GEOGRAFIA
III Atividade - 2º Bimestre
2º A / 2º B
Professor: Cassio Ferreira de Souza
Habilidade
M6
– Perceber-se integrante e agente transformados do espaço geográfico, indicando
seus elementos e interações
Referência
de conteúdo “Caderno Aluno – SP Faz Escola – Pág. 61 a 72”
Redes
e hierarquias urbanas
A
formação e a evolução da rede urbana brasileira
A rede urbana brasileira é constituída por
centros que polarizam a economia, o fluxo de pessoas e a oferta de bens e
serviços. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), o Brasil tem 5.570 municípios, mas a rede urbana é comandada por
11 centros. Desses, 49 são aglomerações urbanas.
Os chamados centros urbanos são constituídos por 440
cidades, além do Distrito Federal. Esse conjunto de centros urbanos reúne 60%
da população do País. Somente Rio de Janeiro e São Paulo, que são consideradas
metrópoles globais, concentram 18% da população brasileira.
Já as aglomerações urbanas – que podem ou não serem
metropolitanas – concentram quase 50% da população e estão distribuídas em 379
cidades.
São consideradas metrópoles nacionais os municípios
de: Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Curitiba, Recife e Porto
Alegre. As cidades de Belém, Goiânia e Campinas são denominadas metrópoles
regionais.
Foram enquadradas como centros regionais: São Luís,
Maceió, Natal, Teresina, João Pessoa, São José dos Campos, Ribeirão Preto,
Cuiabá, Aracaju, Londrina, Santos, Florianópolis e Vitória.
Há, ainda, a definição de centro sub-regional I, que
se aplica a Sorocaba, Joinville, São José do Rio Preto, Caxias do Sul, Pelotas,
Jundiaí, Maringá, Ilhéus, Itabuna, Volta Redonda, Barra Mansa, Caruaru, Blumenau,
Limeira, Cascavel, Petrolina, Juazeiro do Norte, Crato, Araraquara e São
Carlos.
O temo centro sub-regional II é aplicado para
designar os municípios de Ipatinga, Araçatuba, Criciúma, Itajaí, Cabo Frio,
Moji-Guaçu, Moji-Mirim, Guaratinguetá, Aparecida e Itabira.
Características
da Rede Urbana Brasileira
- Duas metrópoles globais
- Sete metrópoles nacionais
- Um centro regional
- Centro Regional I
- Centro Regional II
Formação
e Evolução
A rede urbana brasileira sofreu influência econômica
a partir dos grandes centros, hoje são metrópoles globais por sua formação e é
este o fator que ainda influencia em sua evolução. A maior influência é
exercida por São Paulo, marcada por atrair aglomerações, em consequência da
industrialização em maior potencial e consequente oferta de postos de trabalho.
Menos intensa, mas também marcante é a influência exercida em processo idêntico
pelo Rio de Janeiro.
A influência sobre a dinâmica espacial da rede
urbana brasileira ainda segue os padrões econômicos, que são observados em três
pontos geográficos: o Centro-Sul, Nordeste e Centro-Oeste.
As aglomerações são influenciadas pela atividade
produtiva e o setor de serviços.
Conceito
de Rede Urbana
O conceito de rede urbana é definido como o
conjunto de vários centros que passam a funcionar articulados, se consolidam no
território e refletem o desenvolvimento econômico, político e cultural de um
país.
Integrados na rede urbana, os centros funcionam de
maneira a articular a distribuição de mercadorias, a circulação de pessoas e
oferta de bens e serviços.
A rede urbana é assentada no território, onde atua
como um reflexo do desenvolvimento econômico, político e cultural em um
determinado momento da história. São os impactos desses fatores que influenciam
na configuração do território.
Uma forma simples de compreender a influência está
na migração de trabalhadores rurais para integrar os canteiros de obras nas
grandes cidades. O cidadão percorre o território em busca de emprego para obter
melhor qualidade de serviços
Após a leitura do texto acima, você
deverá elaborar um relatório sobre as informações passadas, onde você deverá
estabelecer as seguintes ligações:
1. Quais as ligações entre a formação
das cidades e o crescimento populacional?
2. Com o crescimento das cidades, ocorrer
a formação das redes urbanas, explique como isso ocorre?
