terça-feira, 22 de setembro de 2020

2ºD - NOTURNO - 3ªQUINZENA DO 3ºBIMESTRE - SOCIOLOGIA

 SOCIOLOGIA - PROFESSOR EDINALDO

Divisão social do trabalho e divisão manufatureira do trabalho

 

                A sociedade moderna teve início em meados do século XV, e sua constituição foi marcada pelos processos de urbanização, que se iniciaram no século XII, e de industrialização, que viriam a se intensificar na Inglaterra, no século XVIII. Essa sociedade resultou de um processo de transformação, em que se constituíram um novo modo  de trabalhar, relações sociais diferentes e um novo modo de vida marcado pelo desenvolvimento industrial.

                O esfalecimento do mundo feudal consistiu em um longo processo, no qual as velhas formas de trabalho artesanal forma sendo substituídas pelo trabalho artesanal foram sendo substituídas pelo trabalho em domicílio, a partir do campo, produzindo para as indústrias em desenvolvimento nas cidades. Assim, durante o século XIV, foram desenvolvidas as indústrias rurais em domicílio, como forma de aumentar a produção. Os comerciantes distribuíam a matéria-prima nas casas dos camponeses e ali era executada uma parte ou a totalidade do trabalho. Essas industrias representaram uma forma de transição entre o artesanato e a manufatura e permitiram a acumulação de capital nas mãos desses comerciantes, além de formar mão de obra para o trabalho industrial nas cidades.

                A palavra manufatura vem do latim e quer dizer trabalho manual. Para o seu desenvolvimento foi necessária a existência de dois fatores.

a)       1º fator: Um empresário com capital para comprar a matéria-prima e ferramentas e concentrar em sua oficina um grande número de trabalhadores. Em vez de distribuir esses meios de produção nas casas dos trabalhadores, o comerciante transformado em industrial os junta sob um mesmo teto, criando, assim, a manufatura.

b)      2º fator: A existência de trabalhadores livres, ou seja, que não são mais donos dos meio de produção e dependem para sua sobrevivência, da venda de seu trabalho, ou seja, sua força de trabalho, transformando-se. Assim, em trabalhadores assalariados.

 

A divisão do trabalho existiu em todas as sociedades, desde o momento em que os seres humanos começara a trocar cosias e produtos, criando uma interdependência entre si. Assim, o artesão troca o produto de seu trabalho, o tecido, pelo algodão, cultivado pelo agricultor. A base da troca está na necessidade que o indivíduo tem de produtos que ele não produz. A divisão do trabalho deriva, portanto, do caráter específico do trabalho humano e ocorre quando os seres humanos, na vida em sociedade, dividem entre si as diferentes especialidades e ofícios. A divisão do trabalho em ofícios ou especialidades existiu em todas as sociedades conhecidas e um dos seus principais fatores é a divisão sexual do trabalho. Ou seja, havia uma divisão ente especialidades ou ofícios preferencialmente atribuídos às mulheres e outros preferencialmente atribuídos aos homens.

A manufatura se estende de meados do século XVI ao último terço do século XVIII, sendo substituída pela grande indústria. Na manufatura, foram introduzidas algumas inovações técnicas que modificaram a forma como o trabalho era organizado. Aos poucos, o trabalhador foi deixando de ser responsável pela produção integral de determinado objeto e passou a se dedicar unicamente a uma atividade. A divisão do trabalho foi acelerada, fazendo que um produto deixasse de ser obra de um único trabalhador e se tornasse o resultado da atividade de inúmeros trabalhadores. Dessa maneira o produto passava por vários trabalhadores, cada um acrescentando alguma coisa a ele e, no final do processo, o produto era resultado não de um trabalhador individual, mas de um trabalhador coletivo. Essa é a divisão do trabalho que persiste na sociedade capitalista, e que se caracteriza pela especialização das funções, ou seja, pela especialização do trabalhador na execução de uma mesma e única tarefa, especializando também o seu corpo nessa operação.

