sábado, 29 de agosto de 2020

CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO - PEI - 3º BIMESTRE - 3 A - FILOSOFIA, SOCIOLOGIA, HISTÓRIA, GEOGRAFIA

 

ATIVIDADE DE FILOSOFIA3º BIMESTRE

3ª SÉRIE A

PROFESSORA: MARIA JOSÉ F. BATISTA

 

HABILIDADE:

(EM13CHS501) compreender e analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, identificando processos que contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a autonomia e o poder de decisão (vontade).

 

TEMA:  CONCEPÇÃO DE LIBERDADE – LIBERTARISMO E DETERMINISMO 

TEXTO 1: Segundo Sartre, o ser humano está condenado a ser livre. A liberdade que exercemos cotidianamente é o que nos conforma e nos revela. Cada um de nós, como seres humanos, somos fruto da liberdade que exercemos cotidianamente quando escolhemos as ações que praticamos. Dessa forma, a liberdade não é uma conquista, mas é a própria condição da existência humana. (Texto adaptado de SARTRE, J.P. O Ser e o Nada – ensaio de ontologia fenomenológica. Trad. Paulo Perdigão. RJ: Vozes, 1998, p. 542-43)

 

TEXTO 2: Segundo o relatório Desenvolvimento Humano, de 2004, para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a liberdade cultural pode ser compreendida a partir da capacidade de cada pessoa decidir pela sua identidade e poder ser quem é sem perder o respeito, sem ser ameaçada, punida ou excluída de outras escolhas. Poder praticar abertamente a sua religião, falar a sua língua, comemorar eventos e realizar festas de acordo com a sua herança étnica ou religiosa, sem que que suas práticas signifiquem exclusão ou perda de oportunidades na vida social e econômica, pode parecer algo prosaico, mas não é. Adaptado do Relatório do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 2004. Introdução. Liberdade Cultural num mundo diversificado. Texto original disponível em: . Acesso em 01 mar. 2019.

Responda as questões abaixo de acordo com os textos 1 e 2.

  1. Reconheça e escreva o que o filósofo Sartre entende por liberdade?
  2. Reconheça no contexto da filosofia e escreva o que é liberdade cultural. (texto 2).

 

Libertarismo e Determinismo

Libertarismo e Determinisno são pensamentos que se opõem totalmente. Enquanto o primeiro diz que as escolhas não dependem do meio ou das circunstancias e sim da nossa vontade, afirmando que essas tais circunstâncias externas são desconsideradas em nome da preservação da liberdade, o segundo declara o oposto, as circunstancias escolhem sim por mim e mais do que isso me compelem de agir, para o determinismo como o próprio nome diz tudo está determinado, o homem não tem liberdade ela é um ilusão, pois suas escolhas DEPENDEM das circunstancias DETERMINADAS pelo meio a qual o indivíduo faz parte, de um modo geral, a sua liberdade individual e subjetiva é sacrificada, pois a circunstância é a única que conta enquanto tudo está submetido a leis naturais, ou seja, o meio social que vivo determina minhas escolhas.

 

Responda as questões abaixo de acordo com os conceitos filosóficos sobre libertarismo e determinismo.

  1. Reconheça no contexto da filosofia e escreva o que é libertarismo.
  2. Reconheça e escreva a diferença entre libertarismo e determinismo no contexto da filosofia.
  3. Relacione os conceitos de libertarismo e determinismo do contexto filosófico com as vivências da atualidade. Ou seja, no dia a dia as pessoas podem se identificar com o libertarismo, com o determinismo ou com os dois. Para justificar, cite um exemplo para cada conceito.

 

 

Vídeo de Apoio Didático

CMSP: 3ª Série EM – Filosofia: Liberalismo, Determinismo e Dialética – Parte 1 – 20/08/2020. Canal do youtube.

Leitura Complementar

Caderno do Aluno – São Paulo Faz Escola – Volume 3 – Filosofia.