3. Estabeleça a relação entre a formação
e organização urbana das cidades com a atração populacional (Fluxos
Migratórios)
Teste seus conhecimentos:
A população brasileira passou
pelo processo de êxodo rural, que é a migração das pessoas que moram no campo
para as cidades. Esse processo originou a urbanização brasileira. Atualmente, o
Brasil é composto por muitas cidades, logo há mais população na zona urbana do
que na zona rural. Faça os exercícios sobre urbanização brasileira para testar
seus conhecimentos.
Urbanização Brasileira
Em Geografia a
urbanização é um assunto frequentemente discutido, pois é de grande importância
para entender o espaço geográfico. A prova do Enem, costuma cobrar na
área de Ciências
Humanas e suas Tecnologias questões que abordam o processo
de urbanização, industrialização e outras características.
Urbanização é
o crescimento
populacional em zonas urbanas, como por exemplo cidades. Isso
normalmente ocorre devido o deslocamento da zona rural até as zonas urbanas.
O processo de urbanização brasileira teve seu início no século XX,
quando as pessoas começaram a sair do campo e ir para as cidades no intuito
de melhorar as condições
de vida. Essa atividade é conhecida como êxodo rural.
O êxodo rural teve como um dos principais motivos o processo de industrialização dos
centros urbanos. A industrialização deu origem a empresas, o
que gerou mais emprego e consequentemente a esperança de melhorar a
condição de vida, por isso auxiliou na urbanização do Brasil.
Se compararmos a nossa urbanização com a de outros países, é possível
caracterizá-la como tardia, desordenada e acelerada,
pois teve um avanço bastante rápido.
Os principais
governos que influenciaram a industrialização e a
urbanização brasileira foram os de Getúlio Vargas e o de Juscelino Kubistchek,
no qual ele dizia a sua famosa frase “50 anos em 5”, para representar a sua Política
Desenvolvimentista implementada na época.
O presidente Juscelino Kubistchek foi o responsável pela construção
de Brasília,
que teve seu início em 1960. Assim começou a urbanização na região centro-oeste.
Urbanização brasileira nos dias atuais
Nos dias atuais, por volta de 80% da população brasileira vive fora das zonas
rurais, sendo então predominantes na zona urbana.
Faça os exercícios sobre cidadania, para ficar por dentro
de todo o assunto!
Isso acontece devido às diferenças que existem na infraestrutura,
pelos serviços oferecidos
e pelas possibilidades que
aparecem na região urbana e rural.
Como já havíamos visto, a urbanização no Brasil foi acelerada, por
isso gerou escassez
de políticas públicas de melhorias e oportunidades, para
receber o grande aumento populacional nas áreas urbanas.
Essa ausência de políticas públicas foi um fator essencial para o
aumento
da desigualdade
social, problemas urbanos,
como a favelização, poluição,
que deu origem a enchentes, o aumento do desemprego, da violência, entre diversas outras questões
presenciadas no dia a dia de quem vive no Brasil.
A região
sudeste é a que mais abriga indústrias em todo o país,
onde está localizado Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, e com isso é a
que mais está em crescimento.
4. (PUC-SP) – É comum encontrar,
nas referências sobre a urbanização no século XX, menções ao fato de ela ter
sido fortemente marcada pela metropolização. De fato, as metrópoles são
fundamentais para se entender a vida urbana contemporânea. A respeito das
metrópoles modernas brasileiras, pode-se afirmar que:
a) não são aglomerações tão grandes quanto as de outros países, porque
elas são fragmentadas em vários municípios, como no caso de São Paulo.
b) são configurações cujas dinâmicas, em alguns casos, levaram seus
limites para além do núcleo municipal de origem, formando aglomerações
multimunicipais.
c) elas são aglomerações modestas em razão da inviabilidade de se
administrar em países pobres áreas urbanas de grande porte.
d) apenas uma delas pode ser considerada de fato metrópole, logo, não
se pode afirmar que no Brasil houve uma urbanização metropolitana.
e) elas estão com o seu crescimento paralisado, sofrendo, em alguns
casos, encolhimento, em função de novas políticas de planejamento.
5. (CEFET-PR) – Um conjunto de
municípios contíguos e integrados socioeconomicamente à uma cidade central, com
serviços públicos e infraestrutura comuns, define a:
a) metropolização
b) área metropolitana
c) rede urbana
d) megalópole
e) hierarquia urbana
História
Atividade III do 2º bimestre - (2º Ano A e B)
(Páginas 77 e 78 - Caderno do aluno V2.)