Na divisão manufatureira do trabalho, o ser humano é levado a desenvolver apenas uma habilidade parcial, limitando o conjunto de habilidades e capacidades produtivas que possuía quando era artesão. É isso que torna o trabalhador dependente e o faz vender a sua força de trabalho; e esta só serve quando comprada pelo capital e posta a funcionar no interior da oficina. Segundo Karl Marx, essa divisão do trabalho tinha como objetivo o aumento da produtividade e o aperfeiçoamento do método de trabalho e teve como resultado o que ele chama de “a virtuosidade do trabalhador mutilado”, com a especialização dos ofícios. Na manufatura, portanto, a produtividade do trabalho dependia da habilidade (virtuosidade) do trabalhador e da perfeição de suas ferramentas, e já havia o uso esporádico de máquinas. Foi apenas com o surgimento da grande indústria que a máquina passou a desempenhar um papel fundamento, primeiro, com base na mecânica, depois, na eletrônica e, atualmente, na microeletrônica.

 

 

Nome: _______________________________________________________ série: _______ Nº _________

 

 

Questões:

 

1)      Explique como se deu o processo de transição entre o trabalho artesanal e a manufatura.

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2)      O que significa “manufatura” e o que foi necessário para o desenvolvimento?

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3)      Qual a diferença entre artesanato e manufatura?

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4)      Explique a divisão manufatureira do trabalho segundo Karl Marx.

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5)      Segundo o texto, o que quer dizer a “interdependência” do trabalho?

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6)      Explique, segundo o texto, a divisão sexual do trabalho.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

3TA, 3TB- NOTURNO -3ª Quinzena do 3º Bimestre

 

Alunos - Bem vindos a terceira quinzena do 3º bimestre

As atividades devem ser realizadas e enviadas ao email romeumontoromedio@gmail.com ou para o wattsapp  987939738. Identifique as atividades com nome, disciplina e série.

Data de entrega até 07-10-2020

PORTUGUÊS – PROFESSOR MAURÍCIO

Estudo  do Texto

1)     " Destes penhascos fez a natureza   

   O berço em que nasci.

   Oh ! quem cuidara

   Que entre penhas tão duras  se criara

   Uma  alma terna , um peito sem dureza. "

 

*  Os versos  constituem  exemplo da :

A)  Sátira de Gregório de Mattos aos poderosos da Bahia.

B)  Lírica amorosa  de Tomás Antônio Gonzaga .

C)  Paisagem bucólica  idealizada na poesia de Cláudio Manuel da Costa .

D)  Da sátira  de Tomás  Antônio Gonzaga  ao Governador de Minas.

E)  Ambivalência  cultural da poesia de Cláudio Manuel da Costa .

 

2)  Assinale a alternativa  incorreta  a  respeito de Cláudio Manuel da Costa :

A)  Além da produção  lírica , escreveu  um poema de caráter épico  que se intitula  " Vila Rica ".

B)  Sob  o pseodônimo , Árcade  de  Glauceste  Satúrnio , compôs  uma poesia  em que é marcante  a imagem da pedra .

C)  Compôs poemas marcados pela condição  do pastor  que procura  a natureza como refúgio .

D)  Cultiva a forma  do Soneto em que  explora temas como a infelicidade amorosa .

E)  Sua produção poética costuma  ser  dividida  pela crítica  em lírica , satírica e religiosa .

 

3) Autor de  " Obras Poéticas ",  apresenta em suas  composições, motivos  árcades  .

* Assinale  a alternativa  que identifica  esse autor , associando , corretamente , seu nome à característica presente  nessa obra:

A) Cláudio Manuel da Costa  __ (  desencanto  e brevidade do amor ).

B)  Basílio da Gama __  ( preocupação   com feito  histórico ).

C)   Tomás Antônio Gonzaga ___ ( celebração da natureza ).

D)   Basílio da Gama ___( inspiração religiosa ). 

E)   Tomás Antônio GOnzaga ___ (  celebração  da amada ).

" Boa sorte "

GEOGRAFIA – PROFESSORA LUCIANA

Orientações aos Pais/Responsáveis/Alunos

Sejam bem vindos. Para a realização das atividades os alunos deverão acessar os links na internet, fazer as leituras do conteúdo, assistir o vídeo aula, e depois responder as questões no caderno.

As atividades

A África e Europa

https://www.infoescola.com/historia/partilha-da-africa/

 Façam a leitura e assistam ao video.

Respondam as questões E FAÇAM A ENTREGA DAS QUESTÕES RESPONDIDAS.

