sábado, 29 de agosto de 2020

CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO - PEI - 3º BIMESTRE - 2 A B - FILOSOFIA, SOCIOLOGIA, HISTÓRIA, GEOGRAFIA

 

ATIVIDADE DE FILOSOFIA3º BIMESTRE

2ª SÉRIES  A  B

PROFESSORA: MARIA JOSÉ F. BATISTA

 

HABILIDADE:

(EM13CHS502) analisar situações da vida cotidiana (estilos de vida, valores, condutas etc.), desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade e preconceito, e propor ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às escolhas individuais.

 

 

TEMA:  FILOSOFIA, DIREITOS HUMANOS, DESIGUALDADE SOCIAL

 

TEXTO:

 Desigualdade e angústia

A realidade da sociedade de classes, atravessada pela desigualdade política, participa de um círculo de mensagens enigmáticas e traumáticas. As crianças pobres frequentemente se chocam, por exemplo, quando sua mãe é obrigada a entrar pelos fundos, no prédio em que vai fazer faxina; ou quando seu pai se mostra inferior e calado diante da brutalidade de um superior. Quem poderia facilmente explicar às crianças o que se passa?

A divisão política é um fato dos mais sobredeterminados: empenhou a economia e a cultura, a tecnologia e as ciências, o trabalho e as artes, a arquitetura e a demografia, a religião e a filosofia, sedimentou-se nas máquinas e nos livros, nas casas e na praça pública, nas oficinas e na cidade, na escola e nos hospitais, nos escritórios e nos presídios, nos restaurantes e nos teatros, assumiu o psiquismo e os mecanismos, a mentalidade e as instituições, o trabalho e os sonhos, a espontaneidade e os hábitos, as coisas e os símbolos, as imagens e as palavras. Tão antiga, sua origem e determinação perderam-se de vista, encontram-se bem fora e bem antes da cena atual onde são cegamente retomados, onde se renovam e se deformam, onde tão tranquilamente representamos os papéis de tiranos, tiranetes e tiranizados como se tratando de um roteiro universal.

A humilhação é uma modalidade de angústia que se dispara a partir do enigma da desigualdade de classes. Angústia que os pobres conhecem bem e que, entre eles, inscreve-se no núcleo de sua submissão. Os pobres sofrem frequentemente o impacto dos maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente o impacto de uma mensagem estranha, misteriosa: "vocês são inferiores". E, o que é profundamente grave: a mensagem passa a ser esperada, mesmo nas circunstâncias em que, para nós outros, observadores externos, não pareceria razoável esperá-la. Para os pobres, a humilhação ou é uma realidade em ato ou é frequentemente sentida como uma realidade iminente, sempre a espreitar-lhes, onde quer que estejam, com quem quer que estejam. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis e repugnantes, torna-se-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que ninguém vê.

 HUMILHAÇÃO SOCIAL – UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA. José Moura Gonçalves Filho. Instituto de Psicologia – USP

 

Responda as questões abaixo de acordo com o texto.

 

  1. Reconhecer argumentos consistentes sobre superação de situações de discriminação e preconceitos relacionadas à condição social e política e de reflexão filosófica. Descreva cada uma destas situações encontradas no texto.
  2. Com base no que foi apresentado no texto, identifique e relate quais possibilidades e estratégias para a inclusão social e política com relação aos direitos de todos os seres humanos, independentemente de sua classe social ou origem ou gênero.
  3. Indique a importância da experiência educacional como forma consolidação da democracia, independente da condição socioeconômica.

PARA RESPONDER AS QUESTÕES 4 E 5 ASSISTA AO VÍDEO: “VISTA MINHA PELE”,

            

https://www.youtube.com/watch?v=FRq4fkkm5Iw>. Acesso em 27.jan.2020.


  1. Identifique e registre a partir do que o vídeo “Vista a minha pele” apresenta como estratégia consistente para inclusão social, política e de direitos humanos.
  2. Indique e registre como as políticas públicas podem contribuir para consolidar os direitos humanos nos espaços educacionais.

 

 

Vídeo de Apoio Didático:

“Vista minha pele” Direção Joel Zito Araújo. Produção: Casa de Criação Cinema e Propaganda/ Liminis Produções artísticas. Duração: 28mins. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FRq4fkkm5Iw>. Acesso em 27.jan.2020.