Professor: Francisco Andrade
Habilidade (História): M2 Compreender
a gênese e a transformação das diferentes organizações territoriais e os
múltiplos fatores que neles intervêm, como produto das relações de poder.
Revolução Inglesa
A Revolução Inglesa,
ocorrida no século XVII, foi um dos principais acontecimentos da Idade Moderna. Foi considerada a primeira das grandes revoluções
burguesas, isto é, as revoluções encabeçadas por lideranças da burguesia
europeia, que havia se tornado expressivamente forte, do ponto de vista
econômico, ao longo dos séculos XVI e XVII, e que precisava alcançar
legitimidade política.
Com o processo da revolução, a
burguesia da Inglaterra, por meio de uma guerra civil e da atuação do
Parlamento, conseguiu combater o Estado absolutista desse país e reformular a
estrutura política, que culminaria na modelo da Monarquia
Parlamentarista em 1688.
Podemos dividir o processo histórico
da Revolução Inglesa em quatro fases principais:
1) Revolução Puritana e a Guerra
Civil;
2) República de Oliver Cromwell;
3) Restauração da dinastia dos
Stuart;
4) Revolução Gloriosa.
Antecedentes históricos da Revolução
Inglesa
Durante grande parte do século XVI, a burguesia inglesa esteve bem
articulada com os nobres e os reis pertencentes à dinastia
Tudor (Henrique VIII e sua filha Elizabeth), que consolidaram a Reforma
Anglicana. A reforma religiosa de Henrique
VIII proporcionou grandes benefícios financeiros tanto para nobres quanto
para burgueses da Inglaterra. Isso porque teve início o processo de conversão
das antigas terras feudais, de domínio da Igreja Católica, em propriedades
privadas, o que possibilitou a formação dos cercamentos e dos
arrendamentos que foram vendidos aos burgueses que pretendiam explorar
minas de carvão ou praticar alguma atividade agrícola.
Além disso, a ruptura com a Igreja Católica (que não era
apenas uma instituição com poder espiritual, mas detentora de um poder político
continental, ao qual boa parte das Coroas europeias estava ligada) dispensou a
Inglaterra de pagar tributos para Roma, bem como colocou a marinha inglesa em
flagrante rivalidade com os navios dos países católicos, sobretudo com os
espanhóis. Muitos piratas ingleses, conhecidos como “lobos do mar”,
atacavam navios espanhóis e levavam sua mercadoria (na maior parte das vezes,
metais preciosos) para Inglaterra, o que contribuía para o aquecimento do
mercado interno do país.
Como se vê, as principais ações políticas dos Tudor acabaram
proporcionando uma grande ascensão da burguesia, de modo que no fim do
século, na década de 1590, os burgueses já tinham grande força representativa
na chamada Câmara dos Comuns (uma das câmaras do Parlamento Inglês,
que tinha como oposição a Câmara dos Lordes, isto é, dos nobres apoiadores
da Coroa). O problema é que essa força adquirida pela burguesia estava
associada ao puritanismo (o calvinismo inglês), que era a
religião que mais atraía a burguesia e que dava suporte ideológico para o
radicalismo político anti-absolutista.
Somou-se a isso o fato de que os nobres e a Coroa viam-se ameaçados pela
capacidade da burguesia puritana de acumular riquezas. Enquanto a renda da
burguesia era oriunda do trabalho e de investimentos financeiros, a renda dos
nobres advinha de privilégios hereditários, da cobrança de impostos e da
formação de monopólios estatais ao modo mercantilista. Os monarcas que sucederam
os Tudor, isto é, os Stuart, perceberam que, se não freassem a
burguesia no campo político, a estrutura monárquica estaria fadada à ruína.
O primeiro monarca da dinastia Stuart foi Jaime I, que governou de
1603 a 1625. Para tentar adequar a Coroa à nova realidade financeira da
Inglaterra e controlar a ascensão da burguesia, Jaime I passou a tomar duas
medidas principais: 1) aumento de impostos e estabelecimento de
empréstimos forçados; e 2) a formação de monopólios estatais como
forma de participação nos rendimentos dos negócios burgueses. Além disso, Jaime
deflagrou uma perseguição religiosa aos puritanos. Confrontado pela Câmara dos Comuns,
dissolveu o Parlamento, que ficou inativo de 1614 a 1622.