MAPA DA PARTILHA DA ÁFRICA ENTRE OS EUROPEUS

MAPA 1




MAPA 2

QUESTÕES

1-                  COMO SE DEU A PARTILHA DA ÁFRICA PELOS EUROPEUS?

2-                  DE ACORDO COM O MAPA 1, EXPLIQUE A ÁFRICA DE 1870, E O QUE MUDOU NO TERRITORIO AFRICANO EM 1895.

3-                 DE ACORDO COM O ENUNCIADO NO MAPA 2, “ A partilha é feita de maneira arbitrária, não respeitando as caracteristicas étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas. EXPLIQUE A CHARGE ABAIXO, COM SUAS PALAVRA


Observações/Sugestões para a realização do trabalho


Sugiro que os alunos anotem as partes mais relevantes da leitura, o que acharem importante. Pois facilitara a compreensão melhor do texto para responder as questões.

INGLÊS – PROFESSORA ROSILENE

FILOSOFIA – RENAN


Lançado em 1989, o curta-metragem Ilha das Flores, de Jorge Furtado, expressa de forma ácida – e com um ligeiro toque de humor – as muitas contradições das sociedades de consumo. E, assim, se mantém atual, 30 anos depois.

Em Ilha das Flores, onde Deus parece não existir, como apresenta as cartelas iniciais do curta, crianças e mulheres sem nenhum dinheiro disputam alimentos considerados inadequados e impróprios para porcos. Tendo cinco minutos para recolher as sobras dos materiais orgânicos, grupos de dez pessoas são organizados para adentrar o terreno cercado. “O que coloca os seres humanos depois dos porcos na prioridade de escolha de alimentos é o fato de não terem dinheiro nem dono”, explica o narrador.

Um dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos, segundo lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o documentário inovou em termos de linguagem, ao antecipar, segundo seu criador, questões relacionadas à velocidade e ao hipertexto

Após ter visto o filme responda:

 

Qual é o tema principal do curta metragem?

De que forma os personagens são retratados?

Qual sua concepção sobre a narrativa do filme?

É possível dizer que cenas como a que vimos não ocorrem mais?

De 1989, época em que foi lançado o curta metragem, o Brasil melhorou ou piorou?

MATEMÁTICA – PROFESSOR LOURIVAL




FÍSICA – PROFESSOR RONALDO

ROMEU MONTORO

Nome:                                                                                          Série

Link do vídeo : https://www.youtube.com/watch?v=Javkxi3WBmw

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

 

01-         Calcular a resistência equivalente em um circuito em série que possui três resistores idênticos de R = 10 Ω

 

02-         Calcular a resistência equivalente em um circuito em série que possui três resistores idênticos de R = 20 Ω

 

03-         Calcular a resistência equivalente em um circuito em paralelo que possui dois resistores idênticos de R = 2 Ω

 

04-         Calcular a resistência equivalente em um circuito em paralelo que possui dois resistores idênticos de R = 10 Ω

QUÍMICA – PROFESSORA MARIA DO CARMO

E. E. Romeu Montoro | Química 3º ano Ensino Médio | Professora: Maria do Carmo

 

Nome: _____________________________________________ nº____ Turma

 

Atividade III do 3º Bimestre

Nomenclatura dos Hidrocarbonetos

OBS: As atividades deverão ser realizadas no caderno de classe, assim como fazemos em aula.  Faça com muito carinho, capricho e atenção!

Caso haja possibilidade e queira imprimir, responda as questões, assine e anexe em seu caderno para ser apresentado quando solicitado no retorno presencial.

 

Vídeo Química orgânica - Nomenclatura Básica  https://youtu.be/6dPDZLttpM0

Registre e responda em seu caderno as questões a seguir:

• Coloque os respectivos prefixos correspondentes à quantidade de Carbonos;

• Acrescente os tipos de ligações correspondentes aos prefixos;

• Coloque o sufixo correspondente aos Hidrocarbonetos;

• Finalize na última coluna, colocando os possíveis nomes dos hidrocarbonetos que podem ser formados.



BIOLOGIA – PROFESSORA LUCIMARA

Nomenclatura  científica  (Nome científico)

Ao longo da história, os diversos povos criaram seus próprios nomes (códigos) para nomear o que viam  a sua volta.

Com todas as línguas existentes no mundo, um mesmo ser - um gato por exemplo - é identificado por diferentes nomes.