 

Leitura Complementar

Caderno do Aluno – São Paulo Faz Escola – Volume 3 – Filosofia.

 

ORIENTAÇÕES:

Busque compreender e aplicar conceitos básicos para responder as atividades.

Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.



ATIVIDADE DE SOCIOLOGIA – 3º BIMESTRE

2 A -  B

PROFESSOR EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS

 

 

A condição essencial para a felicidade é ser humano e dedicado ao trabalho.”

Léon Tolstoi

 

 

HABILIDADE:

(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos e classes sociais diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços e contextos.

 

 

ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 

  

 

Qual a importância do trabalho na vida social Brasileira?

Leitura e Análise de Texto I

            “O mundo do trabalho, de aluma forma, já faz parte da sua vida. Certamente, você já vivenciou experiências sobre o trabalho em sua casa, na sua família, na mídia e em outros espaços de sociabilidade. Essas experiências lhe permitem atribuir significado e sentido ao mundo do trabalho. O que você entende por trabalho? Será que os demais estudantes de sua turma têm o mesmo entendimento sobre o que é o trabalho?”

            A percepção que temos sobre o trabalho, é de que ele é uma atividade qualquer, mas que também pode ser algo que depende de especialização. É possível, também, considerarmos como trabalho uma ação, tipo de serviço ou ocupação. No entanto, estas definições não são suficientes para a Sociologia, pois é por meio das especificidades do mundo do trabalho (emprego, desemprego, carreira, direitos, sindicato, produção, capacitação, salário, entre outros aspectos) que ela, enquanto ciência, se esforça para compreender as relações e organizações sociais nas sociedades capitalistas.

Exemplo de um tripalium

 

Leitura e análise e texto II

            Ao longo da história, o trabalho foi considerado algo imposto a quem não tinha dinheiro e/ou prestígio. Por isso, uma das possíveis origens da palavra trabalho provém do termo latino “tripalium” que nada mais era do que um instrumento utilizado na lavoura para bater trigo. Posteriormente, tornou-se instrumento de tortura (século VI a.E.C.). Sua composição a partir de duas outras palavras, “tri” (três) e “palus” (pau), compreende respectivamente o que equivale a “trêspaus”.

            Diferentemente dos animais, os seres humanos agem não apenas por instinto, ou preservação da espécie. O trabalho humano envolve, além do esforço físico, aspectos relacionados ao exercício intelectual.

            Na história, o trabalho exerce papel social importante, por exemplo, na distinção entre a mão de obra das elites, com ocupações e atividades predominantemente intelectuais, da mão de obra proletária, cujas ocupações e atividades demandam maior esforço físico em trabalhos manuais.

            O trabalho é capaz de mediar a relação entre pessoas e entre as pessoas e a natureza. Ele é também importante para a humanidade, pois é por meio do trabalho que o homem modifica e interage com o meio social. O trabalho é um dos elementos que define o que é ser humano.

 

Exercício 1: Identifique nos textos os diferentes períodos e as várias formas de divisão do trabalho na sociedade.

 

Exercício 2: Identifique e descreva que o trabalho é uma atividade base da condição humana e explique a diferenciação entre trabalho intelectual e trabalho físico na sociedade brasileira?


Leitura e análise de Texto III

O que é trabalho?

            Na civilização ocidental, a percepção de que o trabalho é algo que traz sofrimento é reforçada por outras ideias influenciadas pelas tradições greco-romana e judaico-cristã. Para os gregos, de uma forma geral, o trabalho era visto como algo que “embrutecia os espíritos” e tornava o homem incapaz da prática da virtude; era um mal que a elite deveria evitar. Por isso, era executado por escravos, deixando aos cidadãos as atividades mais nobres, como, por exemplo, a política. No cristianismo, o episódio bíblico da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, como consequência do pecado original, condenando-os ao trabalho, a ganhar o “pão com o suor do rosto”, ampliou a conotação negativa do trabalho. Assim, ele apresenta, em nossa sociedade, também os sentidos de fadiga, luta, dificuldade e punição.

Para esclarecer a questão do trabalho como atividade do ser humano, recorreremos a Karl Marx.


(IMAGEM RETIRADAS DA INTERNET).