Com a ascensão de Carlos I, filho de Jaime, ao trono, em 1625,
houve uma nova tentativa de acordo entre a Coroa e o Parlamento para que
houvesse um novo aumento de impostos. A Câmara dos Lordes ficou a favor do rei,
mas a Câmara dos Comuns novamente o confrontou. O rei decidiu então
dissolver novamente o Parlamento, que ficou inativo até 1640. Em 1640, Carlos I
entrou em um novo conflito contra a Escócia e precisou novamente do tributo dos
burgueses para bancar a guerra, convocando, assim, mais uma vez, o Parlamento.
Novamente a Câmara dos Comuns recusou-se a ajudá-lo. Mas ao contrário do que
ocorrera antes, os burgueses puritanos prepararam-se para um enfrentamento
total contra o rei e a nobreza.
Um líder radical puritano chamado Oliver Cromwell organizou um
exército burguês conhecido como exército dos “Cabeças redondas” por se
recusarem a usar as perucas dos nobres. Esse exército deflagrou guerra contra a
Coroa, que foi defendida pelos “Cavaleiros”, isto é, o exército tradicional da
nobreza. Teve assim início a Revolução Puritana, ou Guerra Civil
Inglesa.
Revolução Puritana e Guerra Civil
(1640-1649)
A guerra civil entre a burguesia puritana e a Coroa ficou mais intensa
quando, em 1642, Oliver Cromwell convocou a base da pequena burguesia e de
camponeses para formar o Novo Exército Modelo (New Model Army). Nessa
base, destacaram-se os Diggers e Levellers, que se
caracterizaram por sua radicalidade política em assuntos como reforma agrária
(Diggers) e igualdade de diretos entre todos os cidadãos (Levellers). Com o
Novo Exército Modelo, Cromwell conseguiu esmagar as forças da Coroa. Em 1649, a
ala radical burguesa exigiu a decapitação de Carlos I, que ocorreu no dia
31 de janeiro.
“República” de Oliver Cromwell
(1649-1658)
Em 19 de maio de 1649 foi proclamada a República, e Cromwell recebeu do
Parlamento o título de Lord Protector (Lorde Protetor da República).
Muitas transformações políticas operadas por Cromwell beneficiaram a burguesia
que foi por ele liderada na Guerra Civil. Uma dessas transformações foi
possibilitada pelos chamados Atos de Navegação, aprovados em 1650, que
restringiam o transporte de produtos ingleses apenas aos navios da própria
Inglaterra.
No entanto, a exemplo dos monarcas autoritários que havia
combatido, Cromwell acabou por se voltar contra o Parlamento. Em 1653, ele
o dissolveu com o auxílio do Exército burguês e instituiu uma ditadura aberta,
que teve como característica principal a execução das lideranças que o ajudaram
a formar esse mesmo Exército, isto é, os Diggers e Levellers,
como diz o historiador Christopher Hill, em sua obra A Revolução Puritana
de 1640: “A história da revolução inglesa de 1649 a 1660 pode ser contada em
poucas palavras. O fuzilamento por Cromwell dos Levellers, em Burford, tornou
absolutamente inevitável a restauração da monarquia e dos senhores, pois a
ruptura entre a grande burguesia e a pequena nobreza, por um lado, e as forças
populares, por outro, significava que o seu governo só poderia ser mantido por
um exército (o que, a longo prazo, provou ser extraordinariamente dispendioso e
de difícil controle) ou por um compromisso com os representantes da velha ordem
que restavam.”
Um tempo mais tarde, em 1657, Cromwell propôs um novo acordo com os
parlamentares e reabilitou o Parlamento inglês. Todavia, antes que esse acordo
pudesse vigorar, Cromwell faleceu (1658). Em seu lugar, assumiu seu
filho, Richard Cromwell, que não tinha o mesmo prestígio que o pai,
sobretudo frente às classes mais radicais da burguesia. Temendo um levante
popular e uma nova guerra civil, o Parlamento fez uma manobra arriscada:
convocou Carlos II, filho do rei decapitado, para assumir o trono
e restaurar a dinastia dos Stuart.
Restauração da dinastia Stuart (1660-1688)
Em 1660, Carlos II assumiu o trono prometendo respeitar os
interesses do Parlamento. Mas logo começou a se articular com antigas
lideranças da nobreza para restaurar o absolutismo, aproximando-se da
França de Luís XIV. Entretanto, a realidade social já era bem
diferente de quando seu pai havia reinado e, não conseguindo uma nova
composição tradicional, Carlos II iniciou uma ampla perseguição religiosa
contra os calvinistas.