Katze (alemão)

Cat (ingês)

Koshka (russo)

Chat (francês)

Neko (japonês)

Gato (português)



Imagine esta situação: um cientista japonês escreve um artigo para divulgar uma descoberta referente ao neko. Como um cientista brasileiro, sem conhecimento da língua japonesa, poderia entender que ser vivo o cientista japonês está se referindo?

Para evitar esse problema de comunicação, utiliza-se uma nomenclatura científica.

O nome científico do gato é Felis catus.

Escolheu-se uma lingua que fosse de conhecimento internacional e que não sofresse modificações - o latim, por ser uma língua morta (não é usada por nenhuma nação atualmente e, portanto, não está sujeita a mudanças) e porque, em muitos países, era estudada até nas escolas básicas, inclusive no Brasil.

Quando empregamos em textos, os nomes científicos das espécies vêm em destaque. Esse destaque, em geral, é feito usando letras em itálico, isto é, letras inclinadas ou sublinhado.

Como se escreve o nome científico dos seres vivos?

Foi apenas em 1735 que se chegou a um sistema de classificação universal para os seres vivos: o sistema binomial de nomenclatura, elaborado por Lineu. A espécie foi adotada como unidade básica de classificação.

No sistema binomial devem ser observadas algumas regras de nomenclatura:

     O nome científico de uma espécie deve ser escrito em latim e deve estar destacado no texto (em Itálico ou sublinhado)

     é obrigatório o uso de duas palavras para designar o nome científico de uma espécie, daí a expressão sistema binomial de nomenclatura (a palavra binomial significa 'com dois nomes', 'com duas palavras'). A primeira delas deve ser escrita com letra inicial maiúscula; a segunda, com letra inicial minúscula

     A primeira palavra, com inicial maiúscula, indica o gênero a que pertence a espécie. A expressão formada pela primeira palavra mais a segunda designa a espécie.

Veja os exemplos:

Equus caballus (cavalo)

Homo sapiens ( nossa espécie)

Nomenclatura popular

A nomeação dos seres vivos que compõem a biodiversidade constitui uma etapa do trabalho de classificação. Muitos seres são "batizados" pela população com nomes denominados populares ou vulgares, pela comunidade científica.

Esses nomes podem designar um conjunto muito amplo de organismos, incluindo, algumas vezes, até grupos não aparentados.

O mesmo nome popular pode ser atribuído a diferentes espécies, como neste exemplo:




Estas duas espécies do gênero ananas são chamadas pelo mesmo nome popular Abacaxi.

Fonte:https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/classifiseresvivos3.php

Aula 01

-          Ler o texto com bastante atenção;

-          Selecionar cinco palavras que você não conhece, procurar o significado dessas palavras e escrever no caderno.

Aula 02

-Responder às seguintes questões:

a)       Qual a importância da nomenclatura científica?

b)      O que  é nomenclatura popular?

c)       Cite duas regras utilizadas para se escrever um nome científico.

d)      Qual é o nome  sistema de classificação, , criado em 1735, utilizado até os dias de hoje?

Aula 03

Produção textual (redação)

Escreva  a importância da nomenclatura científica

Aula 04

Pesquise  dez nomes científicos ( diferentes dos do texto) com seus respectivos nomes populares.

ARTES – PROFESSOR FERNANDO

Ensino Médio- EJA ( 3º T A e B)       data 21 -09 - 2020.

A música determina a dança.

    A partir dos grandes descobrimentos e do consequente contato  miscigenação entre as culturas africanas, indígina e européia, novas manifestações culturais foram surgindo. Esse sincretismo"  pode ser visto na cultura, na religião, na lingua, na música e, é claro nas danças, principalmente das Américas.

    Por exemplo, os espanhóis assimilarem o costume da contradança francessa da corte de Luis XIV. Essa dança se misturou aritmos e músicas dos escravos, dando vidad a novas danças na região do Caribe como a rumba, o manbo, o merengue eo chá - chá - chá, por exemplo.

    O nosso samba tambem surgiu da misturade uma dança africana, a "umbigada", com seus batuques caracteísticos e dos cantos das modinhas portuguesas.

