionam
de forma intrínseca com os mitos, tais como:
·
Conhecimentos: conjunto de saberes sistematizados e construídos
historicamente que, acumulados, promovem ensinamentos que são transmitidos para
as gerações futuras. Por exemplo: como ocupar espaços, produzir alimentos,
entre outros saberes necessários para a sobrevivência. Junto aos conhecimentos
práticos, são construídos saberes ligados aos usos, costumes relativos às
práticas religiosas e organização social e política.
·
Crenças: as crenças estão associadas à aceitação de
verdades verificáveis empiricamente ou não. Trata-se de um comportamento diante
dos eventos cotidianos e das projeções que podemos fazer destes eventos.
Exemplos são a fé religiosa, a fé no avanço da ciência e a confiança na força
do amor.
·
Normas: trata-se de determinações que buscam controlar o
comportamento e resultam da herança cultural. As normas determinam como os pais
devem atuar na educação dos filhos, quais são as responsabilidades dos atores
institucionais, quais são os modos de fazer registros, como se pode estabelecer
comércio, constituir família e sepultar os mortos.
·
Valores: orientam para apreciar coisas e situações boas, e
rejeitar o que é ruim. Os valores revelam o significado que grupos e indivíduos
atribuem para saberes, comportamentos, sentimentos, normas e coisas. Os valores
se modificam a cada época, geração e sociedade.
·
Símbolos: os símbolos orientam formas de sistematizar,
classificar e ordenar o mundo por meio de significados expressos por sentidos e
definições específicas. Os símbolos, como outros elementos da cultura, podem
ser trocados ou ressignificados: um objeto, uma cor, um gesto, por exemplo,
podem ser um símbolo, uma expressão de significado.
1.
Com
base na leitura acima, responda a diferença existente dentro da Filosofia entre
os termos Mito e Narrativa.
2.
Especifique
dois exemplos existentes na cultura brasileira para cada termo abaixo:
·
Crenças;
Normas; Valores; Símbolos; Conhecimentos.
Reflexão: O que é
Alteridade?
Reconhecer o diferente e respeitar aqueles que não vivem a
vida como vivemos, que não pensam como pensamos e não querem o que nós
queremos. Compreender o conceito de alteridade no mundo em que vivemos e um
exercício bem complexo!
3.
A partir do conceito de
Alteridade e dos seus conhecimentos prévios, responda as seguintes questões:
Ø
Em que situação exercitamos a Alteridade?
Ø
Deve haver limites para a alteridade? Em que
situação devemos abrir mão dela?
Ø
Eu sou sempre o mesmo ou o que eu sou hoje é
outro em relação ao que eu fui na década passada?
Ø
Como conviver com o outro
Leitura complementar aos conceitos que foram
trabalhados na atividade de Filosofia:
- “Véu também é liberdade”: a vida de uma
mulçumana feminista no Brasil- https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37314057
Observação: As respostas da atividade proposta acima podem
ser envidas para o seguinte endereço eletrônico: romeumontoromedio@gmail.com
ATIVIDADE DE SOCIOLOGIA – 2º BIMESTRE
1ª SÉRIE
PROFESSOR:
EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
A educação é
um processo social, é desenvolvimento.
Não é a preparação para a vida, é a própria
vida.
(John Dewey)
v
CONTEÚDO
·
Relações e
interações sociais.
v COMPETÊNCIA– HABILIDADE DO CURRÍCULO OFICIAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO:
·
Compreender as
dinâmicas de interação e relações sociais.
v
COMPETÊNCIA-
HABILIDADE DA BNCC:
·
10. Agir pessoal e
coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
RELAÇÕES E INTERAÇÕES SOCIAIS
REFLEXÃO SOCIOLÓGICA I:
Você vive em uma sociedade e interage com outras pessoas, conhecidas e
desconhecidas. Nós, seres humanos, lançamos mão de estratégias que garantem
nossa coexistência dentro do contexto social.