Essa perseguição tinha como pano de fundo também a aproximação de Carlos
II de membros da Igreja Católica. Apesar de anglicanos, os Stuart mantinham
boas relações com os membros do clero, os
quais ainda possuíam grande influência social, além de posse de terras.
O Parlamento, composto por maioria puritana, ao repudiar as ações de
Carlos II, viu-se novamente vítima do autoritarismo: o monarca dissolveu-o em
1681 e governou sozinho até a sua morte, em 1685. Seu irmão, Jaime II,
assumiu o trono, reativou o Parlamento, mas procurou dar seguimento às ações de
Carlos II, no que se refere à restauração do absolutismo. No entanto,
Jaime II foi mais além, convertendo-se ao catolicismo e decretando uma série de
medidas que beneficiavam os católicos, como a isenção de impostos. Novamente, a
reação do Parlamento foi imediata. Temendo que Jaime reivindicasse apoio da
França, os membros do Parlamento trataram de organizar uma manobra política que
evitasse um possível conflito armado.
Revolução Gloriosa e a fundação da Monarquia
Parlamentarista
A manobra consistiu na convocação da filha de Jaime II, Maria II, à
época casada com Guilherme de Orange, governador dos Países Baixos, para
assumir com o marido o trono da Inglaterra. Guilherme de Orange, inicialmente,
não viu com bons olhos o plano, imaginando que sua esposa, como herdeira
legítima, teria mais poderes que ele. Contudo, mesmo assim, ainda em 1688,
Guilherme invadiu a Inglaterra com seu exército para depor Jaime II e apoiar o
Parlamento.
A Cavalaria da nobreza, que também estava descontente com o rei, em vez
de defendê-lo, aliou-se a Guilherme. A Jaime II, já sem defesa alguma,
Guilherme de Orange permitiu a fuga para a França, onde o monarca permaneceu
exilado até o último dia de vida.
Guilherme de Orange assumiu o trono inglês como Guilherme III. Por
sua ação militar não ter resultado em guerra e derramamento de sangue, ela
recebeu o nome de Revolução Gloriosa. O Parlamento, contudo, estabeleceu
diretrizes novas para Guilherme e Maria antes de coroá-los. Ambos os reis
tiveram que se comprometer a cumprir a chamada Declaração de Direitos de
1689 (Bill Of Rights). A Declaração de Direitos limitava a ação dos reis,
de modo a impedir qualquer retorno do absolutismo. Os reis passaram a ter o
poder restrito, e o poder de decisão política concentrou-se no Parlamento,
formando-se, assim, uma Monarquia Parlamentarista. Além disso, havia o
comprometimento com as liberdades individuais, principalmente com a liberdade
de crenças religiosas.
Atividade
de Fixação
1)- As revoluções inglesas do século
XVII chegaram ao fim com a Revolução Gloriosa de 1688-1689. Que mudanças essas
revoluções provocaram na Inglaterra?
2)- As revoluções inglesas do século
XVII representaram os primeiros movimentos sociais que limitavam o poder
absoluto dos reis. Justifique essa afirmativa.
3)- A revolução inglesa pode ser
dividida em quatro fases. Quais são elas?
4)- De acordo com o texto quem foram
os “Diggers e Levellers”?
5)- A Revolução Gloriosa selou um
compromisso entre a burguesia e a nobreza proprietária de terras, fortaleceu o
Parlamento, e criou condições favoráveis aos desenvolvimento econômico inglês e
à instauração do capitalismo industrial na Inglaterra. Com base em tal
afirmação, explique de que forma a Revolução Inglesa contribuiu para fazer da
Inglaterra uma das maiores potências econômicas do período.
ATIVIDADE
DE SOCIOLOGIA – 2º BIMESTRE
2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
TURMAS “A”, “B”
PROFESSOR: EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
“A massa
mantém a marca, a marca mantém
a mídia e a mídia controla a massa.”
(GEORGE
ORWELL)
MATRIZ DE
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
·
HABILIDADE H45 -
Posicionar-se criticamente sobre os processos de transformações políticas, econômicas,
culturais e sociais.
