ATIVIDADE
DE FILOSOFIA – 3º BIMESTRE
3ª SÉRIE A
PROFESSORA: MARIA JOSÉ F. BATISTA
HABILIDADE:
(EM13CHS501) compreender e analisar os fundamentos da ética em
diferentes culturas, identificando processos que contribuem para a formação de
sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a autonomia e o poder de decisão
(vontade).
TEMA: CONCEPÇÃO DE LIBERDADE – LIBERTARISMO E DETERMINISMO
TEXTO 1:
Segundo Sartre, o ser humano está condenado a ser livre. A liberdade que
exercemos cotidianamente é o que nos conforma e nos revela. Cada um de nós,
como seres humanos, somos fruto da liberdade que exercemos cotidianamente
quando escolhemos as ações que praticamos. Dessa forma, a liberdade não é uma
conquista, mas é a própria condição da existência humana. (Texto adaptado de
SARTRE, J.P. O Ser e o Nada – ensaio de ontologia fenomenológica. Trad. Paulo
Perdigão. RJ: Vozes, 1998, p. 542-43)
TEXTO 2: Segundo o relatório Desenvolvimento Humano, de 2004, para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a liberdade cultural pode ser compreendida a partir da capacidade de cada pessoa decidir pela sua identidade e poder ser quem é sem perder o respeito, sem ser ameaçada, punida ou excluída de outras escolhas. Poder praticar abertamente a sua religião, falar a sua língua, comemorar eventos e realizar festas de acordo com a sua herança étnica ou religiosa, sem que que suas práticas signifiquem exclusão ou perda de oportunidades na vida social e econômica, pode parecer algo prosaico, mas não é. Adaptado do Relatório do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 2004. Introdução. Liberdade Cultural num mundo diversificado. Texto original disponível em: . Acesso em 01 mar. 2019.
Responda as questões abaixo de acordo com os textos 1 e 2.
- Reconheça e escreva o que o filósofo Sartre entende por liberdade?
- Reconheça no contexto da filosofia e escreva o que é
liberdade cultural. (texto 2).
Libertarismo
e Determinismo
Libertarismo e Determinisno
são pensamentos que se opõem totalmente. Enquanto o primeiro diz que as
escolhas não dependem do meio ou das circunstancias e sim da nossa vontade,
afirmando que essas tais circunstâncias externas são desconsideradas em nome da
preservação da liberdade, o segundo declara o oposto, as circunstancias
escolhem sim por mim e mais do que isso me compelem de agir, para o
determinismo como o próprio nome diz tudo está determinado, o homem não tem
liberdade ela é um ilusão, pois suas escolhas DEPENDEM das circunstancias
DETERMINADAS pelo meio a qual o indivíduo faz parte, de um modo geral, a sua
liberdade individual e subjetiva é sacrificada, pois a circunstância é a única
que conta enquanto tudo está submetido a leis naturais, ou seja, o meio social
que vivo determina minhas escolhas.
Responda as questões
abaixo de acordo com os conceitos filosóficos sobre libertarismo e
determinismo.
- Reconheça no contexto da filosofia e escreva o que é
libertarismo.
- Reconheça e escreva a diferença entre libertarismo e
determinismo no contexto da filosofia.
- Relacione os conceitos de libertarismo e determinismo do
contexto filosófico com as vivências da atualidade. Ou seja, no dia a dia
as pessoas podem se identificar com o libertarismo, com o determinismo ou
com os dois. Para justificar, cite um exemplo para cada conceito.
Vídeo de Apoio Didático
CMSP: 3ª Série
EM – Filosofia: Liberalismo, Determinismo e Dialética – Parte 1 – 20/08/2020.
Canal do youtube.
Leitura Complementar
Caderno do Aluno – São
Paulo Faz Escola – Volume 3 – Filosofia.
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
ATIVIDADE
DE SOCIOLOGIA – 3º BIMESTRE
3A
PROFESSOR:
EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
” Estado é a
Nação socialmente organizada”
(Salazar)
HABILIDADE:
(EM13CHS603) Compreender e aplicar conceitos políticos básicos
(Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo, soberania etc.) na
análise da formação de diferentes países, povos e nações e de suas experiências
políticas.