 

ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 


ATIVIDADE DE SOCIOLOGIA – 3º BIMESTRE

3A

 

PROFESSOR: EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS

 

” Estado é a Nação socialmente organizada”

(Salazar)

HABILIDADE:

(EM13CHS603) Compreender e aplicar conceitos políticos básicos (Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo, soberania etc.) na análise da formação de diferentes países, povos e nações e de suas experiências políticas.

 

Estado e Governo

Leitura e análise de texto

 

“Uma definição abrangente de Estado seria ‘uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua lei maior é uma Constituição escrita. É dirigido por um governo soberano reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio legítimo do uso da força e da coerção “

DE CICCO, C. e GONZAGA, A. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Editor da Revista dos Tribunais, 2008. p. 43.

 

            Em primeiro Lugar, o Estado é uma instituição que possui uma organização interna; para existir, depende de um território, ou seja, de um espaço geográfico definido. Um Estado geralmente é organizado segundo leis escritas, como por exemplo, uma Constituição. Além disso, é dirigido por um governo reconhecido internamente por uma população e extremamente por outros Estados (ou países).

            Finalmente, o Estado é o responsável pela organização e pelo controle da sociedade, pois é o único que pode manter forças armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e tem legitimidade ou autoridade para impor a ordem pela força (monopólio legítimo do uso da força e da coerção).

            “O Estado é uma sociedade de pessoas chamada população, em determinado território sob uma autoridade de determinado governo, a fim de alcançar determinado objetivo, o bem comum”.

(DE CICCO, C. e GONZ AG A, A. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Editor a Revista dos Tribunais, 2008. p. 43.).


 Os elementos formais e informais do Estado

·                 “Integram a população todas as pessoas residentes dentro do território estatal ou todas as pessoas presentes no território do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas”.

            Nas democracias atuais, o povo adquire um sentido político, uma vez que está ligado à noção de cidadania e, para isso, depende de estar ligado ao Estado por meio de status da nacionalidade. “Povo, em sentido democrático, pressupõe a totalidade dos que possuem o status da nacionalidade, os quais devem agir, conscientes de sua cidadania ativa, segundo ideias, interesses e representações de natureza política”.

            Também é importante destacar que um território de um Estado não consiste apenas nas fronteiras nacionais, mas em um conjunto de partes que vão além da superfície terrestre, como por exemplo: Solo, subsolo, espaço aéreo, embaixadas, navios e aviões militares, navios ou aviões de uso comercial e civil e mar territorial. Finalmente, é preciso compreender em que consiste o governo. Governo não é o mesmo que Estado, mas sim o poder do Estado, dividido em funções, geralmente representadas pelos Poderes Executivo, Poder legislativo e Poder Judiciário.

 

De acordo com os conhecimentos da Sociologia:

 

1.  1.   Identifique e descreva o conceito de Estado, segundo o texto acima.

2. 2. De acordo o que foi abordado no texto, identifique e descreva a diferença entre Estado e Governo.

  3. Quando o autor apresenta a ideia de que   “um governo soberano reconhecido interna e externamente, e responsável pela organização, pelo controle social, com o monopólio legítimo do uso da força e da coerção”, se refere a quais setores que detém a legitimidade e autoridade para impor a ordem?

 

4   Pesquise e assinale as alternativas corretas: 

    4.  Quantos Estados fazem parte do Brasil?

a)     27 Estados e 1 Distrito Federal.

b)    26 Estados e 1 Distrito Federal.

c)      27 Estados.



5. Quantos deputados representam São Paulo na Câmara dos Deputados atualmente?

a)               94

b)            110

c)         70


Leitura complementar de apoio didático

BRASIL ESCOLA: Estado, Nação e Governo. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/estado-nacao-governo.htm

Vídeo Complementar de apoio didático

Sociedade, Estado e Governo: https://www.youtube.com/watch?v=P_haxmRhx8A


ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 


Atividade Projeto de Vida – Ensino Médio

3º BIMESTRE

  

Competências socioemocionais em foco: Determinação, persistência e autoconhecimento.

