ATIVIDADE
DE FILOSOFIA – 3º BIMESTRE
2ª SÉRIES A B
PROFESSORA: MARIA JOSÉ F. BATISTA
HABILIDADE:
(EM13CHS502) analisar situações da vida cotidiana (estilos de
vida, valores, condutas etc.), desnaturalizando e problematizando formas de
desigualdade e preconceito, e propor ações que promovam os Direitos Humanos, a
solidariedade e o respeito às diferenças e às escolhas individuais.
TEMA: FILOSOFIA, DIREITOS HUMANOS,
DESIGUALDADE SOCIAL
TEXTO:
Desigualdade
e angústia
A realidade da sociedade de
classes, atravessada pela desigualdade política, participa de um círculo de
mensagens enigmáticas e traumáticas. As crianças pobres frequentemente se
chocam, por exemplo, quando sua mãe é obrigada a entrar pelos fundos, no prédio
em que vai fazer faxina; ou quando seu pai se mostra inferior e calado diante
da brutalidade de um superior. Quem poderia facilmente explicar às crianças o
que se passa?
A divisão política é um fato dos mais sobredeterminados:
empenhou a economia e a cultura, a tecnologia e as ciências, o trabalho e as
artes, a arquitetura e a demografia, a religião e a filosofia, sedimentou-se
nas máquinas e nos livros, nas casas e na praça pública, nas oficinas e na
cidade, na escola e nos hospitais, nos escritórios e nos presídios, nos
restaurantes e nos teatros, assumiu o psiquismo e os mecanismos, a mentalidade
e as instituições, o trabalho e os sonhos, a espontaneidade e os hábitos, as
coisas e os símbolos, as imagens e as palavras. Tão antiga, sua origem e
determinação perderam-se de vista, encontram-se bem fora e bem antes da cena
atual onde são cegamente retomados, onde se renovam e se deformam, onde tão
tranquilamente representamos os papéis de tiranos, tiranetes e tiranizados como
se tratando de um roteiro universal.
A humilhação é uma modalidade de angústia que se dispara a
partir do enigma da desigualdade de classes. Angústia que os pobres conhecem
bem e que, entre eles, inscreve-se no núcleo de sua submissão. Os pobres sofrem
frequentemente o impacto dos maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente
o impacto de uma mensagem estranha, misteriosa: "vocês são
inferiores". E, o que é profundamente grave: a mensagem passa a ser
esperada, mesmo nas circunstâncias em que, para nós outros, observadores
externos, não pareceria razoável esperá-la. Para os pobres, a humilhação ou é
uma realidade em ato ou é frequentemente sentida como uma realidade iminente,
sempre a espreitar-lhes, onde quer que estejam, com quem quer que estejam. O
sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis e repugnantes,
torna-se-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que
ninguém vê.
HUMILHAÇÃO SOCIAL
– UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA. José Moura
Gonçalves Filho. Instituto
de Psicologia – USP
Responda as questões abaixo de acordo com o texto.
- Reconhecer argumentos consistentes sobre superação de
situações de discriminação e preconceitos relacionadas à condição social e
política e de reflexão filosófica. Descreva cada uma destas situações
encontradas no texto.
- Com base no que foi apresentado no texto, identifique e
relate quais possibilidades e estratégias para a inclusão social e
política com relação aos direitos de todos os seres humanos,
independentemente de sua classe social ou origem ou gênero.
- Indique a importância da experiência educacional como
forma consolidação da democracia, independente da condição socioeconômica.
PARA RESPONDER AS QUESTÕES 4 E 5 ASSISTA AO VÍDEO: “VISTA
MINHA PELE”,
https://www.youtube.com/watch?v=FRq4fkkm5Iw>. Acesso em 27.jan.2020.
- Identifique e
registre a partir do que o vídeo “Vista a minha pele” apresenta como
estratégia consistente para inclusão social, política e de direitos
humanos.
- Indique e registre
como as políticas públicas podem contribuir para consolidar os direitos
humanos nos espaços educacionais.
Vídeo de Apoio Didático:
“Vista minha pele” Direção Joel Zito Araújo. Produção: Casa de
Criação Cinema e Propaganda/ Liminis Produções artísticas. Duração: 28mins.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FRq4fkkm5Iw>.
Acesso em 27.jan.2020.
Leitura Complementar
Caderno do Aluno – São
Paulo Faz Escola – Volume 3 – Filosofia.