Estado e Governo
Leitura e análise de texto
“Uma definição abrangente de Estado seria ‘uma instituição
organizada política, social e juridicamente, ocupa um território definido e, na
maioria das vezes, sua lei maior é uma Constituição escrita. É dirigido por um
governo soberano reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela
organização e pelo controle social, pois detém o monopólio legítimo do uso da
força e da coerção “
DE CICCO, C. e GONZAGA, A.
de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Editor da Revista
dos Tribunais, 2008. p. 43.
Em primeiro Lugar, o Estado é uma
instituição que possui uma organização interna; para existir, depende de um
território, ou seja, de um espaço geográfico definido. Um Estado geralmente é
organizado segundo leis escritas, como por exemplo, uma Constituição. Além
disso, é dirigido por um governo reconhecido internamente por uma população e
extremamente por outros Estados (ou países).
Finalmente, o Estado é o responsável pela organização e pelo controle da
sociedade, pois é o único que pode manter forças armadas (Exército, Marinha e
Aeronáutica) e tem legitimidade ou autoridade para impor a ordem pela força
(monopólio legítimo do uso da força e da coerção).
“O Estado é uma sociedade de pessoas
chamada população, em determinado território sob uma autoridade de determinado
governo, a fim de alcançar determinado objetivo, o bem comum”.
(DE CICCO, C. e GONZ AG A, A. de A.
Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Editor a Revista dos
Tribunais, 2008. p. 43.).
·
“Integram a população todas as pessoas residentes dentro do
território estatal ou todas as pessoas presentes no território do Estado, num
determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas”.
Nas democracias
atuais, o povo adquire um sentido político, uma vez que está ligado à noção de
cidadania e, para isso, depende de estar ligado ao Estado por meio de status da
nacionalidade. “Povo,
em sentido democrático, pressupõe a totalidade dos que possuem o status da
nacionalidade, os quais devem agir, conscientes de sua cidadania ativa, segundo
ideias, interesses e representações de natureza política”.
Também é importante destacar que um
território de um Estado não consiste apenas nas fronteiras nacionais, mas em um
conjunto de partes que vão além da superfície terrestre, como por exemplo:
Solo, subsolo, espaço aéreo, embaixadas, navios e aviões militares, navios ou
aviões de uso comercial e civil e mar territorial. Finalmente, é preciso
compreender em que consiste o governo. Governo não é o mesmo que Estado,
mas sim o poder do Estado, dividido em funções, geralmente representadas
pelos Poderes Executivo, Poder legislativo e Poder Judiciário.
De acordo com os conhecimentos da
Sociologia:
1. 1. Identifique e descreva o conceito de
Estado, segundo o texto acima.
2. 2. De acordo o que foi abordado no texto, identifique e descreva a diferença entre Estado e Governo.
3. Quando o autor apresenta a ideia de que “um governo soberano reconhecido interna e externamente, e responsável pela organização, pelo controle social, com o monopólio legítimo do uso da força e da coerção”, se refere a quais setores que detém a legitimidade e autoridade para impor a ordem?
4 Pesquise e assinale as alternativas corretas:
4. Quantos Estados fazem parte do Brasil?
a)
27
Estados e 1 Distrito Federal.
b)
26
Estados e 1 Distrito Federal.
c) 27 Estados.
5. Quantos deputados representam São Paulo na Câmara dos Deputados atualmente?
a)
94
b) 110
c) 70
Leitura complementar de
apoio didático
BRASIL ESCOLA: Estado, Nação e Governo. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/estado-nacao-governo.htm
Vídeo Complementar de apoio didático
Sociedade, Estado e Governo: https://www.youtube.com/watch?v=P_haxmRhx8A
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
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Atividade Projeto de Vida – Ensino Médio
3º BIMESTRE
Competências socioemocionais em foco:
Determinação, persistência e autoconhecimento.
OBJETIVO:
Neste bimestre para auxiliar na
construção do seu PROJETO DE VIDA, vamos trabalhar com enfoque no autoconhecimento
como base para planejar e definir o caminho para alcançar o que se deseja,
portanto envolve um conjunto de ações e iniciativas próprias e/ou
compartilhadas com seus pares e professores.