CULTURA, CONSUMO, CONSUMISMO
E CULTURA DE MASSA
SP FAZ ESCOLA - CADERNO DO ALUNO, PÁGINA 97
v
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO E IMAGEM I
James Dean é um dos rostos
mais icônicos da história do cinema. Mesmo quem nunca assistiu a um filme
seu, facilmente reconhecerá sua imagem. Símbolo da juventude de uma época,
faleceu jovem, aos vinte e quatro anos. Em Juventude Transviada encarna justamente o sentimento de
impotência, de dúvida e de falta de sentido dessa mesma juventude. O filme
foi dirigido por Nicholas Ray e o figurino é de Moss Mabry, em um de seus
primeiros trabalhos.
|
Os três personagens principais
são Jim (interpretado pelo próprio James Dean), Judy (Natalie Wood) e John,
apelidado de Platão (Sal Mineo). A história toda se passa em apenas um dia e
os três se vêm pela primeira vez numa mesma delegacia durante a madrugada.
Jim foi detido por estar bêbado causando desordem na rua. Judy foi encontrada
vagando sozinha e Platão havia atirado em cachorrinhos. Apesar da
prosperidade financeira da sociedade estadunidense de então, os adolescentes
do filme tinham suas dúvidas e seus medos, em grande parte causados pelos
próprios pais.
|
No caso de Platão, eles jamais
estão em casa e quem toma conta dele é uma empregada doméstica (interpretada
por Marietta Canty). A personagem é escrita de acordo com o estereótipo de
uma Mammy, e não possui sequer um
nome.
|
O problema de Judy é
relacionado ao seu pai. Ele ao mesmo tempo se recusa a aceitar o crescimento
de sua filha e se nega a manter uma relação afetuosa em virtude dele. Judy
relata que ao vê-la maquiada para sair, ele esfregou os lábios dela,
espalhando batom vermelho em seu rosto e
|
chamando-a de vagabunda. Foi
por isso que ela estava andando sozinha de noite. Mas quando, mais tarde, ela
o beija, ele a esbofeteia, afirmando que não tem mais idade para esse tipo de
demonstração. A maturidade sexual da garota, que perturba o pai, é expressa
em sua roupa completamente vermelha, destacando-a das demais pessoas da
delegacia.
|
Jim, por sua vez, tem
problemas em aceitar seu pai, a quem vê como um homem fraco, que se esforça
para ser seu amigo e não assume o papel de uma figura de autoridade. Para
ele, a postura condescendente da mãe e da avó é disfarçada por afeto
superficial, respingado por mentiras. Quando os pais o buscam, vieram de um
baile e o smoking, as peles e as joias externam sua condição financeira
privilegiada. A dominação por parte da mãe é expressa através do próprio jogo
de câmera, em um plano que a enquadra de baixo para cima, destacando seu
lugar de poder.
|
O responsável por cuidar dos
jovens na delegacia apresenta-se, à princípio, como mais um dos adultos, com
seu insosso paletó marrom. Ele retira a jaqueta quando chama Jim para falar a
sós e este tenta agredi-lo. Nesse momento ele também ainda é enquadrado como
uma figura de poder, visto de baixo para cima, mas logo fica claro que é ele quem
mais se conecta com os jovens. Lado a lado, sem o paletó, ele e Jim são
iguais, ainda que o rapaz exiba a gola da camisa levantada, como marcador da
diferença de geração. Para manter a postura diante dos pais, ele volta a
vestir o paletó antes de reencontrar com eles.
|
Jim guarda o espelho de bolsa
de Judy, que encontrou na delegacia. Esse momento vai se refletir
posteriormente quando ele o devolver a ela, conectando os dois.
|
Em seu primeiro dia de aula na
nova vizinhança, novamente é possível ver a boa situação financeira de Jim:
ele veste uma camisa branca sobre uma camiseta e um blazer de lã, como um
rapaz comportado de classe média. Suas roupas são muito mais formais e convencionais
que as dos demais rapazes à porta da escola, com suas jaquetas de camurça e
couro e seus suéteres. As garotas usam saias rodadas, rabos de cavalo,
sapatilhas e sapatos Oxford com
meia. Em determinado momento o foco é dado aos pés dos membros da gangue de
Buzz, namorado de Judy. O grupo faz uso de calças jeans, alguns com a barra
dobrada para fora, além de botinas, de acordo com a imagem de rebeldia
pretendida por eles.