Desempenhamos vários
papéis na sociedade; isso significa que cada indivíduo pode se apresentar aos
grupos de que participa de diversas formas. O papel social é o que podemos
considerar uma espécie de “representação”, que se manifesta conforme a
necessidade. A adequação ao uso ou manifestação desses papéis é aprendida por
nós por meio da forma como somos ensinados a lidar com as mais variadas
situações cotidianas.
Geralmente, quando entramos em uma situação de interação social,
em que qualquer ação nossa, seja um simples olhar, influenciará a ação do
outro, é importante definir que tipo de situação é essa e o que podemos esperar
do comportamento do outro. Assim, saberemos qual é a melhor maneira de agir
para obter a resposta desejada. Quando não conhecemos as pessoas com quem vamos
interagir, interpretamos o seu comportamento com base naquilo que podemos
observar a respeito delas: sua expressão, sua postura, suas roupas, seus
gestos, seu modo de falar, seu sotaque. Outros aspectos que influenciam nossa
interpretação são o preconceito e noções retiradas do senso comum. Tanto que,
muitas vezes, acabamos cometendo enganos a respeito das pessoas e
entrando naquilo a que chamamos de “saia justa”.
• Um exemplo: quem nunca chegou por trás de alguém, pensando tratar-se
de um amigo, foi cumprimentá-lo e, quando a pessoa se virou, viu que tinha se
enganado?
QUESTÃO I: Esta é uma questão que podemos refletir: como você encara
seus comportamentos nos múltiplos contextos sociais? Pense em suas atitudes
quando está, por exemplo, em casa com sua família, dentro da sala de aula com
os colegas de classe, no shopping center com seus amigos, na sala de cinema com
aquele “crush”, na balada, na academia, no trabalho, na igreja etc.
REFLEXÃO SOCIOLÓGICA I
A preocupação com o que
os outros pensam a nosso respeito é parte importante das relações entre os
seres humanos. Isso acontece porque, de um lado, queremos fazer parte do grupo,
não sermos excluídos e, por outro lado, porque também gostaríamos que os outros
nos aceitassem como somos. Afinal de contas, como vimos anteriormente, o ser
humano é um ser social e não consegue viver sem o convívio com outras pessoas.
Porém, ser aceito e não ser excluído do grupo exige muito esforço: é preciso
conhecer as regras do grupo, saber conviver com as pessoas, relacionar- se,
comunicar-se – uma série de conhecimentos que não aprendemos de um dia para o
outro.
Na Situação de Aprendizagem anterior, vimos que esse conhecimento é
adquirido por meio do processo de socialização. Aprendemos em casa e na escola,
com nossa família, nossos pais, irmãos, avós, primos, tios, colegas,
professores e muitas outras pessoas, como comportar-se diariamente. Esse
aprendizado é constante e diário, e jamais termina. Vimos também que, muitas vezes, nem sempre o que aprendemos
funciona em todas as situações; desse modo, temos de nos adaptar ao
imprevisível. Mas, agora que já sabemos como aprendemos a viver em sociedade, é
preciso compreender como utilizamos esse conhecimento para conviver.
Uma situação cada vez mais comum em nosso dia a dia, em que é necessário
manipular nossa imagem pessoal, é a entrevista de emprego.
1. Você já passou por alguma entrevista desse tipo, para um estágio, por
exemplo?
( ) Sim, já passei. ( ) Não, nunca passei.
2.
Em sua opinião, o que pode ajudar um candidato a se sair melhor que o outro e
por quê?
REFLEXÃO
SOCIOLOGICA II
Com o objetivo de
elucidar o modo como os papéis sociais são representados na vida cotidiana,
utilizaremos as metáforas empregadas pelo sociólogo canadense Erving Goffman
para conceituar a representação social do “eu” nas interações sociais.
Para entender como nos relacionamos com as
outras pessoas no dia a dia, Goffman propôs que pensássemos as interações como
se elas estivessem ocorrendo no espaço de um “teatro imaginário”. Desse modo,
ele utiliza as mesmas denominações retiradas da linguagem teatral para se
referir aos dramas sociais.
QUESTÃO III: Observe a imagem a seguir e
especifique os termos PALCO, PLATÉIA, FACHADA E BASTIDORES no teatro na
representação do EU na vida cotidiana.