Para trabalhar o aspecto primordial que é o autoconhecimento,
apresentamos como inspiração a indicação do vídeo a seguir:
Assista ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=xABS2ek4Dtg
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
QUESTÕES
1) 1. Por que o pássaro foi rejeitado pelos passarinhos. Como o pássaro lidou
com a rejeição pelo bando? Você acredita que ele ignorou o fato ou agiu com
ingenuidade?
2) 2.Leia o poema abaixo e busque compreender e reconhecer como o autor a retrata. Identifique como a autoestima pode nos fortalecer perante os obstáculos que encontramos no decorrer da vida?
Atividade I – 3º Bimestre
História 3º Ano (Prof. Francisco)
HABILIDADE
(EM13CHS203) Contrapor os diversos significados de território,
fronteiras e vazio (espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades,
contextualizando e relativizando visões dualistas como civilização/barbárie,
nomadismo/sedentarismo e cidade/campo, entre outras.
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
O mundo Pós-Segunda Guerra e a Guerra Fria.
O Pós-Guerra, iniciado em
1945, conformou a divisão do mundo durante o restante do século XX, opondo EUA
e URSS e criando a chamada Guerra Fria.
A II Guerra
Mundial alterou completamente a configuração do mundo. O
chamado pós-guerra impunha grandes desafios às populações e
governantes de todo o mundo. A grande devastação provocada na Europa e na Ásia
necessitava de amplos esforços de reconstrução econômica e social.
Por outro lado, as
potências vencedoras, principalmente os EUA e a URSS, que haviam
se aliado para lutar contra o nazifascismo, tornaram-se potências rivais logo
após o fim do conflito, opondo o capitalismo ocidental ao chamado comunismo
soviético, na configuração do que ficou convencionado chamar de mundo
bipolar.
A criação da Organização
das Nações Unidas (ONU) ainda nos meses finais da II Guerra Mundial era uma
tentativa de instituir um organismo capaz de manter a paz e a segurança
internacionais, bem como promover o desenvolvimento da cooperação entre os
povos em vários aspectos.
Entretanto, esse esforço
de unificação de ações governamentais em nível internacional coexistiu com as
rivalidades do pós-guerra. O mundo colonial europeu desmoronou rapidamente,
levando ao surgimento de vários novos países na África e na Ásia. A Europa
viu-se dividida entre as esferas de influência dos EUA e da URSS. O
Ocidente europeu aproximou-se dos EUA, que retiraram suas tropas do continente.
A porção oriental da Europa estava sob influência da URSS e das tropas de seu Exército
Vermelho que se manteve nos territórios ocupados para lutar contra os nazistas.
Para expressar essa divisão do
continente europeu, o primeiro-ministro inglês expôs a metáfora, em 1946, de
que havia uma “Cortina de Ferro” que se estendia do mar Báltico até o mar
Adriático, separando o chamado “mundo livre” (o do capitalismo ocidental) e o
“mundo comunista” (sob influência do chamado comunismo soviético).
O mundo dividido pela
“Cortina de Ferro” viveria ainda a denominada Guerra Fria. Através dessa guerra
sem confrontos diretos, EUA e URSS pretendiam influenciar vastas extensões do
planeta com seus sistemas socioeconômicos. O medo de uma nova Guerra Mundial
substanciava-se na detenção de um grande arsenal nuclear por ambos os
países. O pós-guerra caracterizou-se também pela criação de mecanismos de
cooperação internacional entre os países das duas esferas de influência.
Na esfera de influência
dos EUA, a expansão de seu sistema socioeconômico ocorreu através de alguns
mecanismos de cooperação internacional criados já nos anos finais da II Guerra
Mundial. Enquanto as tropas lutavam nos campos de batalhas, negociações
econômicas entre os grandes grupos financeiros de ambos os lados em conflito
ocorriam na Suíça, no Banco de Pagamentos Internacionais. O objetivo era manter
a integração econômica e ampliá-la, mesmo durante o desenrolar da II Guerra
Mundial.