    Por falar nisso, você já percebeu que muitas danças definem tambem o nome das músicas que são usadas na sua execução, o Tango, ao Valsa, o Fandango, a Tarantela ou o frevo são ao mesmo tempo danças e tipos de músicas, outro exemplo que nos mostra como a dança e música são inesperáveis.

      A tarantela, uma dança venenosa ( ou quase!).

        tarantela é uma dança folclórica típica da Itália cujo nome vem de uma lenda. Conta-se que no século XIV, na europa, na região da Itália, havia muitas aranhas denominadas Tarântelas. Sua picada causava febre alta e delírio e os doentes acabavam pulando e daçando até a execução, na tentativa de expulsar completamente de seu corpo o mal produzido pelo o veneno da aranha.

                                    Ativiades:

          Leia e conheça o contexto dança relacionado com a música, onde a música determina a dança, nas aulas presenciais temos as práticas, os passos as coreografias que podemos fazer grupos de pessoas e executar.

           Por causa do período de pandemia com aulas a distância, eu proponho que indique  duas danças regionais que o tema já o próprio Rítmo.

     Pode envar por zaap ou email.    24 -09 -2020.

                                           fernando.bs2012@hotmail.com

 

 

HISTÓRIA – PROFESSOR CARLOS ANDRÉ

Imperialismo: O discurso racista no Brasil

 

                                 Retomando a aula anterior

 

Na aula passada nós trabalhamos sobre o Colonialismo e Imperialismo, observamos que os exploradores colonizadores Europeus na África, se utilizaram de um discurso civilizatório para justificar a sua presença naquele continente e a exploração impiedosa dos recursos e da mão de obra muitas vezes até violenta no Continente Africano no século XIX.

Este discurso civilizatório acabou sendo transferido para outros contextos.

                O 20 de Novembro e o Negro no Brasil de Hoje 

 

“De todos os africanos transportados para as Américas através do tráfico Atlântico entre os séculos XVI E XIX, cerca de 40% deles tiveram o Brasil como país de destino.

De acordo com os resultados do último Censo populacional realizado pelo IBGE em 2010, a população negra, isto é, preta e parda, constitui hoje cerca de 51% da população total, ou seja, 100 milhões de brasileiros e brasileiras em termos absolutos. O que faz do Brasil o maior país de população negra das Américas, e mesmo em relação à África dita negra, o Brasil só perde da Nigéria, que é o país mais populoso da África Subsaariana.

Mas qual é o lugar que essa população negra ocupa no Brasil de hoje depois de 130 anos de Abolição da escravatura?

Responderia que este lugar entrou no processo afirmativo de sua construção somente a partir dos últimos vinte anos no máximo.

Se depois da assinatura da Lei Áurea, em 13 de Maio de 1888, o Brasil oficial tivesse desde já iniciado o processo de inclusão dos ex- escravizados africanos e seus descendentes no mundo livre e no mercado de trabalho capitalista nascente, a situação do negro no Brasil de 2018 seria certamente diferente em termos de inclusão social. Porém nada foi feito, pois o negro liberto foi abandonado á sua própria sorte e as desigualdades herdadas da escravidão se aprofundaram diante de um racismo Sui Generis encoberto pela ideologia da democracia racial. Trata-se de um quadro de desigualdades raciais acumuladas nos últimos anos maios de trezentos anos que nenhuma política seria capaz de aniquilar em apenas duas ou três décadas de experiência de políticas afirmativas.

Por isso, a invisibilidade do negro, ou melhor, sua sub-representação em diversos setores da vida nacional que exigem comando e responsabilidade vinculados a uma formação superior, ou universitária e técnica, de boa qualidade e ainda patente (...).

Autor: Kabengele Munanga

(Professor brasileiro-congolês e Doutor em Antropologia pela USP).  

 

Não podemos nos esquecer de que a ciência de certa maneira reiterou o discurso racista e suas teorias do século XIX.

Existia uma série de teorias tratando destas questões como a superioridade da raça branca e inferioridade da raça negra. Isto obviamente servindo como um discurso para a colonização e entrada nos países africanos ou da Ásia e até mesmo no Brasil.

No caso aqui do Brasil não houve uma intervenção direta, mas em compensação ocorreu de uma maneira indireta e, no entanto os reflexos também se fazem até hoje em dia.