 

OBJETIVO:

Neste bimestre para auxiliar na construção do seu PROJETO DE VIDA, vamos trabalhar com enfoque no autoconhecimento como base para planejar e definir o caminho para alcançar o que se deseja, portanto envolve um conjunto de ações e iniciativas próprias e/ou compartilhadas com seus pares e professores.

 

Para trabalhar o aspecto primordial que é o autoconhecimento, apresentamos como inspiração a indicação do vídeo a seguir:  



 Assista ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=xABS2ek4Dtg

 

 ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 

                              QUESTÕES

 

1)   1.  Por que o pássaro foi rejeitado pelos passarinhos. Como o pássaro lidou com a rejeição pelo bando? Você acredita que ele ignorou o fato ou agiu com ingenuidade?

 

2)   2.Leia o poema abaixo e busque compreender e reconhecer como o autor a retrata. Identifique como a autoestima pode nos fortalecer perante os obstáculos que encontramos no decorrer da vida?


 Atividade I – 3º Bimestre

 

História 3º Ano (Prof. Francisco)

 

HABILIDADE

(EM13CHS203) Contrapor os diversos significados de território, fronteiras e vazio (espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextualizando e relativizando visões dualistas como civilização/barbárie, nomadismo/sedentarismo e cidade/campo, entre outras.

 

 

ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 

O mundo Pós-Segunda Guerra e a Guerra Fria.

 

O Pós-Guerra, iniciado em 1945, conformou a divisão do mundo durante o restante do século XX, opondo EUA e URSS e criando a chamada Guerra Fria.

A II Guerra Mundial alterou completamente a configuração do mundo. O chamado pós-guerra impunha grandes desafios às populações e governantes de todo o mundo. A grande devastação provocada na Europa e na Ásia necessitava de amplos esforços de reconstrução econômica e social.

Por outro lado, as potências vencedoras, principalmente os EUA e a URSS, que haviam se aliado para lutar contra o nazifascismo, tornaram-se potências rivais logo após o fim do conflito, opondo o capitalismo ocidental ao chamado comunismo soviético, na configuração do que ficou convencionado chamar de mundo bipolar.

A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) ainda nos meses finais da II Guerra Mundial era uma tentativa de instituir um organismo capaz de manter a paz e a segurança internacionais, bem como promover o desenvolvimento da cooperação entre os povos em vários aspectos.

Entretanto, esse esforço de unificação de ações governamentais em nível internacional coexistiu com as rivalidades do pós-guerra. O mundo colonial europeu desmoronou rapidamente, levando ao surgimento de vários novos países na África e na Ásia. A Europa viu-se dividida entre as esferas de influência dos EUA e da URSS. O Ocidente europeu aproximou-se dos EUA, que retiraram suas tropas do continente. A porção oriental da Europa estava sob influência da URSS e das tropas de seu Exército Vermelho que se manteve nos territórios ocupados para lutar contra os nazistas.

Para expressar essa divisão do continente europeu, o primeiro-ministro inglês expôs a metáfora, em 1946, de que havia uma “Cortina de Ferro” que se estendia do mar Báltico até o mar Adriático, separando o chamado “mundo livre” (o do capitalismo ocidental) e o “mundo comunista” (sob influência do chamado comunismo soviético).

O mundo dividido pela “Cortina de Ferro” viveria ainda a denominada Guerra Fria. Através dessa guerra sem confrontos diretos, EUA e URSS pretendiam influenciar vastas extensões do planeta com seus sistemas socioeconômicos. O medo de uma nova Guerra Mundial substanciava-se na detenção de um grande arsenal nuclear por ambos os países. O pós-guerra caracterizou-se também pela criação de mecanismos de cooperação internacional entre os países das duas esferas de influência.

Na esfera de influência dos EUA, a expansão de seu sistema socioeconômico ocorreu através de alguns mecanismos de cooperação internacional criados já nos anos finais da II Guerra Mundial. Enquanto as tropas lutavam nos campos de batalhas, negociações econômicas entre os grandes grupos financeiros de ambos os lados em conflito ocorriam na Suíça, no Banco de Pagamentos Internacionais. O objetivo era manter a integração econômica e ampliá-la, mesmo durante o desenrolar da II Guerra Mundial.