|
Em mais uma briga com os pais,
Jim, que mais cedo não havia se incomodado em ver sua mãe com um avental
amarelo adornado com babados servindo o café da manhã, agora observa o pai
com a mesma peça e irrita-se com isso. O fato do pai não se encaixar no padrão
hegemônico de masculinidade faz com que o interprete como um covarde, e essa
covardia é expressa no uso do avental materno. O pai é visto como subalterno
e preso à casa. Isso é literalmente expresso pela câmera subjetiva
representando seu olhar sobre a figura paterna. Jim pede ao pai que se erga
do chão, como se limpar não fosse serviço adequado a ele.
|
Em outro momento, quando
discute com os pais e confronta, especificamente, seu pai, o ângulo holandês
externa que para Jim algo não está certo. A escada garante visualmente o
posicionamento da hierarquia doméstica, com a mãe acima dos dois e o filho
desafiando o pai.
|
Quando sai de casa, Jim
finalmente externa seu descontentamento através das roupas. Ao invés da
camisa anterior, veste apenas uma camiseta. A peça de vestuário até pouco
tempo era considerada apenas uma roupa íntima, mas se tornou popular entre os
jovens usada dessa maneira, à mostra, especialmente por conta do personagem
de Marlon Brando em Uma Rua Chamada
Pecado [...]. Ao invés de blazer ou paletó, agora também veste uma
jaqueta como os demais rapazes. O vermelho dela é uma maneira, também, de
externar sua angústia.
|
Platão, por sua vez, continua
usando camisa e gravata, mas dessa vez com uma jaqueta de veludo cotelê que
parece muito grande para ele. Os ombros são mais largos que os seus próprios.
É como
|
se ela fosse emprestada de
algum adulto, esses que quase totalmente se ausentam de sua vida. Ele parece
mais jovem que os outros garotos, mas não por isso menos melancólico. Os pais
estão distantes, não tem amigos e sua homossexualidade, sugerida na
narrativa, é literalmente escondida dentro do armário.
|
Jim, Judy e Platão fogem
juntos para uma mansão abandonada. Este é o momento em que os três compõem
uma família ao seu jeito, ainda que com interesses amorosos cruzados que se
delineiam; e riem, sem o peso do mundo exterior sobre os ombros. Platão havia
recusado o casaco que Jim lhe ofereceu na delegacia, mas agora aceitou a
jaqueta vermelha que lhe foi ofertada. Esse é outro momento que espelha o
contato inicial dos personagens.
|
Tudo acontece muito rápido no
final. Platão possui um revólver e a polícia, a autoridade máxima dos adultos
sobre os adolescentes, age primeiro para depois perguntar. O mundo de Jim
novamente se desloca para um ângulo holandês, pois as coisas novamente deixam
de fazer sentido, com ele e Judy desfocados em segundo plano enquanto Platão
cai baleado. John, que viveu só, morreu entre aqueles que gostavam dele e Jim
fecha a jaqueta vermelha para que possa continuar com ela, como um elemento
que os uniu.
|
Todos os três personagens principais do
filme têm boa situação financeira, mas não é dinheiro ou conforto que
desejam. Querem compreensão e afeto. Querem externar sua raiva e sua
angústia. Querem não ter medo do futuro e não ter que esperar por ele para que
as coisas fiquem bem, afinal, dez anos é muito tempo, como salienta Jim.
James Dean com sua jaqueta vermelha se tornou uma imagem marcante, símbolo de
uma geração que realmente era rebelde sem causa, como indica o título
original. Eles não lutavam por direitos civis ou pelo fim de uma guerra. Eles
queriam expressar sua individualidade e não serem como seus pais. Sessenta
anos após a morte do ator, Juventude
Transviada segue sendo um filme memorável.
|
Cedido gentilmente pela
Antropóloga Isabel Wittman para este material.
|
EXERCÍCIO I (Página 96
a 98 do caderno do aluno SÃO PAULO FAZ ESCOLA, e a aula de momentos mais improváveis. Como nas casas abastadas
quem atendia e atende até hoje a campainha são os empregados da casa, até o ato
de se levantar para atendê-lo não era bem-visto pelas pessoas da elite, pois
parecia um gesto servil. Logo, para que essa invenção se tornasse um meio de
comunicação de massa aceito por todos, foram necessárias várias décadas.”
Elaborado especialmente para o São
Paulo faz escola.
EXERCÍCIO II (Página 96 a 98 do caderno do aluno SÃO PAULO
FAZ ESCOLA, e a aula de Sociologia do CMSP, https://www.youtube.com/watch?v=WSffL2VH_kU), como base de pesquisa para responder
as questões a seguir:
3. Com base no texto apresentado acima, faça um resumo
da discussão sobre produção em larga escala e consumo de massa.