                                       As teorias racistas

 

              Na virada do século XIX para o XX, uma série de teorias racistas (Darwinismo Social, Eugenia e branqueamento) circulava entre alguns meios intelectuais e procurava definir certos grupos étnicos como inferiores, defendendo que sua condição social e econômica estava atrelada a características naturais e que, portanto nada poderia ser feito para alterar sua situação socioeconômica.

              Alguns teóricos acreditavam que a responsabilidade do homem branco seria levar o modelo de civilização europeia para as outras partes do mundo, Esse movimento desconsiderava e procurava suprimir aspectos culturais de outras sociedades.

                                     Pergunta norteadora

 

Você sabia que já se pensou que a população brasileira miscigenada iria diminuir por meio do branqueamento, e gradativamente, desaparecer? Consegue imaginar o motivo?

R:_____________________________________________________ 

_______________________________________________________ 

 

Lembrando que Francis Galton que foi um dos intelectuais que pensou a Eugenia que era a ideia de você melhorar a raça.

Então esta ideia de branqueamento passa um pouco por isso, é como se algumas raças fossem inferiores e que acabassem se degenerando ao longo do tempo e outras raças superassem tudo isso.

Um dos divulgadores desta teoria de Francis Galton foi o Gobineau, amicíssimo de Dom Pedro II, trocavam cartas por muitos anos, Gobineau esteve no Brasil no século XIX e fez uma análise bastante complicada da nossa sociedade, mas era o discurso corrente á época.

                           As ideias do Conde Gobineau 

 





Descrição da imagem: capa do livro “Ensaio

sobre a desigualdade das raças Humanas”, de Arthur de Gobineau, em francês, de 1853.

Em seu Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas (1853 –

1885), Arthur Gobineau, em sua tese racista afirmava que a mestiçagem causaria a degeneração e a decadência da civilização branca.

             O inimigo cordial do Brasil: Gobineau e o racismo.

 

Joseph Arthur de Gobineau, o Conde de Gobineau, chegou ao Brasil no ano de 1869 em missão diplomática. Era um literato com vasta produção, porém, os quatro volumes da obra “Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas” foi o seu trabalho mais conhecido.

Na          citada   obra       o             Conde   procurava

compreender a causa da ascensão e queda das grandes civilizações e chegara á conclusão de que a questão étnica era o problema da humanidade.

Na obra, teceu ácidos comentários sobre os efeitos maléficos da mestiçagem, de modo que o Brasil lhe soou um exemplo acabado de suas ideias, radicalmente contrárias á miscigenação.

Percebe-se no discurso de Gobineau, que o Brasil não chegaria a se desenvolver enquanto a miscigenação não acabasse.  

 

 

                            Análise de fontes históricas

                 

Documento I

“A grande maioria da população brasileira é mestiça e resulta de misturas contraídas entre os índios, os negros e um pequeno número de portugueses. Todos os países da América, hoje nos mostram, incontestavelmente, que os mulatos de distintos matizes não se reproduzem além de um número limitado de gerações. A esterilidade nem sempre existe nos casamentos mas os produtos da raça gradualmente chegam a ser tão nocivos e inviáveis que desaparecem antes de darem à luz, ou então deixam rebentos que não sobrevivem”.

                                                                                             (Adaptado de Conde Gobineau L‟émigration ou Brésil, 1873). 

 

De acordo com o Gobineau, essa mistura levaria o Brasil ao fim, porque se as raças inferiores iriam acabar ao longo do tempo e não vingaria então o problema seria realmente esta mistura.

Entende-se então que a miscigenação deteriora a civilização branca devido os genes de baixa qualidade se perpetuar e termos aí a esterilidade ou então filhos que morreriam prematuramente ou até mesmo a gravidez que não vai até o final. Ou seja, ele aponta que esse é o caminho genético da população negra e degenera a população branca.

 

                                          Atividades

 

1     – Segundo Gobineau, o que levaria a população brasileira ao branqueamento?

2     – Cite um elemento do texto (Documento I) que revele o pensamento do contexto da época em relação ao chamado

Neocolonialismo.

 

                          Análise de fontes históricas

 

Documento II

“[...] a grande maioria dos plantadores, devido à sua deplorável situação econômica, que mencionei há pouco a Vossa Excelência, vive num Estado muito próximo da barbárie, em meio aos escravos, não se distinguindo deles nem por gostos mais refinados nem por tendências morais elevadas consequentemente, o comércio, os interesses e todas as fábricas, grandes ou pequenas, estão nas mãos dos estrangeiros”.