ORIENTAÇÕES:
Busque compreender e aplicar conceitos básicos para responder as
atividades.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
ATIVIDADE
DE SOCIOLOGIA – 3º BIMESTRE
2 A - B
PROFESSOR
EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
” A condição
essencial para a felicidade é ser humano e dedicado ao trabalho.”
HABILIDADE:
(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos,
grupos e classes sociais diante das transformações técnicas, tecnológicas e
informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes
espaços e contextos.
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
Qual a importância do
trabalho na vida social Brasileira?
Leitura e
Análise de Texto I
“O mundo do trabalho, de aluma
forma, já faz parte da sua vida. Certamente, você já vivenciou experiências
sobre o trabalho em sua casa, na sua família, na mídia e em outros espaços de
sociabilidade. Essas experiências lhe permitem atribuir significado e sentido
ao mundo do trabalho. O que você entende por trabalho? Será que os demais
estudantes de sua turma têm o mesmo entendimento sobre o que é o trabalho?”
A percepção que temos sobre o
trabalho, é de que ele é uma atividade qualquer, mas que também pode ser algo
que depende de especialização. É possível, também, considerarmos como trabalho
uma ação, tipo de serviço ou ocupação. No entanto, estas definições não são
suficientes para a Sociologia, pois é por meio das especificidades do mundo do
trabalho (emprego, desemprego, carreira, direitos, sindicato, produção,
capacitação, salário, entre outros aspectos) que ela, enquanto ciência, se
esforça para compreender as relações e organizações sociais nas sociedades
capitalistas.
Exemplo de um tripalium
Leitura e
análise e texto II
Ao longo da história, o trabalho foi
considerado algo imposto a quem não tinha dinheiro e/ou prestígio. Por isso,
uma das possíveis origens da palavra trabalho provém do termo latino
“tripalium” que nada mais era do que um instrumento utilizado na lavoura para
bater trigo. Posteriormente, tornou-se instrumento de tortura (século VI
a.E.C.). Sua composição a partir de duas outras palavras, “tri” (três) e
“palus” (pau), compreende respectivamente o que equivale a “trêspaus”.
Diferentemente dos animais, os seres
humanos agem não apenas por instinto, ou preservação da espécie. O trabalho
humano envolve, além do esforço físico, aspectos relacionados ao exercício
intelectual.
Na história, o trabalho exerce papel
social importante, por exemplo, na distinção entre a mão de obra das elites,
com ocupações e atividades predominantemente intelectuais, da mão de obra
proletária, cujas ocupações e atividades demandam maior esforço físico em
trabalhos manuais.
O trabalho é capaz de mediar a
relação entre pessoas e entre as pessoas e a natureza. Ele é também importante
para a humanidade, pois é por meio do trabalho que o homem modifica e interage
com o meio social. O trabalho é um dos elementos que define o que é ser humano.
Exercício 1: Identifique nos textos os diferentes
períodos e as várias formas de divisão do trabalho na sociedade.
Exercício
2: Identifique e descreva que o trabalho é uma atividade base da condição
humana e explique a diferenciação
entre trabalho intelectual e trabalho físico na sociedade brasileira?
Leitura e
análise de Texto III
O que é trabalho?
Na civilização ocidental, a
percepção de que o trabalho é algo que traz sofrimento é reforçada por outras
ideias influenciadas pelas tradições greco-romana e judaico-cristã. Para os
gregos, de uma forma geral, o trabalho era visto como algo que “embrutecia os
espíritos” e tornava o homem incapaz da prática da virtude; era um mal que a
elite deveria evitar. Por isso, era executado por escravos, deixando aos
cidadãos as atividades mais nobres, como, por exemplo, a política. No
cristianismo, o episódio bíblico da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, como
consequência do pecado original, condenando-os ao trabalho, a ganhar o “pão com
o suor do rosto”, ampliou a conotação negativa do trabalho. Assim, ele
apresenta, em nossa sociedade, também os sentidos de fadiga, luta, dificuldade
e punição.
Para esclarecer a questão
do trabalho como atividade do ser humano, recorreremos a Karl Marx.
|
(IMAGEM RETIRADAS DA INTERNET).
Karl Marx nasceu na Alemanha, em 1818. Considerado um dos maiores
filósofos alemães, realizou estudos importantes também para a Economia e a
Sociologia. Tendo como base a dialética1, desenvolveu o método que permite a
explicação da história das sociedades humanas a partir das relações sociais de
produção. Radical tanto na teoria como na militância, participou ativamente de
diversas organizações operárias clandestinas, tendo sido expulso de alguns
países. Exilado na Inglaterra, passou por muitas dificuldades.