Karl Marx nasceu na Alemanha, em 1818. Considerado um dos maiores filósofos alemães, realizou estudos importantes também para a Economia e a Sociologia. Tendo como base a dialética1, desenvolveu o método que permite a explicação da história das sociedades humanas a partir das relações sociais de produção. Radical tanto na teoria como na militância, participou ativamente de diversas organizações operárias clandestinas, tendo sido expulso de alguns países. Exilado na Inglaterra, passou por muitas dificuldades.


Leitura e análise de texto IV:

O conceito é ambíguo e disputado, indicando diferentes atividades em diferentes sociedades e contextos históricos. Em seu sentido mais amplo, trabalho é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio de capacidades mentais e físicas. Tal interpretação, contudo, conflita com o significado e a experiência mais limitados do trabalho nas atuais sociedades capitalistas. Para milhões de pessoas trabalho é sinônimo de emprego remunerado, e muitas atividades que se qualificariam como trabalho na definição mais ampla são descritas e vivenciadas como ocupações em horas de lazer, como algo que não significa verdadeiramente trabalho.”

OUTHWAITE, William; BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 773.


Exercício 3: O que é trabalho? Identifique e descreva os conceitos sociológicos relacionados ao trabalho.

 

Exercício 4: Identifique e descreva quais as transformações que podem afetam o mundo do trabalho e a vida dos trabalhadores.


Leitura e análise de texto e imagem V

            O uso do adjetivo “humana” na definição anterior enfatiza que trabalho é uma atividade humana, ou seja, só os seres humanos trabalham. Podemos refletir sobre este tema também a partir das imagens mostradas a seguir que apresenta outros exemplos de outros seres vivos/animais que são considerados “trabalhadores”.

“Uma aranha executa operações que se assemelham às de um tecelão, e a abelha, na construção de suas colmeias, de um arquiteto. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é isso: o arquiteto projeta sua obra antes de construí-la na realidade. No final de todo processo de trabalho, temos um resultado que já existia na imaginação do trabalhador desde o seu começo. ” MARX, Karl. Capital – A Critique of Political Economy. The labour-process and the process of producing surplus-value. Vol. 1, Part III, Section 1, cap. VII. Tradução Heloísa Helena Teixeira de Souza Martins. Disponível em: <http://www.marxists.org/archive/marx/works/1867-c1/index.htm>. Acesso em: 21 mar. 2020.

Exercício 5: Embora os animais possam ser considerados “trabalhadores”, segundo o revolucionário Karl Marx, existe uma diferença que somente os seres humanos possuem. Indique qual a diferença essencial que distingue o trabalho humano do trabalho de outros animais, para este autor?

Leitura complementar: Vídeo- A importância do trabalho na vida social brasileira https://www.youtube.com/watch?v=vavr6vC9U68

Brasil Escola: O que é trabalho:

https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-trabalho.htm


Atividade Projeto de Vida – Ensino Médio

3º BIMESTRE

2 B

 

Competências socioemocionais em foco: Determinação, persistência e autoconhecimento.

 

OBJETIVO:

Neste bimestre para auxiliar na construção do seu PROJETO DE VIDA, vamos trabalhar com enfoque no autoconhecimento como base para planejar e definir o caminho para alcançar o que se deseja, portanto envolve um conjunto de ações e iniciativas próprias e/ou compartilhadas com seus pares e professores.

 

Para trabalhar o aspecto primordial que é o autoconhecimento, apresentamos como inspiração a indicação do vídeo a seguir:  

Assista ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=xABS2ek4Dtg

 


ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 

                              QUESTÕES

 

1)     1. Por que o pássaro foi rejeitado pelos passarinhos. Como o pássaro lidou com a rejeição pelo bando? Você acredita que ele ignorou o fato ou agiu com ingenuidade?

 

2)   2.  Leia o poema abaixo e busque compreender e reconhecer como o autor a retrata. Identifique como a autoestima pode nos fortalecer perante os obstáculos que encontramos no decorrer da vida?

 




ATIVIDADE GEOGRAFIA – 3º BIMESTRE

2 A    B  

PROFESSOR: CASSIO F. SOUZA

 

 

HABILIDADE:

(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens e as gerações futuras, levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e informacionais.

 

 

ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 

 

A DINÂMICA DO TRABALHO

 

A Dinâmica do Trabalho, o trabalho deixara de ser um bem e passou a ser apenas mercadoria, objeto de trabalho, cenário globalizado, a competição pelos melhores postos, a superespecialização do trabalhador.