4. É possível falar em cultura de massa?
Justifique a sua resposta.
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO III: ( Aula de
Sociologia do CMSP como base de estudo para a questão de número 05 https://www.youtube.com/watch?v=WSffL2VH_kU)
“A Cultura Material e Imaterial representa os
dois tipos de patrimônio cultural, e que juntos constituem a cultura de
determinado grupo.
A cultura material está associada aos elementos materiais e, portanto, é formada
por elementos palpáveis e concretos, por exemplo, obras de arte e igrejas.
Já a cultura imaterial está relacionada com os elementos espirituais ou abstratos, por
exemplo, os saberes e os modos de fazer.
Ambas possuem aspectos simbólicos, posto que carregam a
herança cultural de determinado povo, ao mesmo tempo que promovem sua identidade”
5. Com
base na leitura do texto acima, especifique a diferença entre Cultura material
e cultura imaterial.
OBS:
Leitura de apoio didático e pedagógico:
·
Cultura
Material e Cultura Imaterial: https://brasilescola.uol.com.br/cultura/cultura-material-e-cultura-imaterial.htm
OBS: Mínimo de cinco linhas para cada
resposta solicitada na atividade. A atividade pode ser enviadas para o e-mail: eeromeuhumanas@gmail.com ou edwolys@hotmail.com
FILOSOFIA
ATIVIDADE III – 2º BIMESTRE – 2º A/B
PROFESSORA: MARIA JOSÉ
Habilidade
M1 – Compreender
os elementos culturais que constituem as identidades.
TEMA: O QUE É INDÚSTRIA CULTURA E ALIENAÇÃO MORAL
(Caderno do aluno São Paulo
Faz Escola – V2 – pág. 90)
Para compreender os elementos
culturais que influenciam direta ou indiretamente na identidade de cada
indivíduo, pesquise.
Faça uma pesquisa, para responder o que se pede:
1. O que é indústria cultural?
2. O que é alienação moral?
3. A partir da pesquisa sobre indústria cultural, elabore por escrito a sua compreensão, expressando os conceitos de indústria cultural.
4. Qual a sua compreensão sobre o conceito de alienação moral?
Com
a intenção de ampliar a reflexão sobre o tema, sugerimos a leitura do seguinte trecho:
Breves considerações sobre a padronização dos indivíduos na sociedade
contemporânea.
A sociedade é referencial na construção dos
indivíduos, os papéis a serem desempenhados ganham outros sentidos e
significados com a ampla presença da Indústria Cultural e dos meios de comunicação
de massa. É fundamental para entender a nossa trajetória de vida a forma como
nos relacionamos com os produtos da indústria cultural e com os meios de
comunicação de massa, tendo em vista os riscos de banalizar a nossa existência
e as experiências dos outros. Segundo Adorno e Horkheimer, na Dialética
do Esclarecimento, o indivíduo é ilusório na sociedade de massa. Isto porque a
padronização dos modos de produção (em que há um padrão para produzir uma
camiseta e/ou uma caneta esferográfica) pode ser verificada nos corpos e
gestos, de forma que um corte de cabelo ou uma forma de cruzar as pernas,
vistas em uma cena se reproduz em série e cada indivíduo ou item da série toma
o gesto ou o corte da moda como se fosse natural. Como mencionado na Dialética
do Esclarecimento, são como as fechaduras Yale, “que só por frações de
milímetros se distinguem umas das outras”. Nesse sentido, os indivíduos deixam
de ser indivíduos e passam a manifestar uma tendência. Contudo, a padronização
dos indivíduos não pode ser resumida à adesão a uma moda, mas essa adesão pode
nos levar a considerar a padronização de gostos, pensamentos, atitudes, enfim,
a condutas massificadas. Por isso, é fundamental procurar entender e refletir
sobre os impactos que a exposição aos produtos da indústria cultural e aos
meios de comunicação, em massa, podem causar nos indivíduos e na sociedade em
que vivemos.
Elaborado
especialmente para o Guia de Transição.
5
– Explique com base no texto quais aspectos são importantes destacar para refletir
e entender sobre quais os impactos que a exposição aos produtos da Indústria
Cultural e os meios de comunicação, em massa, podem causar nos indivíduos?
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