No imediato pós-guerra, um plano de cooperação e de recuperação econômica e social foi proposto pelos EUA à Europa Ocidental. Totalizando um montante de 18 bilhões de dólares, o Plano Marshall foi essencial para a reconstrução socioeconômica da Europa e para conter o avanço do chamado comunismo soviético. No aspecto militar, a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tinha por objetivo fazer frente à presença das tropas soviéticas em solo europeu.

Para responder a essas ações do ocidente capitalista no pós-guerra, a URSS firmou, em 1955, o Pacto de Varsóvia, que unia as forças militares da Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Alemanha Oriental, Hungria, Polônia e Romênia. Economicamente, os países da esfera de influência soviética organizaram-se em torno do Comecon, instituído em 1949 e responsável pela integração econômico-financeira dos países considerados socialistas.

O principal símbolo dessa divisão do mundo foi a cidade de Berlim, na Alemanha. A criação do Muro de Berlim, que dividiu a cidade por quase 30 anos, expressou a tensão existente entre os dois blocos. Durante a Guerra Fria, não houve conflitos diretos entre EUA e URSS, mas ambos participaram de vários conflitos indiretos. A Guerra da Coreia (1950-1953) e a Guerra do Vietnã (1965-1973) foram os principais exemplos da participação indireta dos dois países em conflitos armados durante a Guerra Fria. A eclosão da Revolução Chinesa, em 1949, contribuiu para acirrar essa divisão do mundo, já que o novo regime instalado em Pequim também se declarava comunista.

A configuração de um mundo bipolar, polarizado entre EUA e URSS, foi a principal característica do pós-guerra, dando início à chamada Guerra Fria, que iria ter seu fim apenas no início da década de 1990, com a derrocada da União Soviética.

 

Envolvimentos Indiretos.

 

Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.

 

Guerra do Vietnã : Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 

 

Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas.

No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

 

 

 

 

Atividade de Fixação

 

 

1)- Qual o significado da expressão “guerra fria” e a que período da história das relações internacionais ela se refere?

 

2)- Explique a participação dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.

 

3)- :"Guerra improvável, paz impossível." Em que esta frase de Raymond Aron ilustra as relações americano-soviéticas de 1945 a 1989?

 

4)- Com o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a antiga política de equilíbrio europeu deu lugar à constituição de dois blocos de interesses rivais, liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética, gerando a "bipolarização" do mundo e a chamada "guerra fria". No que consistia tal "guerra fria" e em quais circunstâncias ela colocou em risco a paz internacional?

 

5)- Destaque os principais episódios que marcaram as tensões internacionais logo após a Segunda Guerra Mundial.



ATIVIDADE GEOGRAFIA – 3º BIMESTRE

3 A   

PROFESSOR: CASSIO F. SOUZA

 

 

HABILIDADE:

(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais e culturais.

 

 

ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 

 

A mudança do papel de África na globalização

 

O mundo já não pode ser dividido de forma simplista, entre Norte e Sul, entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Para entender a complexidade desta mudança, este relatório baseia-se, e desenvolve o conceito de James Wolfensohnde um mundo a «quarto velocidades» -Prósperos, Convergentes, Lutadores e Pobres - Isto revela um novo mapa global de crescimento: alguns países em desenvolvimento estão a começar a alcançar os padrões de vida dos prósperos, outros lutam para superar o «teto de vidro» do rendimento médio, enquanto outros não conseguem livrar-se da extrema pobreza.

 

Dois períodos temporais emergem. Para a maioria das economias em desenvolvimento, os anos 90 foram outra «década perdida», atingida por crises financeiras e pela instabilidade. Alguns países africanos continuam a estagnar. O Norte de África e a região austral do continente lutaram, com o crescimento a responder fracamente à reforma.