No imediato pós-guerra,
um plano de cooperação e de recuperação econômica e social foi proposto pelos
EUA à Europa Ocidental. Totalizando um montante de 18 bilhões de dólares,
o Plano Marshall foi essencial para a
reconstrução socioeconômica da Europa e para conter o avanço do chamado
comunismo soviético. No aspecto militar, a criação da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) tinha por objetivo fazer frente à presença das tropas
soviéticas em solo europeu.
Para responder a essas
ações do ocidente capitalista no pós-guerra, a URSS firmou, em 1955,
o Pacto de Varsóvia, que unia as forças militares da Albânia,
Bulgária, Tchecoslováquia, Alemanha Oriental, Hungria, Polônia e Romênia.
Economicamente, os países da esfera de influência soviética organizaram-se em
torno do Comecon, instituído em 1949 e responsável pela integração
econômico-financeira dos países considerados socialistas.
O principal símbolo dessa
divisão do mundo foi a cidade de Berlim, na Alemanha. A criação do Muro de Berlim, que dividiu a cidade por quase
30 anos, expressou a tensão existente entre os dois blocos. Durante a Guerra
Fria, não houve conflitos diretos entre EUA e URSS, mas ambos participaram de
vários conflitos indiretos. A Guerra da Coreia (1950-1953) e
a Guerra do Vietnã (1965-1973) foram os principais exemplos da
participação indireta dos dois países em conflitos armados durante a Guerra
Fria. A eclosão da Revolução Chinesa, em 1949, contribuiu para acirrar
essa divisão do mundo, já que o novo regime instalado em Pequim também se
declarava comunista.
A configuração de um
mundo bipolar, polarizado entre EUA e URSS, foi a principal característica do
pós-guerra, dando início à chamada Guerra Fria, que iria ter seu fim apenas no
início da década de 1990, com a derrocada da União Soviética.
Envolvimentos Indiretos.
Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953
a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a
Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o
sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e,
com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura
dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia
do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a
Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã : Este conflito ocorreu entre
1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados
norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em
enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas
tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos
combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território
vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.
Fim da Guerra Fria
A falta de democracia, o
atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a
crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e
as duas Alemanhas são reunificadas.
No começo da década de
1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim
do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com
os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um
período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso,
aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.
Atividade de Fixação
1)- Qual o significado da expressão “guerra fria” e a que período da
história das relações internacionais ela se refere?
2)- Explique a participação dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
3)- :"Guerra improvável, paz impossível." Em que esta frase de
Raymond Aron ilustra as relações americano-soviéticas de 1945 a 1989?
4)- Com o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a antiga política de
equilíbrio europeu deu lugar à constituição de dois blocos de interesses
rivais, liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética, gerando a
"bipolarização" do mundo e a chamada "guerra fria". No que consistia
tal "guerra fria" e em quais circunstâncias ela colocou em risco a
paz internacional?
5)- Destaque os principais episódios que marcaram as tensões
internacionais logo após a Segunda Guerra Mundial.
ATIVIDADE
GEOGRAFIA – 3º BIMESTRE
3 A
PROFESSOR:
CASSIO F. SOUZA
HABILIDADE:
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das
populações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque
para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de
eventos naturais, políticos, econômicos, sociais e culturais.
ORIENTAÇÕES
Busque compreender e aplicar conceitos básicos e
responda as atividades com empenho.
Enviar para o e-mail: romeumontoropei@gmail.com.
A mudança do papel de África na globalização
O mundo já não pode ser
dividido de forma simplista, entre Norte e Sul, entre países desenvolvidos e
países em desenvolvimento. Para entender a complexidade desta mudança, este
relatório baseia-se, e desenvolve o conceito de James Wolfensohnde um mundo a
«quarto velocidades» -Prósperos, Convergentes, Lutadores e Pobres - Isto revela
um novo mapa global de crescimento: alguns países em desenvolvimento estão a
começar a alcançar os padrões de vida dos prósperos, outros lutam para superar
o «teto de vidro» do rendimento médio, enquanto outros não conseguem livrar-se
da extrema pobreza.
Dois períodos temporais
emergem. Para a maioria das economias em desenvolvimento, os anos 90 foram
outra «década perdida», atingida por crises financeiras e pela instabilidade.