Leitura e análise de texto IV:
“O conceito é
ambíguo e disputado, indicando diferentes atividades em diferentes sociedades e
contextos históricos. Em seu sentido mais amplo, trabalho é o esforço humano
dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do
dispêndio de capacidades mentais e físicas. Tal interpretação, contudo,
conflita com o significado e a experiência mais limitados do trabalho nas
atuais sociedades capitalistas. Para milhões de pessoas trabalho é sinônimo de
emprego remunerado, e muitas atividades que se qualificariam como trabalho na
definição mais ampla são descritas e vivenciadas como ocupações em horas de
lazer, como algo que não significa verdadeiramente trabalho.”
OUTHWAITE,
William; BOTTOMORE, Tom. Dicionário do
pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 773.
Exercício
3: O que é trabalho? Identifique e descreva os
conceitos sociológicos relacionados ao trabalho.
Exercício 4: Identifique e descreva quais as
transformações que podem afetam o mundo do trabalho e a vida dos trabalhadores.
Leitura e
análise de texto e imagem V
O uso do adjetivo “humana” na definição anterior enfatiza que trabalho é uma atividade humana, ou seja, só os seres humanos trabalham. Podemos refletir sobre este tema também a partir das imagens mostradas a seguir que apresenta outros exemplos de outros seres vivos/animais que são considerados “trabalhadores”.
“Uma aranha executa operações que se assemelham às de um
tecelão, e a abelha, na construção de suas colmeias, de um arquiteto. Mas o que
distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é isso: o arquiteto projeta
sua obra antes de construí-la na realidade. No final de todo processo de
trabalho, temos um resultado que já existia na imaginação do trabalhador desde
o seu começo. ” MARX, Karl. Capital – A Critique of Political Economy. The labour-process and
the process of producing surplus-value. Vol. 1, Part III, Section 1, cap. VII.
Tradução Heloísa Helena Teixeira de Souza Martins. Disponível em:
<http://www.marxists.org/archive/marx/works/1867-c1/index.htm>. Acesso
em: 21 mar. 2020.
Exercício 5: Embora os animais possam
ser considerados “trabalhadores”, segundo o revolucionário Karl Marx, existe
uma diferença que somente os seres humanos possuem. Indique qual a diferença
essencial que distingue o trabalho humano do trabalho de outros animais, para
este autor?
Leitura complementar: Vídeo-
A importância do trabalho na vida social brasileira https://www.youtube.com/watch?v=vavr6vC9U68
Brasil Escola: O que é trabalho:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-trabalho.htm
Atividade Projeto de Vida – Ensino Médio
3º BIMESTRE
2 B
Competências socioemocionais em foco:
Determinação, persistência e autoconhecimento.
OBJETIVO:
Neste bimestre para auxiliar na
construção do seu PROJETO DE VIDA, vamos trabalhar com enfoque no autoconhecimento
como base para planejar e definir o caminho para alcançar o que se deseja,
portanto envolve um conjunto de ações e iniciativas próprias e/ou
compartilhadas com seus pares e professores.
Para trabalhar o aspecto primordial que é o autoconhecimento,
apresentamos como inspiração a indicação do vídeo a seguir:
Assista ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=xABS2ek4Dtg
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e responda
as atividades com empenho. Enviar para o
e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
QUESTÕES
1) 1. Por que o pássaro foi rejeitado pelos passarinhos. Como o pássaro lidou
com a rejeição pelo bando? Você acredita que ele ignorou o fato ou agiu com
ingenuidade?
2) 2. Leia o poema abaixo e busque compreender e reconhecer como o autor a
retrata. Identifique como a autoestima pode nos fortalecer perante os
obstáculos que encontramos no decorrer da vida?
ATIVIDADE
GEOGRAFIA – 3º BIMESTRE
2 A B
PROFESSOR:
CASSIO F. SOUZA
HABILIDADE:
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do
trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e
seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens e as gerações futuras,
levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas,
tecnológicas e informacionais.
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
A
DINÂMICA DO TRABALHO
A Dinâmica do Trabalho, o trabalho deixara de ser um
bem e passou a ser apenas mercadoria, objeto de trabalho, cenário globalizado,
a competição pelos melhores postos, a superespecialização do trabalhador.