(Adaptado de Conde Gobineau – carta para Dom Pedro II, de 1869).

  Qual é a relação que o autor faz no texto para afirmar que nosso país estaria em um patamar de desenvolvimento? Há relação com a questão racial? 

 

Esse documento vai mostrar a visão do Gobineau sobre a economia no sentido de que enquanto o brasileiro não parar de se miscigenar e de agir como o que ele considera; inferiores, nós não teríamos desenvolvimento econômico adequado e continuaríamos em patamar de desenvolvimento. Então a ideia seria trazer franceses, alemães entre outros para com isso possuírem uma relação dessas pessoas tocarem a economia.

Ou seja, enquanto a população não se branqueasse a economia não iria para frente.

Agora vamos falar um pouco à respeito de uma obra do artista Modesto Brocos, onde ele se inspirou numa passagem bíblica que justificou durante muito tempo a própria escravização do negro africano.

Existe uma passagem no livro de Gênesis, onde Noé amaldiçoa o seu filho mais novo chamado Cam, dizendo que os seus descendentes seriam escravos. Essa descendência de Cam seria correspondente à população africana.

Baseado nesta passagem bíblica o artista Modesto Brocos fez sua pintura.

                                              A Redenção de Cam

                 

A Redenção de Cam. Pintura de Modesto Brocos, 1885. A obra aborda teorias racistas do século XIX, como o “branqueamento gradual das gerações pela miscigenação”.

 Descrição da imagem: uma família brasileira que a cada geração se torna mais branca (avó negra do lado direito da imagem, no centro a mãe, mulata com seu bebe branco no colo, e o pai da criança do lado esquerdo um homem branco). Coleção do Museu Nacional de Belas Artes, RJ.

 

                                            Atividades

 

a)          Qual é o nome da obra?

b)          Quem é Cam?

 

c)           Qual é a mensagem que a pintura desejava transmitir?

 

Observe à imagem: 

  



                              Jardin zoologique dacclimatation hottentots 

              Acima cartaz de “Exposição Antropológica” 

              A denominação ou expressão “Zoológico Humano” faz referência à atitude cultural que prevaleceu nas metrópoles dos impérios coloniais até o início do século XX. As exposições coloniais eram eventos onde o público da metrópole podiam observar e ter contato com „amostras” de nativos de territórios colonizados, expostos em situações forçadas num ambiente semelhante aos seus lugares de origem.

              Esse tipo de atitude demonstra uma visão de mundo etnocêntrica. O etnocentrismo é uma forma de pensamento própria de quem pensa que seu grupo étnico, nação ou nacionalidade é socialmente mais importante do que as demais.

Observe a imagem: 

O quadro mostra um indígena e um negro sentados em um banco, sendo exibidos por apresentador de casaca de abotoaduras e chapéu de pompa. O indígena (botocudo) de dentes afiados, lábios e orelhas alargadas, carregam nos braços um arco e flecha, e olha de forma ameaçadora para o público, enquanto o negro parece triste e ensimesmado, com o olhar voltado para baixo e uma enxada nas mãos. O público com talhas e bolsas assusta-se, e tenta fugir do local, eis que eram os possíveis colonos a vir para o Brasil.

 Abaixo da imagem o narrador afirma: “E que Attraction para os colonos que devem vir salvar a nossa lavoura N´um paiz, dirão eles, onde há escravos desta cor e Homens livres deste feito,... é porque lá não vamos”.

                                                                                  Fonte: Revista Ilustrada. Rio de Janeiro, ano 7, nº 362, 1882.

                                           Atividades 

 

1 – Qual é a relação que podemos estabelecer entre às imagens e as teorias racistas dos séculos XIX e XX?

Créditos da aula ao Centro de Mídias São Paulo, exibido em 11/05/2020 com a colaboração das professoras Clarissa Bazzanelli Barradas e Luize Coutinho de Oliveira.