Desde a Primeira Revolução Industrial, que ocorreu no Séc. XVIII, o ritmo de vida das pessoas mudou drasticamente. Os modos de produção, que antes eram do artesão, passaram a ser de propriedade do industrial. O artesão passou a ser apenas operário, vendendo a sua força de trabalho para o capitalista.

A Segunda Revolução Industrial foi uma revolução baseada na mudança dos meios de produção. As máquinas a vapor, que moldaram a Primeira Revolução Industrial, deram lugar ás maquinas movidas à energia elétrica. Karl Marx (1818–1883), economista alemão do Séc. XVIII, afirma que, sob o novo contexto emergente, o trabalho deixara de ser um bem e passou a ser apenas mercadoria, absorvendo apenas valor de troca. Após Taylor (Frederick W. Taylor, 1856-1915) que, com o estudo do tempo e dos movimentos, instituiu a Administração Cientifica, o ritmo do trabalho adquiriu um caráter dinâmico e progressivo.

O Século XXI se iniciou em um ritmo totalmente acelerado. Com a Terceira Revolução Industrial (Revolução Tecnológica), a mão de obra passou a se especializar cada dia mais e o exército de reserva, formado principalmente por mão de obra menos qualificada, cresceu proporcionalmente ao crescimento populacional. Surgiu uma nova denominação para a mão de obra: cabeça de obra. O mercado não deixou de buscar profissionais de uma única área, a busca agora é por intelectuais que tenham conhecimentos sobre os mais diversos temas. Estes se tornaram os coringas do jogo.

No período da Primeira Revolução Industrial, o trabalhador-operário suava por até 14 horas na linha de produção e, ao término de um ano, estava totalmente fadigado e implorando pelo gozo das férias. Já na Segunda Revolução Industrial, o operário, que já tinha alguns direitos garantidos, já trabalhava, em sua maioria, entre 8 e 10 horas por dia. Hoje, o executivo trabalha 24 horas por dia e não se preocupa (talvez por falta de tempo, talvez não) com o gozo de férias. A grande diferença esta no objeto de trabalho. O trabalho intelectual pode ser feito enquanto dirige-se o carro, espera o sinal abrir ou enquanto se toma um banho - vale citar Arquimedes (287a.C.–212a.C.), que descobriu a lei da estática e da hidrostática enquanto tomava banho. Sobre a superioridade do conhecimento intelectual sobre o profissional, não é preciso fazer maiores citações.

O tempo passou e o mundo se tornou totalmente interligado. Neste cenário globalizado, a força de trabalho, ou seja, a disponibilidade para executar certa atividade, deixa de ser a mercadoria a ser adquirida transferindo o objeto de compra para o trabalho, ou seja, o produto final da força de trabalho. Nesta nova organização social do trabalho, o que importa são os resultados. Após o advento da Tecnologia da Informação, as novas tendências trouxeram novas linhas de pensamento. Formou-se uma sociedade onde os fins justificam os meios. A meta a ser alcançada muda constantemente de forma, incorporando itens ou excluindo-os. A velocidade das mudanças é monstruosa e sem rumo definido fazendo do homem um ser totalmente mutante. E é exatamente este mutualismo que tem direcionado os estudos da inteligência humana. É neste novo contexto que o Homo Sapiens (Homem Pensante) se enquadra perfeitamente.

O homem, enquanto ser pensante se materializa com esta nova realidade. Os velhos padrões de comportamento são descartados e incorporados novos costumes ao cotidiano. O trabalho, que deixa de ser físico e passa a ser intelectual, rompe as barreiras do tempo e do espaço, podendo ser feito a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. A sociedade globalizada se desenvolve cada vez mais, acirrando a competição pelos melhores postos.

 

RESPONDA

1-     Como base no texto acima, como você define a ideia de divisão no trabalho e a dinâmica do mercado de trabalho?

 

Mercado de trabalho

 

Mercado de trabalho associa aqueles que oferecem força de trabalho àqueles que a procuram, em um sistema típico de mercado onde se negocia a fim de determinar os preços e as quantidades a transacionar. O seu estudo procura perceber e prever os fenômenos de interação entre estes dois grupos tendo em conta a situação econômica e social do país, região ou cidade. Nesse contexto, pode-se incluir as ofertas de trabalho relacionadas às empresas públicas, de economia mista, privadas, pessoas físicas, entre outras, com suas normas para remuneração, benefícios, carreira, condutas e a aptidão dos profissionais que desejam ingressar nestas.