 

Na primeira década do século XXI, antes da crise econômica, muito do mundo em desenvolvimento conheceu o seu primeiro crescimento forte, desde há anos. No novo milénio, pela primeira vez desde os anos 70, o rendimento per capita africano cresceu mais rapidamente do que nos países de elevados rendimentos. O número de países convergentes – aqueles que registaram o dobro do crescimento do rendimento per capita das nações com elevados rendimento da OCDE – passou de 12 para 65.

 

O número de países pobres desceu de 55 para 25. Nesta década, a taxa de crescimento média da China e da Índia situou-se entre o triplo e o quadruplo da média da OCDE. Em África, se um grupo de países pobres – sobretudo na África Ocidental e Central – continuou com um fraco desempenho, não deixa de ser extraordinário que 19 países tenham conseguido passar para a categoria de convergentes, nos anos 2000, quando apenas dois o tinham conseguido nos anos 90. A maioria dos países que deu o salto ainda luta contra a pobreza e a desigualdade. No entanto, como o mapa seguinte demonstra, houve uma alteração impressionante no crescimento médio de África, por comparação com o resto do mundo.

 

Se olharmos para os anos em que os países da OCDE entraram em recessão, a imagem ainda é mais impressionante: cerca de metade das economias africanas passaram para o grupo dos convergentes.

 

Esta mudança deve ser vista com alguma precaução, pois o tamanho da brecha entre as economias prósperas e as outras, em 2009, pode bem distorcer a imagem média. Os dados revelam, porém, que a crise acelerou significativamente a mudança da riqueza global e África foi um dos beneficiários. Se esta mudança perdurará, ou se um novo crescimento na OCDE pode enviar de novo alguns países para a divergência, é algo que ainda não é possível saber.

 

A história de África e dos seus parceiros emergentes é um ponto chave do realinhamento da economia mundial na última década. Com melhores políticas, o continente beneficiou de mais investimento, comércio e ajuda, bem como de vantagens macroeconómicas, políticas e estratégicas geradas pela ascensão dos países emergentes.

 

A rápida integração dos parceiros emergentes na economia mundial começou nos anos 80, e foi acelerada com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, em 2001. A China, a Índia, bem como outros, registou um elevado crescimento, a sua importância económica cresceu, e conheceram uma enorme redução da pobreza.

 

Existem impactos globais e bilaterais no crescimento e na pobreza noutros países pobres, incluindo em África. A dimensão global inclui o impacto nos salários, nas taxas de juro, nos preços dos produtos industriais e das matérias-primas, nos desequilíbrios globais e no investimento líquido. Esta dimensão global não é muito abordada quando se fala de combate à pobreza. A maioria das análises concentra-se nos laços entre a China e África: matérias-primas, comércio, investimento, créditos à exportação, ajuda e migrações.

 

Na verdade, os parceiros emergentes não beneficiam todos os países africanos. Os países ricos em petróleo e em minerais tiveram benefícios desproporcionais, enquanto outros – especialmente aqueles que não têm laços diplomáticos com a China – não tiveram praticamente qualquer vantagem.

 

O «efeito de motor de crescimento» foi documentado e analisado em Garroway et al. (2010). Nos anos 90, os países do G7 lideraram o crescimento dos países em desenvolvimento, mas, já nos anos 2000, o impacto do crescimento chinês nos países de rendimentos baixos e médios aumentou significativamente. Neste período, uma alteração de 1% nas taxas de crescimento chinesas resulta numa mudança de cerca de 0.3% nos países de rendimento baixos e de 0.4% nos de rendimento médio. Rodrik (2010) argumenta que esta situação aumenta a dependência dos países pobres das exportações de matérias-primas não processadas, e – por causa da subvalorizada moeda chinesa – mina a sua industrialização. Com o argumento oposto, Garroway et al. (ibid.) sustentam que o efeito de motor de crescimento, ao sustentar a procura mundial de bens que os países pobres exportam, beneficia de igual forma os países produtores e não produtores de petróleo.