Desde a Primeira Revolução Industrial, que ocorreu
no Séc. XVIII, o ritmo de vida das pessoas mudou drasticamente. Os modos de
produção, que antes eram do artesão, passaram a ser de propriedade do
industrial. O artesão passou a ser apenas operário, vendendo a sua força de
trabalho para o capitalista.
A Segunda Revolução Industrial foi uma revolução
baseada na mudança dos meios de produção. As máquinas a vapor, que moldaram a
Primeira Revolução Industrial, deram lugar ás maquinas movidas à energia
elétrica. Karl Marx (1818–1883), economista alemão do Séc. XVIII, afirma que,
sob o novo contexto emergente, o trabalho deixara de ser um bem e passou a ser
apenas mercadoria, absorvendo apenas valor de troca. Após Taylor (Frederick W.
Taylor, 1856-1915) que, com o estudo do tempo e dos movimentos, instituiu a
Administração Cientifica, o ritmo do trabalho adquiriu um caráter dinâmico e
progressivo.
O Século XXI se iniciou em um ritmo totalmente acelerado.
Com a Terceira Revolução Industrial (Revolução Tecnológica), a mão de obra
passou a se especializar cada dia mais e o exército de reserva, formado
principalmente por mão de obra menos qualificada, cresceu proporcionalmente ao
crescimento populacional. Surgiu uma nova denominação para a mão de obra:
cabeça de obra. O mercado não deixou de buscar profissionais de uma única área,
a busca agora é por intelectuais que tenham conhecimentos sobre os mais
diversos temas. Estes se tornaram os coringas do jogo.
No período da Primeira Revolução Industrial, o
trabalhador-operário suava por até 14 horas na linha de produção e, ao término
de um ano, estava totalmente fadigado e implorando pelo gozo das férias. Já na
Segunda Revolução Industrial, o operário, que já tinha alguns direitos
garantidos, já trabalhava, em sua maioria, entre 8 e 10 horas por dia. Hoje, o
executivo trabalha 24 horas por dia e não se preocupa (talvez por falta de
tempo, talvez não) com o gozo de férias. A grande diferença esta no objeto de trabalho.
O trabalho intelectual pode ser feito enquanto dirige-se o carro, espera o
sinal abrir ou enquanto se toma um banho - vale citar Arquimedes (287a.C.–212a.C.),
que descobriu a lei da estática e da hidrostática enquanto tomava banho. Sobre
a superioridade do conhecimento intelectual sobre o profissional, não é preciso
fazer maiores citações.
O tempo passou e o mundo se tornou totalmente
interligado. Neste cenário globalizado, a força de trabalho, ou seja, a
disponibilidade para executar certa atividade, deixa de ser a mercadoria a ser
adquirida transferindo o objeto de compra para o trabalho, ou seja, o produto
final da força de trabalho. Nesta nova organização social do trabalho, o que
importa são os resultados. Após o advento da Tecnologia da Informação, as novas
tendências trouxeram novas linhas de pensamento. Formou-se uma sociedade onde
os fins justificam os meios. A meta a ser alcançada muda constantemente de
forma, incorporando itens ou excluindo-os. A velocidade das mudanças é
monstruosa e sem rumo definido fazendo do homem um ser totalmente mutante. E é
exatamente este mutualismo que tem direcionado os estudos da inteligência
humana. É neste novo contexto que o Homo Sapiens (Homem Pensante) se enquadra
perfeitamente.
O homem, enquanto ser pensante se materializa com
esta nova realidade. Os velhos padrões de comportamento são descartados e
incorporados novos costumes ao cotidiano. O trabalho, que deixa de ser físico e
passa a ser intelectual, rompe as barreiras do tempo e do espaço, podendo ser feito
a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. A sociedade globalizada se
desenvolve cada vez mais, acirrando a competição pelos melhores postos.
RESPONDA
1- Como base no
texto acima, como você define a ideia de divisão no trabalho e a dinâmica do
mercado de trabalho?
Mercado de
trabalho
Mercado de trabalho associa aqueles que oferecem
força de trabalho àqueles que a procuram, em um sistema típico de mercado onde
se negocia a fim de determinar os preços e as quantidades a transacionar. O seu
estudo procura perceber e prever os fenômenos de interação entre estes dois
grupos tendo em conta a situação econômica e social do país, região ou cidade.
Nesse contexto, pode-se incluir as ofertas de trabalho relacionadas às empresas
públicas, de economia mista, privadas, pessoas físicas, entre outras, com suas
normas para remuneração, benefícios, carreira, condutas e a aptidão dos
profissionais que desejam ingressar nestas.