Alguns países africanos continuam a estagnar. O Norte de África e a região
austral do continente lutaram, com o crescimento a responder fracamente à reforma.
Na primeira década do século
XXI, antes da crise econômica, muito do mundo em desenvolvimento conheceu o seu
primeiro crescimento forte, desde há anos. No novo milénio, pela primeira vez
desde os anos 70, o rendimento per capita africano cresceu mais rapidamente do
que nos países de elevados rendimentos. O número de países convergentes –
aqueles que registaram o dobro do crescimento do rendimento per capita das
nações com elevados rendimento da OCDE – passou de 12 para 65.
O número de países pobres desceu
de 55 para 25. Nesta década, a taxa de crescimento média da China e da Índia
situou-se entre o triplo e o quadruplo da média da OCDE. Em África, se um grupo
de países pobres – sobretudo na África Ocidental e Central – continuou com um
fraco desempenho, não deixa de ser extraordinário que 19 países tenham
conseguido passar para a categoria de convergentes, nos anos 2000, quando
apenas dois o tinham conseguido nos anos 90. A maioria dos países que deu o
salto ainda luta contra a pobreza e a desigualdade. No entanto, como o mapa
seguinte demonstra, houve uma alteração impressionante no crescimento médio de
África, por comparação com o resto do mundo.
Se olharmos para os anos em
que os países da OCDE entraram em recessão, a imagem ainda é mais impressionante:
cerca de metade das economias africanas passaram para o grupo dos convergentes.
Esta mudança deve ser vista
com alguma precaução, pois o tamanho da brecha entre as economias prósperas e
as outras, em 2009, pode bem distorcer a imagem média. Os dados revelam, porém,
que a crise acelerou significativamente a mudança da riqueza global e África
foi um dos beneficiários. Se esta mudança perdurará, ou se um novo crescimento
na OCDE pode enviar de novo alguns países para a divergência, é algo que ainda
não é possível saber.
A história de África e dos
seus parceiros emergentes é um ponto chave do realinhamento da economia mundial
na última década. Com melhores políticas, o continente beneficiou de mais
investimento, comércio e ajuda, bem como de vantagens macroeconómicas,
políticas e estratégicas geradas pela ascensão dos países emergentes.
A rápida integração dos
parceiros emergentes na economia mundial começou nos anos 80, e foi acelerada
com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, em 2001. A China, a
Índia, bem como outros, registou um elevado crescimento, a sua importância
económica cresceu, e conheceram uma enorme redução da pobreza.
Existem impactos globais e
bilaterais no crescimento e na pobreza noutros países pobres, incluindo em
África. A dimensão global inclui o impacto nos salários, nas taxas de juro, nos
preços dos produtos industriais e das matérias-primas, nos desequilíbrios
globais e no investimento líquido. Esta dimensão global não é muito abordada
quando se fala de combate à pobreza. A maioria das análises concentra-se nos
laços entre a China e África: matérias-primas, comércio, investimento, créditos
à exportação, ajuda e migrações.
Na verdade, os parceiros
emergentes não beneficiam todos os países africanos. Os países ricos em
petróleo e em minerais tiveram benefícios desproporcionais, enquanto outros –
especialmente aqueles que não têm laços diplomáticos com a China – não tiveram
praticamente qualquer vantagem.
O «efeito de motor de
crescimento» foi documentado e analisado em Garroway et al. (2010). Nos anos
90, os países do G7 lideraram o crescimento dos países em desenvolvimento, mas,
já nos anos 2000, o impacto do crescimento chinês nos países de rendimentos
baixos e médios aumentou significativamente. Neste período, uma alteração de 1%
nas taxas de crescimento chinesas resulta numa mudança de cerca de 0.3% nos
países de rendimento baixos e de 0.4% nos de rendimento médio. Rodrik (2010)
argumenta que esta situação aumenta a dependência dos países pobres das
exportações de matérias-primas não processadas, e – por causa da subvalorizada
moeda chinesa – mina a sua industrialização. Com o argumento oposto, Garroway
et al. (ibid.) sustentam que o efeito de motor de crescimento, ao sustentar a
procura mundial de bens que os países pobres exportam, beneficia de igual forma
os países produtores e não produtores de petróleo.