 

Um aumento estável da procura mundial desencadeou um «super ciclo» nos preços das matérias-primas (Standard Chartered, 2010). A aceleração da urbanização e o rápido crescimento das classes médias nos países emergentes têm um grande impacto na procura de mercadorias. A urbanização é particularmente intensiva em mercadorias e o consumo aumenta rapidamente, à medida que os rendimentos se aproximam de um nível classificado como «classe média»2.

Para além deste aumento da procura, os desequilíbrios globais ajudaram a impulsionar os preços das mercadorias. Até 2006, o investimento das cada vez maiores reservas de moedas estrangeiras em obrigações do tesouro norte-americanas por parte dos novos atores deprimiu as taxas de juro globais, e fez aumentar os preços das mercadorias. África beneficiou desproporcionalmente, na medida em que produz mercadorias cujos preços provavelmente subirão mais e possui a maior parcela de recursos inexplorados (Collier, 2010).

 

A expansão, se for sustentada, deverá gerar mais benefícios para África. À medida que os países emergentes se transformam em economias avançadas – sem uma mudança radical no seu crescimento –, enriquecem e se tornam demograficamente mais maduros, o seu sucesso impulsionará as oportunidades de exportação de África. Quando os pobres partilharem a nova riqueza, mais de dois mil milhões de pessoas viverão em países que importam bens intensivos em trabalho, e menos pessoas viverão nos países que os exportam, abrindo ainda mais oportunidades para os produtos africanos. O crescimento sustentado dos gigantes emergentes pode ter um efeito negativo de curto-prazo nos sectores produtivos africanos, mas pode melhorar as perspectivas de longo-prazo (Chamon and Kremer, 2006). Se se continuar a redução das barreiras aos negócios e ao comércio, as economias africanas podem ganhar com a deslocalização da produção para longe das que hoje são as economias emergentes.

 

O Fundo Monetário Internacional (2011) considera que a alteração dos padrões de produção em grandes economias emergentes, como a China, pode ajudar os países com baixos rendimento a diversificar a sua produção. A experiência da Malásia, da Indonésia e do Chile, argumenta o FMI, mostra que países pobres com recursos naturais podem diversificar as exportações à medida que crescem, desde que as receitas dos recursos sejam usadas para incrementar a capacidade produtiva, incluindo capital infra-estrutural e humano. Por outro lado, África necessita de promover o desenvolvimento do sector privado, como sublinhado em diversas edições das Perspectivas Económicas em África.

 

 

 

RESPONDA

 

1-     Segundo o texto, qual seria a forma atual de estar observando as divisões economicas no planeta entre os paises/continentes?

 

2-     Segundo o texto, o que seria um ponto chave para um realinhamento na economia global?

 

3-     Quando os pobres partilharem a nova riqueza, mais de dois mil milhões de pessoas viverão em países que importam bens intensivos em trabalho, e menos pessoas viverão nos países que os exportam, abrindo ainda mais oportunidades para os produtos africanos.”

            Explique o que a citação acima quer informar?

 

4-     Quando o texto diz que existem impactos globais e bilaterais no crescimento e na pobreza noutros países, e causam serias consequências as economias globais. Explique quais as influencias dessa situação nas economias mais ricas?

 

5-     Qual seu ponto de vista sobre a globalização e os reflexos sobre as economias nais pobres. Podemos afirmar que a globalização e um divisor de economias? Explique.



Tecnologia e inovação

 

Atividade I do 3º bimestre (Prof. Francisco).

 

Habilidade: Identificar as diversas manifestações culturais envolvendo as TDIC e seus impactos como meio de inserção do indivíduo na sociedade moderna.

 

Pensamento computacional.

 

Vivemos em uma era em que a educação se tornou um elemento interativo. É cada vez mais comum que as pessoas utilizem o discurso da conectividade para se referir ao ensino e, de fato, o mundo moderno exige uma mudança de pensamento.