A grande procura por empregos que ofereçam
melhores salários e reconhecimento, fazem com que esse mercado se torne
altamente competitivo, uma vez que a cada vaga de emprego oferecida, muitos
candidatos apresentarão não só os pré requisitos mínimos exigidos como também,
os seus diferenciais para a candidatura da mesma.
Numa visão classicista, classifica-se o trabalho
como um produto, pelo qual os trabalhadores atuam como vendedores e os
empregadores como compradores. Os salários e valores são considerados e o
mercado de trabalho é o espaço onde ocorre toda essa comercialização
Karl Marx consolida esta ideia na forma de mão de
obra como mercadoria e na exploração do trabalhador. Para Marx, o mercado de
trabalho se caracteriza pela luta de classes entre trabalhadores e burguesia, e
na desigualdade da distribuição de riquezas e poder. Marx mantém a visão da
economia clássica iniciada por Adam Smith, na qual as relações se dão a partir
da oferta e demanda de mão de obra. Contudo, ele enfoca que o lado dos que tem
sua mão de obra expropriada é mais fraco, e, portanto fica vulnerável e não
consegue estabelecer negociação com o lado mais forte, que atua como mandante
no estabelecimento do preço.
Em meados do século XX, surge outra vertente
econômica, o keynesianismo, que entre outras propostas defendia o
Intervencionismo do Estado na economia. Os adeptos dessa visão contestam o
modelo de mercado de trabalho descrito pelos neoclássicos no que tange à lei da
oferta e demanda. Para estes, a demanda por trabalho não é determinada pela
remuneração, e sim pela necessidade de produção da empresa para atender seu
mercado consumidor ou o que se espera vender a este. Desta forma, a demanda por
mão de obra é definida fora do proposto pelo modelo de mercado de trabalho dos
neoclássicos. Assim, seria possível ocorrer situações onde a oferta de emprego
possa ser inferior à mão de obra disponível, configurando-se o cenário de
desemprego.
No final do século XIX, para os teóricos
neoclassicistas, o mercado de trabalho abrange questões ligadas à produtividade
pessoal, por exemplo, tomadas de decisões acerca do investimento em capacitação
dos trabalhadores e permissão destes ao lazer.
Entende-se também que os trabalhadores têm
liberdade para escolher entre as várias opções no mercado de trabalho, de
acordo com seus interesses, competências e habilidades essenciais, e, por
conseguinte, serão remunerados de acordo com sua capacidade de capital humano.
Todas essas abordagens trazem a visão do mercado
de trabalho como uma unidade, de maneira que seria possível a todos os
trabalhadores se candidatarem para qualquer vaga que esteja em oferta. Ao
enfocar o mercado de forma ampla, ainda que sejam conceituadas as relações de
lutas entre classes, competências e até mesmo a interferência estatal, não são
considerados fatores de contexto regional, demográfico ou profissional, por
exemplo. Fatores estes que podem originar rearranjos nas relações entre capital
e trabalho, proporcionando o surgimento de segmentações de mercado.
A atividade do mercado de trabalho é de grande
relevância para a economia. Variáveis como faixas salariais, índices de emprego
e desemprego, produtividade, qualificação, distribuição de receitas, assim como
o antagonismo entre os atuantes, são fatores levados em conta ao se traçarem os
indicadores econômicos de um país, por exemplo.
O mercado de trabalho tem suas origens no período
da Revolução Industrial, no qual as relações entre operários e organizações
passam a assumir uma maior importância no contexto econômico e social.
No final do século XVIII, o filósofo e economista
clássico Adam Smith fez as primeiras referências ao mercado de trabalho. Nesta
concepção, a atividade do mercado de trabalho é semelhante aos demais mercados,
onde as condutas econômicas das organizações e os indivíduos visam à
maximização do bem-estar, no qual a oferta e demanda de emprego dependem da
remuneração salarial.
A partir do crescimento da crítica à Teoria do
capital humano iniciada no final dos anos 1960 e início dos 1970, vem criando
corpo uma nova teoria, a da segmentação do mercado de trabalho. Esta teoria
propõe a releitura de pressupostos da teoria econômica tradicional que visa,
por exemplo; a determinação dos valores de salários da mesma forma que a
determinação de valores de quaisquer outros empregos caracterizados por tempo
integral, estabilidade e salários e produtividade altos; típicos de empresas de
grande porte, mais precisamente as dos setores de transformação e de serviços
(transportes e comunicação) e as burocráticas da administração direta e
indireta do governo. Neste segmento, a qualificação e o acesso a melhores
salários; se dá por meio do desempenho de funções, da experiência adquirida no
próprio emprego e de promoções internas.