Um aumento estável da
procura mundial desencadeou um «super ciclo» nos preços das matérias-primas
(Standard Chartered, 2010). A aceleração da urbanização e o rápido crescimento
das classes médias nos países emergentes têm um grande impacto na procura de
mercadorias. A urbanização é particularmente intensiva em mercadorias e o
consumo aumenta rapidamente, à medida que os rendimentos se aproximam de um
nível classificado como «classe média»2.
Para além deste aumento da
procura, os desequilíbrios globais ajudaram a impulsionar os preços das
mercadorias. Até 2006, o investimento das cada vez maiores reservas de moedas
estrangeiras em obrigações do tesouro norte-americanas por parte dos novos
atores deprimiu as taxas de juro globais, e fez aumentar os preços das
mercadorias. África beneficiou desproporcionalmente, na medida em que produz
mercadorias cujos preços provavelmente subirão mais e possui a maior parcela de
recursos inexplorados (Collier, 2010).
A expansão, se for
sustentada, deverá gerar mais benefícios para África. À medida que os países
emergentes se transformam em economias avançadas – sem uma mudança radical no
seu crescimento –, enriquecem e se tornam demograficamente mais maduros, o seu
sucesso impulsionará as oportunidades de exportação de África. Quando os pobres
partilharem a nova riqueza, mais de dois mil milhões de pessoas viverão em
países que importam bens intensivos em trabalho, e menos pessoas viverão nos
países que os exportam, abrindo ainda mais oportunidades para os produtos
africanos. O crescimento sustentado dos gigantes emergentes pode ter um efeito
negativo de curto-prazo nos sectores produtivos africanos, mas pode melhorar as
perspectivas de longo-prazo (Chamon and Kremer, 2006). Se se continuar a
redução das barreiras aos negócios e ao comércio, as economias africanas podem
ganhar com a deslocalização da produção para longe das que hoje são as
economias emergentes.
O Fundo Monetário Internacional
(2011) considera que a alteração dos padrões de produção em grandes economias
emergentes, como a China, pode ajudar os países com baixos rendimento a
diversificar a sua produção. A experiência da Malásia, da Indonésia e do Chile,
argumenta o FMI, mostra que países pobres com recursos naturais podem
diversificar as exportações à medida que crescem, desde que as receitas dos
recursos sejam usadas para incrementar a capacidade produtiva, incluindo
capital infra-estrutural e humano. Por outro lado, África necessita de promover
o desenvolvimento do sector privado, como sublinhado em diversas edições das
Perspectivas Económicas em África.
RESPONDA
1-
Segundo o texto, qual
seria a forma atual de estar observando as divisões economicas no planeta entre
os paises/continentes?
2-
Segundo o texto, o que
seria um ponto chave para um realinhamento na economia global?
3- “Quando os pobres partilharem a nova riqueza, mais de
dois mil milhões de pessoas viverão em países que importam bens intensivos em
trabalho, e menos pessoas viverão nos países que os exportam, abrindo ainda
mais oportunidades para os produtos africanos.”
Explique o que a citação acima quer
informar?
4- Quando o texto diz que existem impactos globais e bilaterais no crescimento e na pobreza noutros
países, e causam serias consequências as economias globais. Explique quais as
influencias dessa situação nas economias mais ricas?
5- Qual seu ponto de vista sobre a globalização e os
reflexos sobre as economias nais pobres. Podemos afirmar que a globalização e
um divisor de economias? Explique.
Tecnologia e inovação
Atividade I do 3º bimestre (Prof. Francisco).
Habilidade: Identificar as diversas
manifestações culturais envolvendo as TDIC e seus impactos como meio de inserção
do indivíduo na sociedade moderna.
Pensamento computacional.
Vivemos em uma era em que
a educação se tornou um elemento
interativo. É cada vez mais comum que as pessoas utilizem o discurso da
conectividade para se referir ao ensino e, de fato, o mundo moderno exige uma
mudança de pensamento.