A grande procura por empregos que ofereçam melhores salários e reconhecimento, fazem com que esse mercado se torne altamente competitivo, uma vez que a cada vaga de emprego oferecida, muitos candidatos apresentarão não só os pré requisitos mínimos exigidos como também, os seus diferenciais para a candidatura da mesma.

Numa visão classicista, classifica-se o trabalho como um produto, pelo qual os trabalhadores atuam como vendedores e os empregadores como compradores. Os salários e valores são considerados e o mercado de trabalho é o espaço onde ocorre toda essa comercialização

Karl Marx consolida esta ideia na forma de mão de obra como mercadoria e na exploração do trabalhador. Para Marx, o mercado de trabalho se caracteriza pela luta de classes entre trabalhadores e burguesia, e na desigualdade da distribuição de riquezas e poder. Marx mantém a visão da economia clássica iniciada por Adam Smith, na qual as relações se dão a partir da oferta e demanda de mão de obra. Contudo, ele enfoca que o lado dos que tem sua mão de obra expropriada é mais fraco, e, portanto fica vulnerável e não consegue estabelecer negociação com o lado mais forte, que atua como mandante no estabelecimento do preço.

Em meados do século XX, surge outra vertente econômica, o keynesianismo, que entre outras propostas defendia o Intervencionismo do Estado na economia. Os adeptos dessa visão contestam o modelo de mercado de trabalho descrito pelos neoclássicos no que tange à lei da oferta e demanda. Para estes, a demanda por trabalho não é determinada pela remuneração, e sim pela necessidade de produção da empresa para atender seu mercado consumidor ou o que se espera vender a este. Desta forma, a demanda por mão de obra é definida fora do proposto pelo modelo de mercado de trabalho dos neoclássicos. Assim, seria possível ocorrer situações onde a oferta de emprego possa ser inferior à mão de obra disponível, configurando-se o cenário de desemprego.

No final do século XIX, para os teóricos neoclassicistas, o mercado de trabalho abrange questões ligadas à produtividade pessoal, por exemplo, tomadas de decisões acerca do investimento em capacitação dos trabalhadores e permissão destes ao lazer.

Entende-se também que os trabalhadores têm liberdade para escolher entre as várias opções no mercado de trabalho, de acordo com seus interesses, competências e habilidades essenciais, e, por conseguinte, serão remunerados de acordo com sua capacidade de capital humano.

Todas essas abordagens trazem a visão do mercado de trabalho como uma unidade, de maneira que seria possível a todos os trabalhadores se candidatarem para qualquer vaga que esteja em oferta. Ao enfocar o mercado de forma ampla, ainda que sejam conceituadas as relações de lutas entre classes, competências e até mesmo a interferência estatal, não são considerados fatores de contexto regional, demográfico ou profissional, por exemplo. Fatores estes que podem originar rearranjos nas relações entre capital e trabalho, proporcionando o surgimento de segmentações de mercado.

A atividade do mercado de trabalho é de grande relevância para a economia. Variáveis como faixas salariais, índices de emprego e desemprego, produtividade, qualificação, distribuição de receitas, assim como o antagonismo entre os atuantes, são fatores levados em conta ao se traçarem os indicadores econômicos de um país, por exemplo.

O mercado de trabalho tem suas origens no período da Revolução Industrial, no qual as relações entre operários e organizações passam a assumir uma maior importância no contexto econômico e social.

No final do século XVIII, o filósofo e economista clássico Adam Smith fez as primeiras referências ao mercado de trabalho. Nesta concepção, a atividade do mercado de trabalho é semelhante aos demais mercados, onde as condutas econômicas das organizações e os indivíduos visam à maximização do bem-estar, no qual a oferta e demanda de emprego dependem da remuneração salarial.

A partir do crescimento da crítica à Teoria do capital humano iniciada no final dos anos 1960 e início dos 1970, vem criando corpo uma nova teoria, a da segmentação do mercado de trabalho. Esta teoria propõe a releitura de pressupostos da teoria econômica tradicional que visa, por exemplo; a determinação dos valores de salários da mesma forma que a determinação de valores de quaisquer outros empregos caracterizados por tempo integral, estabilidade e salários e produtividade altos; típicos de empresas de grande porte, mais precisamente as dos setores de transformação e de serviços (transportes e comunicação) e as burocráticas da administração direta e indireta do governo. Neste segmento, a qualificação e o acesso a melhores salários; se dá por meio do desempenho de funções, da experiência adquirida no próprio emprego e de promoções internas.