O Primário Independente compreende ocupações de
gerência e supervisão administrativa, de planejamento ou financeiras de grandes
empresas, instituições bancárias, bem como de setores governamentais. São
ocupações que prescindem de iniciativa própria e criatividade por parte do
trabalhador. Contrapõem o Primário Dependente, na medida em que o empregado
toma as normas e procedimentos internos como um dado e os inovam. Não podem,
portanto; ser desempenhadas por mera repetição de práticas adquiridas. Neste
segmento salários, alocação e treinamento sofrem maior influência externas.
No Segmento Secundário do mercado de trabalho
estão inseridas atividades que requerem mínima qualificação e mínimo
treinamento, nestas ocupações não há cadeia de promoção. Os salários pagos são
em geral, baixos tanto quanto a produtividade. Neste segmento não há
estabilidade e a rotatividade ocorre em alto grau. A maioria das vagas oferecidas
vem de pequenas empresas, com baixo acesso a capital e tecnologia, que atuam em
mercados restritos e de demanda instável.
No momento atual, em virtude do maior acesso à
informação e estudos, os trabalhadores pleiteiam as vagas de trabalho em
condições de igualdade dentro de suas formações. Porém, não há garantias de uma
permanência perdurável no emprego. Além disso, o trabalhador inserido no atual
mercado de trabalho deve estar preparado para constantes pressões por geração
de lucros, produtividade e inovação, ainda que exista uma maior possibilidade
de negociação do salário, visto que agrega valores à empresa.
Talvez a característica mais marcante das relações
econômicas seja a lei da oferta e da procura. Via de regra, quanto maior for a
oferta de um produto ou de um serviço, se a procura se mantiver a mesma, menor
será o valor cobrado por ele, pois a concorrência de mercado obriga a redução
dos preços para tornar viável as vendas. Por outro lado se a procura é maior do
que a oferta, a tendência é que o valor cobrado pelo produto seja maior.
Em termos de profissões pode-se dizer que quando
existe a formação de excesso de profissionais e falta de procura desses
profissionais não há um equilíbrio entre a oferta e a procura e ocorre o que se
chama uma saturação de mercado, em que não existem suficientes postos de
trabalho para absorver os profissionais. Por outro lado pode acontecer que não
exista oferta em excesso, mas sim procura em falta. Este é um dos casos que
acontece quando, por exemplo, a indústria progride e inova rapidamente. Deixa
de haver procura de uma dada profissão ou qualificação que está sendo
substituída pela procura de outra profissão ou qualificação em que ainda não há
oferta suficiente, gerando desemprego que também está ligado com o aumento no
numero de máquinas, que podem substituir a mão de obra.
- Segundo o texto como podemos definir um modelo de
Trabalho Neoclassico?
- Segundo Karl Max, ele consolida a ideia da mão de
obra como mercadoria e na exploração do trabalhador. Tendo como primicia
essa ideia, podemos dizer que ela persiste ate hoje? Por quê?
- “Em termos de
profissões pode-se dizer que quando existe a formação de excesso de
profissionais e falta de procura desses profissionais não há um equilíbrio
entre a oferta e a procura e ocorre o que se chama uma saturação de
mercado, em que não existem suficientes postos de trabalho para absorver
os profissionais. Por outro lado pode acontecer que não exista oferta em
excesso, mas sim procura em falta. Este é um dos casos que acontece quando,
por exemplo, a indústria progride e inova rapidamente.”
- Explique o paragrafo acima, e de exemplo de casos
atuais relacionados a questão.
Atividade I – 3º Bimestre
História 2º Ano (Prof. Francisco)
(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço
e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o
papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados
Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos
populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as
características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
Antecedentes
da Revolução Francesa.
Para compreendermos as
causas da Revolução Francesa, é necessário que, antes de qualquer coisa,
estabeleçamos um breve quadro sobre as transformações ideológicas
experimentadas nesse período. Durante o século XVIII uma série de pensadores
contribuiu para a consolidação do movimento iluminista, que no conjunto de suas
ideias, realizava uma consistente crítica contra os privilégios e problemas
causados pelo modelo centralizador das monarquias nacionais.