 

SOCIOLOGIA – PROFESSOR EDNALDO

Sociologia-3ºano – Prof. Edinaldo

 

CONSTITUIÇÃO DA CIDADANIA NO BRASIL

A CONQUISTA DOS DIREITOS CIVIS, POLÍTICOS, SOCIAIS E HUMANOS NO BRASIL

 

                A cidadania no Brasil também não pode ser compreendida fora de um processo histórico de evolução, lutas e conquistas de direitos que permearam as relações entre colonos e colonizadores, brasileiros e portugueses, escravos e senhores e, posteriormente, os diversos grupos sociais que se organizaram na busca pela ampliação de seus direitos civis, políticos e sociais. Esse processo culminou na formação da Assembléia Nacional Constituinte e na elaboração da Constituição de 1988, denominada “Constituição Cidadã”.

                Embora formalizada, as prerrogativas do cidadão brasileiro ainda estão aquém de serem efetivadas em sua plenitude para a totalidade da população, colocando-se em questão a relação entre Estado e sociedade. Abre-se espaço, assim, para o debate sobre o papel do cidadão enquanto sujeito das decisões que governam a Nação, e a importância da participação política naquilo que denominamos efetivamente de “Estado de direito democrático”.

  1. O impacto da escravidão.

Os escravos eram considerados instrumentum vocali, não eram humanos, eram instrumentos, não poderiam ser considerados pessoas e, conseqüentemente, sujeitos de direitos. Dessa forma não tinham direitos de integridade física, à liberdade ou a qualquer outro direito civil básico, em contraponto não se pode dizer que os senhores de escravos eram cidadãos, já que lhes faltava a noção de isonomia jurídica (tanto no sentido real, quanto no eqüitativo), eles absorviam parte das funções do Estado, principalmente as judiciárias, de tal sorte que o poder do Estado terminava nas porteiras das grandes propriedades de terra.

Logo, “As conseqüências da escravidão não atingiram apenas os negros. Do ponto de vista que aqui nos interessa – a formação do cidadão -, a escravidão afetou tanto o escravo como o senhor. Se o escravo não desenvolvia a consciência de seus direitos civis, o senhor tampouco o fazia. O senhor não admitia os direitos dos escravos e exigia privilégios para si próprio. Se um estava abaixo da lei, o outro se considerava acima. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis mas negada na prática.

  1. Educação e cidadania

Um dos requisitos fundamentais para a ampliação dos direitos de cidadania é a educação.“No final do século XIX, a grande maioria da população brasileira (cerca de 85%), incluindo muitos dos grandes proprietários de terras, era analfabeta e vivia nas áreas rurais. Além disso, a população que vivia no campo estava submetida à influência dos senhores de terras, detentores de poderes políticos e os chamados “coronéis” “ As mulheres não votavam, e os escravos, naturalmente, não eram considerados cidadãos.”

“Após a proclamação da República, em 1889, a Constituição de 1891 definiu o cidadão brasileiro como: 1) todas as pessoas nascidas no Brasil; 2) todos os filhos de pai e mãe brasileira, mesmo ilegítimos, nascidos no exterior; 3) todos os filhos de pai brasileiro que estivessem morando fora; 4) todos os estrangeiros que viessem a estabelecer residência permanente; 5) todos os estrangeiros que viessem a casar e/ter filhos com brasileiros e residissem no Brasil; 6) todos os estrangeiros naturalizados.”

“A Constituição de 1891 retirou do Estado a obrigação de fornecer educação primária à população. Também estabeleceu o direito de votar a todos os cidadãos do sexo masculino maiores de 21 anos, exceto os mendigos, os analfabetos, os soldados e os membro das ordens religiosas. É importante ressaltar que os direitos de cidadão brasileiro eram suspensos em caso de ‘incapacidade física ou moral’ e ‘por condenação criminal, ou enquanto durassem seus efeitos’ e eram perdidos ‘por naturalização em país estrangeiro’ ou ‘aceitação de emprego ou pensão de Governo estrangeiro, sem licença do Poder Executivo federal’.”

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Questões:

  1. Explique o que é Revolução.

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  1. O que quer dizer o termo “Estado de direito democrático”?

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  1. Qual o impacto da escravidão para a efetivação da cidadania no Brasil?

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  1. Sendo a Educação um dos requisitos fundamentais para a ampliação dos direitos de cidadania, em que momento a Constituição contribui para a não ampliação dos direitos de cidadania?

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  1. Explique a frase “a escravidão afetou tanto o escravo como o senhor”.

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