terça-feira, 22 de setembro de 2020

2ºD - NOTURNO - 3ªQUINZENA DO 3ºBIMESTRE - SOCIOLOGIA

 SOCIOLOGIA - PROFESSOR EDINALDO

Divisão social do trabalho e divisão manufatureira do trabalho

 

                A sociedade moderna teve início em meados do século XV, e sua constituição foi marcada pelos processos de urbanização, que se iniciaram no século XII, e de industrialização, que viriam a se intensificar na Inglaterra, no século XVIII. Essa sociedade resultou de um processo de transformação, em que se constituíram um novo modo  de trabalhar, relações sociais diferentes e um novo modo de vida marcado pelo desenvolvimento industrial.

                O esfalecimento do mundo feudal consistiu em um longo processo, no qual as velhas formas de trabalho artesanal forma sendo substituídas pelo trabalho artesanal foram sendo substituídas pelo trabalho em domicílio, a partir do campo, produzindo para as indústrias em desenvolvimento nas cidades. Assim, durante o século XIV, foram desenvolvidas as indústrias rurais em domicílio, como forma de aumentar a produção. Os comerciantes distribuíam a matéria-prima nas casas dos camponeses e ali era executada uma parte ou a totalidade do trabalho. Essas industrias representaram uma forma de transição entre o artesanato e a manufatura e permitiram a acumulação de capital nas mãos desses comerciantes, além de formar mão de obra para o trabalho industrial nas cidades.

                A palavra manufatura vem do latim e quer dizer trabalho manual. Para o seu desenvolvimento foi necessária a existência de dois fatores.

a)       1º fator: Um empresário com capital para comprar a matéria-prima e ferramentas e concentrar em sua oficina um grande número de trabalhadores. Em vez de distribuir esses meios de produção nas casas dos trabalhadores, o comerciante transformado em industrial os junta sob um mesmo teto, criando, assim, a manufatura.

b)      2º fator: A existência de trabalhadores livres, ou seja, que não são mais donos dos meio de produção e dependem para sua sobrevivência, da venda de seu trabalho, ou seja, sua força de trabalho, transformando-se. Assim, em trabalhadores assalariados.

 

A divisão do trabalho existiu em todas as sociedades, desde o momento em que os seres humanos começara a trocar cosias e produtos, criando uma interdependência entre si. Assim, o artesão troca o produto de seu trabalho, o tecido, pelo algodão, cultivado pelo agricultor. A base da troca está na necessidade que o indivíduo tem de produtos que ele não produz. A divisão do trabalho deriva, portanto, do caráter específico do trabalho humano e ocorre quando os seres humanos, na vida em sociedade, dividem entre si as diferentes especialidades e ofícios. A divisão do trabalho em ofícios ou especialidades existiu em todas as sociedades conhecidas e um dos seus principais fatores é a divisão sexual do trabalho. Ou seja, havia uma divisão ente especialidades ou ofícios preferencialmente atribuídos às mulheres e outros preferencialmente atribuídos aos homens.

A manufatura se estende de meados do século XVI ao último terço do século XVIII, sendo substituída pela grande indústria. Na manufatura, foram introduzidas algumas inovações técnicas que modificaram a forma como o trabalho era organizado. Aos poucos, o trabalhador foi deixando de ser responsável pela produção integral de determinado objeto e passou a se dedicar unicamente a uma atividade. A divisão do trabalho foi acelerada, fazendo que um produto deixasse de ser obra de um único trabalhador e se tornasse o resultado da atividade de inúmeros trabalhadores. Dessa maneira o produto passava por vários trabalhadores, cada um acrescentando alguma coisa a ele e, no final do processo, o produto era resultado não de um trabalhador individual, mas de um trabalhador coletivo. Essa é a divisão do trabalho que persiste na sociedade capitalista, e que se caracteriza pela especialização das funções, ou seja, pela especialização do trabalhador na execução de uma mesma e única tarefa, especializando também o seu corpo nessa operação.

Na divisão manufatureira do trabalho, o ser humano é levado a desenvolver apenas uma habilidade parcial, limitando o conjunto de habilidades e capacidades produtivas que possuía quando era artesão. É isso que torna o trabalhador dependente e o faz vender a sua força de trabalho; e esta só serve quando comprada pelo capital e posta a funcionar no interior da oficina. Segundo Karl Marx, essa divisão do trabalho tinha como objetivo o aumento da produtividade e o aperfeiçoamento do método de trabalho e teve como resultado o que ele chama de “a virtuosidade do trabalhador mutilado”, com a especialização dos ofícios. Na manufatura, portanto, a produtividade do trabalho dependia da habilidade (virtuosidade) do trabalhador e da perfeição de suas ferramentas, e já havia o uso esporádico de máquinas. Foi apenas com o surgimento da grande indústria que a máquina passou a desempenhar um papel fundamento, primeiro, com base na mecânica, depois, na eletrônica e, atualmente, na microeletrônica.

 

 

Nome: _______________________________________________________ série: _______ Nº _________

 

 

Questões:

 

1)      Explique como se deu o processo de transição entre o trabalho artesanal e a manufatura.

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2)      O que significa “manufatura” e o que foi necessário para o desenvolvimento?

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3)      Qual a diferença entre artesanato e manufatura?

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4)      Explique a divisão manufatureira do trabalho segundo Karl Marx.

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5)      Segundo o texto, o que quer dizer a “interdependência” do trabalho?

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6)      Explique, segundo o texto, a divisão sexual do trabalho.

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