Muitos desses pensadores
viam na figura do rei uma situação política contrária ao exercício das liberdades
e legitimadora da desigualdade que atingia o homem em sociedade. Dessa forma,
estes pensadores iriam propor um novo regime fragmentado em três novos poderes
que poderiam exercer justiça através de um conjunto de leis válido a qualquer
indivíduo, independentemente de sua posição política, condição econômica ou
prática religiosa.
Sem dúvida, é por meio
dessa argumentação que compreendemos as origens do bordão revolucionário
francês “Liberte, Egalité, Fraternité” (Liberdade, Igualdade, Fraternidade). No
entanto, não podemos nos limitar em conceder à “força das ideias” toda a
motivação desse acontecimento histórico. As questões políticas e sociais devem
ser igualmente consideradas para que possamos compreender o meio em que o
ideário iluminista teria encontrado terreno fértil.
De fato, a França vivia
uma situação bastante contraditória no período em que antecede a sua revolução
liberal. A burguesia, responsável pelo desenvolvimento financeiro e comercial
do país, passou a encontrar sérias dificuldades para garantir o atendimento de
seus interesses particulares. A nobreza e o clero se sustentavam por meio da
cobrança de pesados impostos que comprometiam seriamente a expansão da
atividade comercial burguesa do país.
Paralelamente,
retrocedendo algumas décadas do século XVIII, vemos que a derrota na Guerra dos
Sete Anos (1756 - 1763) e os gastos na guerra de independência dos EUA (1776 -
1781) gerou uma expressiva quantia de gastos que enfraqueceram a economia
francesa. Em resposta a difícil situação, a monarquia francesa decidiu aumentar
os tributos e a fiscalização visando ampliar as fontes de arrecadação que
sustentavam o regime monárquico.
Como se não bastassem
tais problemas com relação à burguesia, a França ainda tinha grande parte de
sua população vivendo no campo, sob antigas tradições e exigências medievais. A
opressão dos nobres proprietários de terra (protegidos pela monarquia) contra a
classe campesina abriu outro foco de tensões que viria a ser agravado com a
crise de abastecimento que atingiu a França um pouco antes da revolução. A
partir de 1787, as más colheitas provocaram um grande aumento no valor dos
alimentos.
Dessa maneira, percebemos
que o grupo social mais numeroso (camponeses) e o mais próspero (burguesia) se
encontravam insatisfeitos com o regime. Apesar da insatisfação, estes dois
grupos não tinham condições de ter suas demandas atendidas pelo governo.
Somente os membros do chamado Primeiro Estado (clero) e o Segundo Estado
(nobreza) tinham influência suficiente para ter seus interesses atendidos pela
figura do rei. Com isso, uma grande possibilidade de mudança viria a tomar
conta de toda a França, no final do século XVIII.
Revolução
Francesa
A Revolução Francesa, um
dos maiores acontecimentos da humanidade, foi um processo revolucionário
inspirado em ideais iluministas contra a monarquia absolutista.
A Revolução Francesa foi
um ciclo revolucionário de grandes proporções que se espalhou pela França e
aconteceu entre 1789 e 1799. Foi inspirada nos ideais do Iluminismo e motivada
pela situação de crise que a França vivia no final do século XVIII. Causou
também profundas transformações e marcou o início da queda do absolutismo na
Europa.
A Revolução Francesa foi
resultado direto da crise que a França vivia no final do
século XVIII. A insatisfação popular (com a crise econômica e
política que o país vivia) aliou-se com os interesses da burguesia em
implantar no país as ideias do Iluminismo como forma de combater
os privilégios da aristocracia francesa.
No final do século XVIII,
a França era uma monarquia absolutista em que o rei era Luís XVI.
O poder de Luís XVI, como em todo regime absolutista, era pleno, e a sociedade
francesa era dividida em grupos sociais muito bem definidos. A composição
social da França era a seguinte:
Primeiro Estado: clero;
Segundo Estado: nobreza;
Terceiro Estado: restante da
população.
Essa divisão social na
França tinha uma clara desigualdade social, uma vez que Primeiro e Segundo
Estados possuíam privilégios que não se estendiam ao Terceiro Estado. O
destaque vai para as isenções de impostos que ambas as classes possuíam e para
o direito de alguns nobres de poderem cobrar impostos dos camponeses que
trabalhavam em suas terras.