Afinal, a educação sempre se atualiza com o objetivo de se adequar às necessidades de aprendizado do momento. Nesse sentido, o pensamento computacional é uma metodologia utilizada para ajudar no aprendizado das crianças, sendo um importante instrumento na educação moderna.

 

O que é pensamento computacional?

 

Pensamento computacional pode ser definido como uma estratégia usada para desenhar soluções e solucionar problemas de maneira eficaz tendo a tecnologia como base. Ao contrário do que a expressão pode inferir, não necessariamente significa o que está ligado à programação de computadores ou mesmo à navegação na internet, à utilização de redes sociais, entre outros.

Alguns estudiosos fizeram suas próprias definições sobre o pensamento computacional. Jeanette Wing, vice-presidente da Microsoft Research, por exemplo, conceituou a expressão como sendo a base para a identificação de problemas e soluções que podem ser efetivadas tanto por processadores quanto pelos homens.

Resumidamente, seria a capacidade criativa, crítica e estratégica de utilizar as bases computacionais nas diferentes áreas de conhecimento para a resolução de problemas.

Além disso, tal pensamento estaria fundamentado em quatro pilares:

decomposição: dividir um problema complexo em pequenas partes, a fim de solucioná-las com mais facilidade;

reconhecimento de padrões: como a própria expressão define, ajuda na identificação de aspectos comuns nos processos;

abstração: analisa elementos que têm relevância, diferenciando-os daqueles que podem ser deixados de lado;

algoritmos: reúne todos os pilares já citados e envolve a criação de um grupo de regras para a solução de problemas.

Basicamente, a ideia é reformular problemas que aparentam ser de difícil resolução e transformá-los em algo capaz de ser compreendido, focando, para isso, em cada uma de suas fases, a fim de lidar com as incertezas que muitas vezes os cercam.

Quais são as habilidades desenvolvidas pelo pensamento computacional?

Uma série de competências é obtida como resultado do processo de desenvolvimento do pensamento computacional. As habilidades refletem diretamente no aprendizado do indivíduo.

Construção do pensamento lógico

 

A construção do pensamento lógico é uma das principais habilidades adquiridas pelo pensamento computacional. Nas crianças, por exemplo, ele começa ainda nas primeiras fases, quando elas aprendem que existem padrões que definem determinadas ações. A partir disso, elas passam a solucionar questões de maneira lógica, sempre focando em um pensamento racional para determinar as respostas dadas a diferentes estímulos vindos de atividades do dia a dia.

 

Alfabetização digital

 

Junto da construção do pensamento lógico temos a alfabetização digital. Apesar de não se restringir a aspectos tecnológicos, o pensamento computacional também se expande para esse âmbito. Ao ter contato desde cedo com jogos e outras atividades ligadas ao ambiente digital, o indivíduo pode solucionar problemas de maneira mais eficiente e estratégica.

Vale lembrar que a habilidade ainda ajuda na organização do pensamento como um todo, de modo que ele esteja alinhado às tecnologias existentes ou que ainda virão a existir, ou seja, prepara a criança para conseguir assimilar novidades com maior facilidade.

Autonomia

Abstração e algoritmos são duas bases do pensamento computacional, e elas abrem espaço para uma tarefa importante que é a autonomia. Assim sendo, elas deixam de ser apenas consumidoras das tecnologias criadas e produzidas e passam também a ser produtoras de recursos digitais.

Consequentemente, isso as prepara para o mundo em que diferentes tecnologias são inseridas diariamente. Para que isso seja desenvolvido de fato, é necessário maior aperfeiçoamento por meio de incentivos a determinadas atividades, como mostraremos a seguir.

 

Atividade de Fixação

1)- Descreva o que é pensamento computacional.

2)- Quais são os pilares do pensamento computacional?

3)- O que é o pensamento lógico.  

4)- Em sua opinião ao obter contato com jogos desde cedo o indivíduo consegue ter contato com o pensamento computacional?

5)- Segundo o texto, a “capacidade criativa, crítica e estratégica de utilizar as bases computacionais nas diferentes áreas de conhecimento” nos leva a conseguir realizar o que?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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