Afinal, a educação sempre
se atualiza com o objetivo de se adequar às necessidades de aprendizado do
momento. Nesse sentido, o pensamento computacional é uma metodologia utilizada
para ajudar no aprendizado das crianças, sendo um importante instrumento na
educação moderna.
O que é pensamento computacional?
Pensamento computacional
pode ser definido como uma estratégia usada para desenhar soluções e solucionar
problemas de maneira eficaz tendo a tecnologia como base. Ao contrário do que
a expressão pode inferir, não necessariamente significa o que está ligado à
programação de computadores ou mesmo à navegação na internet, à utilização de
redes sociais, entre outros.
Alguns estudiosos fizeram
suas próprias definições sobre o pensamento computacional. Jeanette Wing,
vice-presidente da Microsoft Research, por exemplo, conceituou a expressão como
sendo a base para a identificação de problemas e soluções que podem ser
efetivadas tanto por processadores quanto pelos homens.
Resumidamente, seria a
capacidade criativa, crítica e estratégica de utilizar as bases computacionais
nas diferentes áreas de conhecimento para a resolução de problemas.
Além disso, tal pensamento estaria
fundamentado em quatro pilares:
decomposição: dividir um problema
complexo em pequenas partes, a fim de solucioná-las com mais facilidade;
reconhecimento de padrões: como a
própria expressão define, ajuda na identificação de aspectos comuns nos
processos;
abstração: analisa elementos que têm
relevância, diferenciando-os daqueles que podem ser deixados de lado;
algoritmos: reúne todos os pilares já
citados e envolve a criação de um grupo de regras para a solução de problemas.
Basicamente, a ideia é
reformular problemas que aparentam ser de difícil resolução e transformá-los em
algo capaz de ser compreendido, focando, para isso, em cada uma de suas fases,
a fim de lidar com as incertezas que muitas vezes os cercam.
Quais são as habilidades
desenvolvidas pelo pensamento computacional?
Uma série de competências é obtida
como resultado do processo de desenvolvimento do pensamento computacional. As
habilidades refletem diretamente no aprendizado do indivíduo.
Construção do pensamento lógico
A construção do
pensamento lógico é uma das principais habilidades adquiridas pelo pensamento
computacional. Nas crianças, por exemplo, ele começa ainda nas primeiras fases,
quando elas aprendem que existem padrões que definem determinadas ações. A
partir disso, elas passam a solucionar questões de maneira lógica, sempre
focando em um pensamento racional para determinar as respostas dadas a
diferentes estímulos vindos de atividades do dia a dia.
Alfabetização digital
Junto da construção do
pensamento lógico temos a alfabetização digital. Apesar de não se restringir a
aspectos tecnológicos, o pensamento computacional também se expande para esse
âmbito. Ao ter contato desde cedo com jogos e outras atividades ligadas ao
ambiente digital, o indivíduo pode solucionar problemas de maneira mais
eficiente e estratégica.
Vale lembrar que a
habilidade ainda ajuda na organização do pensamento como um todo, de modo que
ele esteja alinhado às tecnologias existentes ou que ainda virão a existir, ou
seja, prepara a criança para conseguir assimilar novidades com maior
facilidade.
Autonomia
Abstração e algoritmos
são duas bases do pensamento computacional, e elas abrem espaço para uma tarefa
importante que é a autonomia. Assim sendo, elas deixam de ser apenas
consumidoras das tecnologias criadas e produzidas e passam também a ser
produtoras de recursos digitais.
Consequentemente, isso as
prepara para o mundo em que diferentes tecnologias são inseridas diariamente.
Para que isso seja desenvolvido de fato, é necessário maior aperfeiçoamento por
meio de incentivos a determinadas atividades, como mostraremos a seguir.
Atividade de Fixação
1)- Descreva o que é pensamento
computacional.
2)- Quais são os pilares do
pensamento computacional?
3)- O que é o pensamento lógico.
4)- Em sua opinião ao obter contato
com jogos desde cedo o indivíduo consegue ter contato com o pensamento
computacional?
5)- Segundo o texto, a “capacidade
criativa, crítica e estratégica de utilizar as bases computacionais nas
diferentes áreas de conhecimento” nos leva a conseguir realizar o que?
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