O Primário Independente compreende ocupações de gerência e supervisão administrativa, de planejamento ou financeiras de grandes empresas, instituições bancárias, bem como de setores governamentais. São ocupações que prescindem de iniciativa própria e criatividade por parte do trabalhador. Contrapõem o Primário Dependente, na medida em que o empregado toma as normas e procedimentos internos como um dado e os inovam. Não podem, portanto; ser desempenhadas por mera repetição de práticas adquiridas. Neste segmento salários, alocação e treinamento sofrem maior influência externas.

No Segmento Secundário do mercado de trabalho estão inseridas atividades que requerem mínima qualificação e mínimo treinamento, nestas ocupações não há cadeia de promoção. Os salários pagos são em geral, baixos tanto quanto a produtividade. Neste segmento não há estabilidade e a rotatividade ocorre em alto grau. A maioria das vagas oferecidas vem de pequenas empresas, com baixo acesso a capital e tecnologia, que atuam em mercados restritos e de demanda instável.

No momento atual, em virtude do maior acesso à informação e estudos, os trabalhadores pleiteiam as vagas de trabalho em condições de igualdade dentro de suas formações. Porém, não há garantias de uma permanência perdurável no emprego. Além disso, o trabalhador inserido no atual mercado de trabalho deve estar preparado para constantes pressões por geração de lucros, produtividade e inovação, ainda que exista uma maior possibilidade de negociação do salário, visto que agrega valores à empresa.

Talvez a característica mais marcante das relações econômicas seja a lei da oferta e da procura. Via de regra, quanto maior for a oferta de um produto ou de um serviço, se a procura se mantiver a mesma, menor será o valor cobrado por ele, pois a concorrência de mercado obriga a redução dos preços para tornar viável as vendas. Por outro lado se a procura é maior do que a oferta, a tendência é que o valor cobrado pelo produto seja maior.

Em termos de profissões pode-se dizer que quando existe a formação de excesso de profissionais e falta de procura desses profissionais não há um equilíbrio entre a oferta e a procura e ocorre o que se chama uma saturação de mercado, em que não existem suficientes postos de trabalho para absorver os profissionais. Por outro lado pode acontecer que não exista oferta em excesso, mas sim procura em falta. Este é um dos casos que acontece quando, por exemplo, a indústria progride e inova rapidamente. Deixa de haver procura de uma dada profissão ou qualificação que está sendo substituída pela procura de outra profissão ou qualificação em que ainda não há oferta suficiente, gerando desemprego que também está ligado com o aumento no numero de máquinas, que podem substituir a mão de obra.

 

  1. Segundo o texto como podemos definir um modelo de Trabalho Neoclassico?

 

  1. Segundo Karl Max, ele consolida a ideia da mão de obra como mercadoria e na exploração do trabalhador. Tendo como primicia essa ideia, podemos dizer que ela persiste ate hoje? Por quê?

 

  1. “Em termos de profissões pode-se dizer que quando existe a formação de excesso de profissionais e falta de procura desses profissionais não há um equilíbrio entre a oferta e a procura e ocorre o que se chama uma saturação de mercado, em que não existem suficientes postos de trabalho para absorver os profissionais. Por outro lado pode acontecer que não exista oferta em excesso, mas sim procura em falta. Este é um dos casos que acontece quando, por exemplo, a indústria progride e inova rapidamente.”

 

  1. Explique o paragrafo acima, e de exemplo de casos atuais relacionados a questão.



 Atividade I – 3º Bimestre

 

História 2º Ano (Prof. Francisco)

 

 

(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.

 

 

ORIENTAÇÕES

Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda as atividades com empenho.  Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.

 

 

 

Antecedentes da Revolução Francesa.

 

Para compreendermos as causas da Revolução Francesa, é necessário que, antes de qualquer coisa, estabeleçamos um breve quadro sobre as transformações ideológicas experimentadas nesse período. Durante o século XVIII uma série de pensadores contribuiu para a consolidação do movimento iluminista, que no conjunto de suas ideias, realizava uma consistente crítica contra os privilégios e problemas causados pelo modelo centralizador das monarquias nacionais.

Muitos desses pensadores viam na figura do rei uma situação política contrária ao exercício das liberdades e legitimadora da desigualdade que atingia o homem em sociedade. Dessa forma, estes pensadores iriam propor um novo regime fragmentado em três novos poderes que poderiam exercer justiça através de um conjunto de leis válido a qualquer indivíduo, independentemente de sua posição política, condição econômica ou prática religiosa.

Sem dúvida, é por meio dessa argumentação que compreendemos as origens do bordão revolucionário francês “Liberte, Egalité, Fraternité” (Liberdade, Igualdade, Fraternidade). No entanto, não podemos nos limitar em conceder à “força das ideias” toda a motivação desse acontecimento histórico. As questões políticas e sociais devem ser igualmente consideradas para que possamos compreender o meio em que o ideário iluminista teria encontrado terreno fértil.

De fato, a França vivia uma situação bastante contraditória no período em que antecede a sua revolução liberal. A burguesia, responsável pelo desenvolvimento financeiro e comercial do país, passou a encontrar sérias dificuldades para garantir o atendimento de seus interesses particulares. A nobreza e o clero se sustentavam por meio da cobrança de pesados impostos que comprometiam seriamente a expansão da atividade comercial burguesa do país.

Paralelamente, retrocedendo algumas décadas do século XVIII, vemos que a derrota na Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763) e os gastos na guerra de independência dos EUA (1776 - 1781) gerou uma expressiva quantia de gastos que enfraqueceram a economia francesa. Em resposta a difícil situação, a monarquia francesa decidiu aumentar os tributos e a fiscalização visando ampliar as fontes de arrecadação que sustentavam o regime monárquico.

Como se não bastassem tais problemas com relação à burguesia, a França ainda tinha grande parte de sua população vivendo no campo, sob antigas tradições e exigências medievais. A opressão dos nobres proprietários de terra (protegidos pela monarquia) contra a classe campesina abriu outro foco de tensões que viria a ser agravado com a crise de abastecimento que atingiu a França um pouco antes da revolução. A partir de 1787, as más colheitas provocaram um grande aumento no valor dos alimentos.

Dessa maneira, percebemos que o grupo social mais numeroso (camponeses) e o mais próspero (burguesia) se encontravam insatisfeitos com o regime. Apesar da insatisfação, estes dois grupos não tinham condições de ter suas demandas atendidas pelo governo. Somente os membros do chamado Primeiro Estado (clero) e o Segundo Estado (nobreza) tinham influência suficiente para ter seus interesses atendidos pela figura do rei. Com isso, uma grande possibilidade de mudança viria a tomar conta de toda a França, no final do século XVIII.

 

Revolução Francesa

 

A Revolução Francesa, um dos maiores acontecimentos da humanidade, foi um processo revolucionário inspirado em ideais iluministas contra a monarquia absolutista.

A Revolução Francesa foi um ciclo revolucionário de grandes proporções que se espalhou pela França e aconteceu entre 1789 e 1799. Foi inspirada nos ideais do Iluminismo e motivada pela situação de crise que a França vivia no final do século XVIII. Causou também profundas transformações e marcou o início da queda do absolutismo na Europa.

A Revolução Francesa foi resultado direto da crise que a França vivia no final do século XVIII. A insatisfação popular (com a crise econômica e política que o país vivia) aliou-se com os interesses da burguesia em implantar no país as ideias do Iluminismo como forma de combater os privilégios da aristocracia francesa.

No final do século XVIII, a França era uma monarquia absolutista em que o rei era Luís XVI. O poder de Luís XVI, como em todo regime absolutista, era pleno, e a sociedade francesa era dividida em grupos sociais muito bem definidos. A composição social da França era a seguinte:

Primeiro Estado: clero;

Segundo Estado: nobreza;

Terceiro Estado: restante da população.

Essa divisão social na França tinha uma clara desigualdade social, uma vez que Primeiro e Segundo Estados possuíam privilégios que não se estendiam ao Terceiro Estado. O destaque vai para as isenções de impostos que ambas as classes possuíam e para o direito de alguns nobres de poderem cobrar impostos dos camponeses que trabalhavam em suas terras.

O Terceiro Estado, por sua vez, era um grupo bastante heterogêneo, isto é, composto por diferentes grupos, como a burguesia e os camponeses (os segundos correspondiam a 80% da população francesa). Os camponeses viviam na pobreza ao passo que a aristocracia francesa vivia uma vida de luxo. Para os burgueses, os privilégios da aristocracia do país eram um entrave para o desenvolvimento de seus negócios. A desigualdade social é a primeira causa da revolução.

Toda essa situação de desigualdade agravou-se com a crise social que existia na França. A crise econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país (o governo francês gastava 20% a mais do que arrecadava). Esses gastos foram agravados pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A existência de privilégios de classe no país também contribuía para a crise.

A crise econômica na França aumentava a pressão, principalmente, para as classes de baixo, uma vez que o custo de vida aumentou, a oferta de empregos foi reduzida, e os impostos cobrados pela nobreza aumentaram. Essa situação, em si, já era o suficiente para levar os camponeses à fome, mas, em 1788 e 1789, o país ainda enfrentou um inverno rigoroso, que prejudicou as colheitas e contribuiu para que o alimento ficasse mais caro ainda.

Tentativas de reforma haviam sido propostas, mas não avançaram porque a aristocracia francesa havia mostrado-se resistente às possibilidades de reformas que viessem a retirar parte de seus privilégios. Assim, em 1789, a França vivia uma situação complicada, pois a crise econômica era grave, e a pobreza e a fome levaram a população a um estado de quase rebelião.

O resultado encontrado pela nobreza francesa foi convocar os Estados Gerais, uma reunião criada na França feudal e que era convocada só em momentos de emergência. Essa saída era agradável para a aristocracia francesa, pois, nos moldes antigos do Estado Geral, Primeiro e Segundo Estados uniam-se contra o Terceiro Estado.

O Terceiro Estado, porém, não estava disposto a manter-se nos Estados Gerais dentro dos moldes em que ele funcionava em tempos passados. Com isso, foi proposto pelos representantes desse Estado uma alteração no funcionamento dos Estados Gerais. Em vez de o voto ser por Estado, foi proposto que ele fosse individual, isto é, todos os membros dos Estados (incluindo os mais de 500 do Terceiro Estado) teriam direito ao voto.

O rei francês não aceitou a proposta e, assim, o Terceiro Estado rompeu com os Estados Gerais e fundou a Assembleia Nacional Constituinte, com o propósito de redigir uma Constituição que proporia mudanças para a França, tornando-a uma monarquia constitucional. Quando Luís XVI tentou fechar a Constituinte à força, a população parisiense rebelou-se em sua defesa.

No dia 12 de julho de 1789, a população francesa tomou as ruas de Paris. No dia 13, foi criado uma Comuna para governar Paris e uma Guarda Nacional, espécie de milícia popular. No dia 14, a população partiu para tomar armas e pólvora do governo e, com isso, atacou a Bastilha, antiga fortaleza convertida em prisão que era usada para aprisionar opositores dos reis franceses.

No dia 14 de julho, então, houve a Queda da Bastilha, em que a população francesa invadiu e tomou o controle da prisão que era o símbolo da opressão absolutista. Depois disso, a revolução espalhou-se pelo país, alcançando novas cidades e chegando ao campo.

 

 

 Iluminismo

A Revolução Francesa inspirou-se nos ideais iluministas, que defendiam que a autoridade deveria basear-se na razão. Os iluministas defendiam ideais como liberdade e constitucionalismo, eram fortes defensores da separação entre Igreja e Estado e, além disso, eram opositores da monarquia absolutista e defensores do método científico. As revoluções burguesas do século XVIII — americana e francesa — tiraram dos ideais iluministas a sua base ideológica.

 

 

 

Atividade de Fixação

 

1)- Descreva a situação interna da França às vésperas da Revolução de 1789.

 

2)- Num panfleto publicado em 1789, um dos líderes da Revolução Francesa afirmava: "Devemos formular três perguntas: - O que é Terceiro Estado? Tudo. - O que tem ele sido em nosso sistema político? Nada. - O que pede ele? Ser alguma coisa." (citado por Leo Huberman, HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM, 1979).

Explique as perguntas e respostas contidas nesse panfleto francês.

 

3)- Cite e explique duas causas que levaram à Revolução Francesa.

 

4)- Descreva como era o 1º Estado, na França antes da revolução.

 

5)- Por que a burguesia francesa em 1789 fará uma revolução para deporá o absolutismo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 


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