O Terceiro Estado, por
sua vez, era um grupo bastante heterogêneo, isto é, composto por diferentes grupos,
como a burguesia e os camponeses (os segundos correspondiam a 80% da população
francesa). Os camponeses viviam na pobreza ao passo que a aristocracia francesa
vivia uma vida de luxo. Para os burgueses, os privilégios da aristocracia do
país eram um entrave para o desenvolvimento de seus
negócios. A desigualdade social é a primeira causa da
revolução.
Toda essa situação de
desigualdade agravou-se com a crise social que existia na França. A crise
econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país (o
governo francês gastava 20% a mais do que arrecadava). Esses gastos foram
agravados pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A existência
de privilégios de classe no país também contribuía para a crise.
A crise econômica na
França aumentava a pressão, principalmente, para as classes de baixo, uma vez
que o custo de vida aumentou, a oferta de empregos foi reduzida, e os impostos
cobrados pela nobreza aumentaram. Essa situação, em si, já era o suficiente
para levar os camponeses à fome, mas, em 1788 e 1789, o país ainda enfrentou
um inverno rigoroso, que prejudicou as colheitas e contribuiu para
que o alimento ficasse mais caro ainda.
Tentativas de reforma
haviam sido propostas, mas não avançaram porque a aristocracia francesa havia
mostrado-se resistente às possibilidades de reformas que viessem a retirar
parte de seus privilégios. Assim, em 1789, a França vivia uma situação
complicada, pois a crise econômica era grave, e a pobreza e a fome levaram a
população a um estado de quase rebelião.
O resultado encontrado
pela nobreza francesa foi convocar os Estados Gerais, uma reunião
criada na França feudal e que era convocada só em momentos de emergência. Essa
saída era agradável para a aristocracia francesa, pois, nos moldes antigos do
Estado Geral, Primeiro e Segundo Estados uniam-se contra o Terceiro Estado.
O Terceiro Estado,
porém, não estava disposto a manter-se nos Estados Gerais dentro dos moldes em
que ele funcionava em tempos passados. Com isso, foi proposto pelos
representantes desse Estado uma alteração no funcionamento dos Estados Gerais.
Em vez de o voto ser por Estado, foi proposto que ele fosse individual, isto é,
todos os membros dos Estados (incluindo os mais de 500 do Terceiro Estado)
teriam direito ao voto.
O rei francês não aceitou
a proposta e, assim, o Terceiro Estado rompeu com os Estados Gerais e fundou
a Assembleia Nacional Constituinte, com o propósito de redigir
uma Constituição que proporia mudanças para a França, tornando-a uma monarquia
constitucional. Quando Luís XVI tentou fechar a Constituinte à força, a
população parisiense rebelou-se em sua defesa.
No dia 12 de julho
de 1789, a população francesa tomou as ruas de Paris. No dia 13, foi
criado uma Comuna para governar Paris e
uma Guarda Nacional, espécie de milícia popular. No dia 14, a
população partiu para tomar armas e pólvora do governo e, com isso, atacou a
Bastilha, antiga fortaleza convertida em prisão que era usada para aprisionar
opositores dos reis franceses.
No dia 14 de julho,
então, houve a Queda da Bastilha, em que a população francesa invadiu e
tomou o controle da prisão que era o símbolo da opressão absolutista. Depois
disso, a revolução espalhou-se pelo país, alcançando novas cidades e chegando
ao campo.
Iluminismo
A Revolução Francesa
inspirou-se nos ideais iluministas, que defendiam que a autoridade
deveria basear-se na razão. Os iluministas defendiam ideais
como liberdade e constitucionalismo, eram fortes defensores
da separação entre Igreja e Estado e, além disso, eram opositores da
monarquia absolutista e defensores do método científico. As revoluções
burguesas do século XVIII — americana e francesa — tiraram dos ideais
iluministas a sua base ideológica.
Atividade de Fixação
1)- Descreva a situação
interna da França às vésperas da Revolução de 1789.
2)- Num panfleto publicado em 1789, um dos líderes da Revolução Francesa
afirmava: "Devemos formular três
perguntas: - O que é Terceiro Estado? Tudo. - O que tem ele sido em nosso
sistema político? Nada. - O que pede ele? Ser alguma coisa." (citado
por Leo Huberman, HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM, 1979).
Explique as perguntas e respostas contidas nesse panfleto francês.
3)- Cite e explique duas causas que levaram à Revolução Francesa.
4)- Descreva como era o 1º Estado, na França antes da revolução.
5)- Por que a burguesia francesa em 1789 fará uma revolução para deporá o
absolutismo?
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