REFLEXÃO SOCIOLÓGICA III: Um
exemplo de como o esquema proposto por Goffman funciona na vida real é
ilustrado na imagem. Analise a charge e a fala das personagens e, em seguida,
responda às questões:
“Sr. Farington, o presidente de nossa empresa vem
nos visitar, portanto, trate de limpar a sua mesa”.
QUESTÃO IV: O que o homem de terno ilustrado
pretende ao dizer isso?
Questão V: O que você imagina que acontecerá quando
o presidente da empresa chegar?
Leitura complementar aos conceitos que foram
trabalhados na atividade de Sociologia
- “Pandemia mostrou importâncias das
interações sociais, diz porta-voz do CVV”:
- Vivendo em sociedade: As interações sociais na vida cotidiana: https://www.youtube.com/watch?v=WZXR6QT7CQY
Observação: As respostas da atividade proposta acima podem
ser envidas para o seguinte endereço eletrônico: romeumontoromedio@gmail.com
ou via whatsapp por meio de foto
PROFª MARIA JOSÉ
Competências socioemocionais em foco: Organização e
Imaginação Criativa
NOSSOS
SONHOS (PÁGS. 150/151) CADERNO DO ALUNO V. 2
Para elaborar o texto abaixo solicitado, reflita
sobre as questões relacionadas a sonhos e projetos para sua vida. Por se tratar
do tema sonhos, você pode considerar aqueles que julga serem impossíveis ou que
pareçam até muito simples. Portanto responda mentalmente estas seguintes
questões sobre SONHOS: Quais são os sonhos que tenho para minha vida? (Reflita
sobre todos os sonhos que possui, mesmo aqueles que pareçam impossíveis ou até
muito simples). ESTUDOS: Quais são os meus sonhos em relação aos meus estudos?
Pretendo continuar estudando, quando terminar a escola? Se sim, em qual tipo de
curso? TRABALHO: Quais são meus sonhos em relação ao trabalho? Que tipos de
profissão me interessam? O que elas têm a ver com aquilo no que sou bom (boa)?
FAMÍLIA: Quais são os meus sonhos em relação à família? O que gostaria de fazer
por minha família? E o que gostaria que ela fizesse por mim. TEMPO LIVRE: Quais
são os sonhos em relação ao uso do meu tempo livre? Quais são as atividades de
lazer e os hobbies que quero praticar ou continuar praticando em minha vida?
SOCIEDADE: O que pretendo fazer pensando no bem comum? Quais são os sonhos que
possuo para minha comunidade/bairro, para minha cidade e para o meu país? Algum
desses sonhos poderia ser transformado em uma profissão, por exemplo? Após
refletir sobre estas questões, escreva em seu caderno um texto respondendo às
questões abaixo:
1. O que gostaria de alcançar no que se refere aos
relacionamentos pessoais? O que posso fazer para que isto aconteça?
2. O que espero conquistar, em termos de aprendizagem
na escola? O que posso fazer para que isto aconteça?
3. O que desejo para minha família? O que está a meu
alcance de ser feito para que esse desejo aconteça?
4. O que pretendo fazer, pensando no bem comum?
5. O que sonho para minha vida como um todo? O que
posso fazer para que esse sonho se transforme em realidade?
Desafio: Construção da Árvore dos Sonhos Esta atividade é
inspirada na instalação “Árvore dos desejos” da compositora e artista
plástica,Yoko Ono. Nela, as pessoas são convidadas a escrever e pendurar seus
desejos em uma árvore. Acesse o link http://nacasadosvinte.blogspot.com/2009/09/yoko-ono-arvore-dosdesejos.html
e conheça mais sobre a obra.
Construa a sua própria árvore dos sonhos. E cole
postites ou desenhe palavras que são motivadoras e inspiradoras para você. Use
sua criatividade, você pode desenhar no seu caderno ou criar uma conforme seu
próprio estilo. Fotografe e envie a atividade para o e-mail da escola.
Bom trabalho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário